Bruno Boghossian > Há um longo caminho para desprivatizar as Forças Armadas Voltar
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Finalmente uma narrativa crÃtica decente sobre o papel das Forças Armadas no processo polÃtico brasileiro. A omissão definida na anistia ao final da ditadura militar deu a eles o direito "legÃtimo" de abrigar o legado golpista e de transmitirem e preservarem este legado dentro das Forças Armadas. Talvez uma subcultura do golpe na caserna principalmente. Mas não somente ali.
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Comentar, ofÃcio dos iludidos. Me iludo achando que adianta alguma coisa falar da picanha/lagosta/wisky/viagra superfaturados dos nossos super-milicos. E os condomÃnios, clubes, praias, hospitais, hotéis, escolas, e universidades privativos dos super-milicos? A verdade é que ninguém quer mudar nada, todos querem é a arrumar uma mamata para chamar de sua.
Chega de tutela militar. Um regime democrático que depende do poder militar não merece ter esse nome. Já estamos cansados das ameaças da caserna, que insiste em tratar a sociedade como criança. Não somos um paÃs de mmmaaarricccas, mas de infantes perenes.
O termo desprivatizar não é o melhor para explicar o corporativismo patrimonialista. Tomar parte da máquina burocrática está em toda parte. Veja o uso de jatinhos da ministra indigena, a tentativa de recuperar as joias, um ministro do STF suspendendo pagamentos bilionários, outro acionando o STF porque o filho levou um empurrão. O caso militar é grave pois foi citado como "meu exército" e generais aplaudiram.
O efeito didático precisa funcionar. Se o paÃs relativizar tentativa de golpe nunca mais a democracia vai dormir tranquila.
Quando se misturam militares e religiosos na polÃtica dá nisso: todos nivelados por baixo deixando de fazer o que deveriam: proteger os cidadãos e transformá-los em seres melhores. Invés disso tudo é questão de poder e dinheiro. Coisa bem tÃpica de paÃses atrasados como o nosso, uma República bananeira. Mas tudo usando o lema: Deus, pátria e famÃlia. A deles, claro.
Todos querem (ou queremos) uma mamata para chamar de sua.
Correto! Além daquele outro slogan: “nós contra eles”.
Com o procedimento atual dos militares nas três forças, também nas polÃcias, que se deixaram cooptar por um desclassificado, em busca de quimeras, fico a perguntar, a que servem. Pensar no estado e seu povo, que deveria ser o norte, eles escanteiam, e colocam em posição de pênalti o próprio interesse. É assim!
Esta ideia de forças armadas tutelando a sociedade (muita gente gosta), vem do golpe que implantou entre nós a República. Daà prá frente criou-se uma casta. Nos demais paÃses latino-americanos, salvo o México, por tantas revoluções também funciona assim.
Poucos sabem quem a República já estava prestes a ser implementada por movimento dos civis, quando os militares resolveram pular na frente para ficarem com o poder.
Na Argentina também pelo desastre das Malvinas, mas a vice de Miley é filha de um militarzão e reivindica o lugar de fala.
Primoroso!
Bom, meu caro, tudo isso é histórico, mesmo, né? Não faz parte de nossas forças militares (incluo aà as polÃcias) a reflexão do que significa serem os braços armados do Estado: não há lugar para a leniência quando se tem tal responsa sobre os ombros. É semelhante ao caso dos juÃzes, dentro do seu próprio escopo: não há como um juiz viver uma vida social repleta de convescotes, como seu colega Hübner sempre denuncia. Há limites, e são compensados regiamente (polÃcias excluÃdas destas).
Bolsonaro é a sÃntese das FFAA. Desesperado por poder, honra e glória, pouco produtivo e com a encostada no Estado. Quer um respeito que não oferece. Sem anistia.
Vou ser claro: interessava a quem produziu a ideologia das Forças Armadas, que os exércitos chicanos todos, das Américas excluindo EUA e Canadá fossem tropas de repúblicas de bananas. Se a mentalidade militar brasileira não percebeu isso até agora, e ainda golpistas sapateiem como inchados em medalhinhas e donos da verdade, esses devem ser execrados das Forças Armadas do Brasil. Assim como urgente uma formação bem melhor para o Oficialato.
Será que o governo e o judiciário algum dia terão forças suficientes para enfrentar, enquadrar e submeter esses militares aos três poderes de estado?
Não tenho esperança de ver isso. Afinal boa parte da sociedade civil concorda que assim seja. As elites porque, como em todo mundo, forças armadas são os seus cães de guarda. E parte do povo porque sonha participar do banquete.
No caso do Judiciário, cara Anete, veremos muito em breve. Quanto ao nosso legislabóstico, creio que nem é questão de "ter força": são confortavelmente coniventes com malfeitorias que os beneficiem.
Texto excelente. Há que relatar, relembrar tudo que aconteceu. Foi um tempo em que o paÃs ficou hipnotizado e submetido a um juÃz medÃocre, autoritário, corrupto,
Ou, para ser mais claro, os abusos do PT também fizeram parte do caldo de cultura no qual vicejou a Lava Jato. O "juiz mediocre, autoritário e corrupto" é filho dileto dos abusos cometidos por muitos outros "medÃocres, autoritários e corruptos" que existiam do outro lado.
As FFAA brasileiras são assim desde os primórdios da República: nem todo problema nacional pode ser atribuÃdo à Lava Jato. E é preciso lembrar a você que o julgamento do Mensalão nunca teve sua legalidade contestada por nenhuma corte de justiça. Em outros termos: a corrupção que deu asas à Lava Jato era verdadeira, não invenção.
Tem é que acabar com essa estrutura inoperante e cara
Inoperante, cara e golpista!
Maioria dos paÃses tem forças armadas para se defenderem de ataques externos. Aqui servem para tramar contra o povo. Para quê então mantê-las?
Não. Nos paÃses pobres elas só servem para proteger a elite do seu povo. Se houvesse uma invasão ao Brasil de qualquer potência estrangeira nossos generais fariam acordo, como os iraqueanos fizeram em 2003. Só que lá havia resistência civil armada de parcela expressiva do povo. Matar Saddam foi fácil, inviável foi governar o Iraque.
Como assim desprivatizar as Forças Amadas, Bruno, se eu ouvi que a Academi, empresa de serviço militar privado, interessasse pela privatização do Exército, Marinha e Aeronáutica? Ouvi também que ela se interessa até mesmo pelas privatizações das PM's e dos Bombeiros. Como o povo fala demais, Bruno, vou pesquisar na internet se é verdade.
O que esperar de uma corporação forte, armada e sem função? Eles não se julgam os reis da cocada preta, eles de fato são.
Eles são, na verdade, uma corporação atrasada, sucateada e, claro, reacionária. Boa parte do orçamento deles é apenas para pagar pessoal. Se continuarem com esse espÃrito de chinelagem fardada, em breve nem para pintar meio-fio eles vão servir.
Excelente texto, imprestaveis golpistas, todos os fardados, não servem para nada, além de golpe. Manda esse pra guerra, one way.
A suave transição foi acordada entre militares e civis , senão a transição poderia demorar mais. O paradoxal disso tudo é que o General Geisel havia percebido o quanto o ex era ruim ao taxa-lo de mal militar . O resto faz parte da história em especial do caminho aberto no governo petista ao ser responsável pelo recorde de corrupção e da segunda maior recessão da nossa história - só perdendo para 1929.
A "transição lenta, gradual e segura" não foi acordada coisa nenhuma. Foi imposta à Oposição sem qualquer negociação por um regime que não se furtava a adotar atos de exceção quando perdia popularidade, tal como ocorreu com o "pacote de abril". Transição suave negociada foi aquela da Espanha.
O problema é a ilusão de que militares são honestos. Muita gente acredita que se os militares assumirem o governo a roubalheira acaba. O que acaba na ditadura é a possibilidade de denunciar os crimes.
E, cada vez mais, viva a Costa RicaÂ…
Como cantou Milton Nascimento: São José da Costa Rica, coração civil.
Também acho. Não é questão de privatizar ou estatizar, é questão de encerrar.
mal acostumados e abusados... e agente ainda paga por tudo isso...
O artigo é uma bala de prata para os vampiros da caserna.
Os fatos e manifestações recentes relativos às forças armadas mostram que nos ambientes militares a formação preza por proteção mútua de seus membros e não da nação, puro corporativismo destrutivo da realidade.
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