Opinião > Pressão de servidores amplia distorções Voltar
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O diabo mora no detalhe: redução da estabilidade do serviço público. Era isso que Bolsonaro/Guedes queriam. Imagina se não fosse a estabilidade o que teria ocorrido no caso das jóias da arábias? Ou ainda dos profissionais do SUS na aplicação de vacinas?
TÃtulo: "Pressão dos ultra-ricos amplia distorções". SubtÃtulo: "Faz trinta e cinco anos, desde 19 de fevereiro de 1989, que o IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS. previsto no artigo 153, inciso VII, da CF/88, não é regulamentado; portanto, não cobrado. Os ultra-ricos deixaram de pagar mais de DOIS TRILHÕES DE REAIS nesse interregno fiscal. Ademais, por intermédio de isenções, incentivos e diferimentos, em igual perÃodo, também foram beneficiados por renúncias fiscais de NOVE TRILHÕES DE REAIS.
Segundo Marcio Pochmann, o salário do funcionário público está defasado em 20%, pois passou 6 anos sem reajustes. Mas o mercado quer mais.
O salário do funcionalismo está defasado para carreiras da base, que ganham pouco. Já as mencionadas pela Folha (auditores, advogados da união, juÃzes, mpf) estão quase todos atingindo o teto constitucional, quando não conseguem superá-lo pela criação de verbas “indenizatórias”. Paradoxalmente, quem tem conseguido êxito na obtenção de vantagens são as carreiras da elite do funcionalismo. Quero ver se Lula vai dar esse mesmo bônus de produtividade para fiscais do ICMBio, por exemplo.
O mais vergonhoso a imprensa não dá destaque, por alguma razão: o Judiciário copiou o MP, e ambos já estão pagando aos juÃzes e promotores um dia de folga (que não tem como ser usufruÃda) a cada três dias de trabalho. Aumentaram seus salários em um terço sem amparo em nenhuma lei (fizeram uma "interpretação" de uma portaria).
Descobri como não ser barrado pela censura da Folha aos comentários: os textos não podem ter mais que duas palavras com mais que 3 sÃlabas, senão o algo rÃtimo detecta como sendo de conteúdo não-banal, uma concor rência indese jada com os colo nistas a lugados.
Por causa dos super-salários muitos jovens que poderiam se realizar como engenheiros, biólogos, geólogos, etc, são atraÃdos para as Faculdades Pré-Concurso de Direito, e passam a ser, como dizia aquele desembargador, juÃzes que "adoram ser juÃzes, mas processos ... argh!". Esse é o 3º maior problema causado pelos super-salários. A despesa orça mentária é o quarto.
Cês não têm ideia do tamanho do problema. Cês não vêm o quanto os super-salários (entre R$ 60 e 200 mil/média-mensal considerando os famosos "retroativos") destroem esta nação. A despesa orçamentária é o menor dos problemas!!! E desconheço quem tenha CORAGEM de, num paÃs de concurseiro, falar sobre as várias distorções/corrupções do sistema causadas por esse câncer.
A folha tá parecendo um ex-presidente collorido que aguarda a hora de cumprir a sentença de prisão. Atacar servidor público é tão fácil, mas tão inócuo que nem vale a pena discutir.
Essa discussão rasa promovida pela Folha é bastante problemática. A situação toda é bem mais complicada: os Poderes Legislativo e o Judiciário vão usar seus mecanismos de pressão para impedir qualquer redução de direitos - assim como anunciou um general sobre a reforma da previdência durante o governo Bo zo. Deputados, senadores, juÃzes e promotores não aceitarão perder direitos e ponto. Portanto, tirar direitos tem nada a ver com produtividade, mas é uma equação polÃtica.
A folha sempre contra os trabalhadores, segue sua campanha de difamação dos servidores públicos. Este jornal só sabe defender os interesses dos patrões. (Abner Nazaré Cândido)
Infelizmente, entra governo, sai governo e as categorias mais "abastadas" do serviço público, e obviamente onde há as maiores distorções, são as que mais conseguem ampliar seus benefÃcios. Outra coisa que poderia existir, até mesmo para desestressar tais negociações seria implantar uma data-base para os servidores. Claro que o fato de não existir, é proposital, mas acaba que o próprio governo vira refém disso.
A desonestidade é patente quando alguém brada contra a desigualdade de renda e cala diante de uma de suas maiores causas: o gasto com pessoal da máquina pública.
Vou fazer uma proposta a Folha e aos demais veÃculos da imprensa comercial brasileira. Se pensam de fato que o serviço público é necessário, por que não fazem uma campanha efetiva pela melhoria da prestação desse serviço, em vez de ficarem só cobrando corte de salários e redução do quadro de servidores? Ou então assumem de vez que querem um Estado enxuto, que só arrecade para deixar os ricos cada vez mais bilionários. Pois pelo que propõem, o serviço público deveria ser por escravos.
Da verba pública da saúde, 55% é direcionada ao setor privado, que atende 25% da população rica, que tem muito menos doenças. Os restantes 45% é dedicado ao SUS que atende os 75% restantes, de uma população muito pobre e consequentemente, muito doente. Só isso bastaria para reconhecer o serviço público como exemplo de gestão, que lhe deu fama mundial como o maior serviço público de saúde do planeta. Mas o mercado reivindica poder e sustenta lobbies para destruir excelências coletivas.
Entre as medidas estão a redução do alcance da estabilidade,por isso sou contra a Reforma administrativa do governo anterior. Um exemplo é do servidor da receita federal que não deixou as jóias, não declaradas como patrimônio da União ficarem em poder do Bolsonaro
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