Michael França > Não entraria em avião pilotado por cotista? Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Os argumentos do Hélio são mais embasados, consistentes e convincentes. E quanto a entrar num avião pilotado por um cotista, estou esperando sair a passagem social pra voar pela primeira vez.
Aà é opção sua!
Cota é dar oportunidade a alguém que foi desfavorecido durante a vida. Eu acho que funciona, mas pode ser uma forma de nunca mudar esse desfavorecimento. A cota ataca o sintoma e não a causa.
O colunista quis dizer que os filhos da elite recebem muitos empurrões e que a fala de seu par foi preconceituosa. Só isso.
Pelo amor de Deus. Cota não é favor. Nenhum homem negro vai pilotar avião sem ter habilitação para tal. A diferença nas cotas está na seleção. É uma análise de mérito: os melhores de um determinado grupo. Só isto. Parece que nem a esquerda entende o que é cota.
O bom de concurso público é que se verificava aptidão ! Não importava a raça , o gênero ou idade , apenas o conhecimento. Simples assim ! Somos todos iguais ! O resto é inconstitucional Mas, inventaram esse lamentável empurrãozinho.
As cotas que os preconceituosos gostam é aquela de que ele é primo do meu amigo. Dá uma força aÃ.
O cidadão passou na prova e durante o curso se não provar eficiência será desligado. Mas o preconceito é muito forte. Qual a cor do piloto q algum tempo jogou a aeronave contra uma montanha ?
Tu achas que a cor do piloto é relevante? Tu te lembras da cor do piloto que jogou um aviao no deserto? Pois bem, ele era um arabe com problemas de sexualidade o outro um branco com problemas de depressao. O seu comentario foi bem racista ao tentar associar a cor do piloto com o evento, tem-se exemplos de todas as cores e raças e normalmente esta associado a sofrimento pessoal e nada a ver com a cor ou raça.
Faz um teste: anuncia na hora do embarque que o piloto é um Negro que não teve aprovação no curso mas em respeito às cotas, demos uma oportunidade dele conduzir hoje pela primeira vez uma aeronave. Veja quem vai embarcar…..
Acho que tem muita explicação para um problema simples. Todos nós somos iguais, não precisamos de "empurrãozinhos", precisamos de ensino público de qualidade, desde a alfabetização e aà opções para ensino técnico ou faculdade, todos de qualidade e públicos. "O problema maior é que isso não dá muitos votos"!
Esse preconceito com cotista demonstra desconhecimento do que é um profissional. Ninguém entrega um avião ou um bisturi a um recém concursado. Para chegar lá é necessário um treinamento e uma carreira. Muitos primeiros alunos não viram profissionais excelentes. Para ser bom jornalista não basta dominar o vernáculo, precisa saber o que dizer.
A imagem do Hélio foi infeliz porque sugere (mesmo que não tenha sido sua intenção) que um negro tem menos competência que um branco. Mas esse não deixa de ser um efeito colateral da polÃtica de cotas. A maior parte das pessoas não vai achar que um encanador ou eletricista é menos qualificado por ser negro. Mas se souber que as empresas do ramo são obrigadas a colocar um percentual mÃnimo de negros como profissionais, a percepção muda.
Eu embarcaria ao seu lado, Michael, porque concordo com Jesse de Souza em 'A ralé brasileira', que destaca como a competição social começa na socialização familiar pré-escolar, não começa na escola e tampouco termina na universidade.
Empurrãozinho? Que papo é este? Uma ajudinha por debaixo dos panos? Diz muito sobre você este pensamento, é o tipÃco pensamento de quem passa pano pra corrupção desde que seja uma corrupção "do bem". Nunca seremos nada enquanto o "jeitinho brasileiro" imperar. Justiça social não será feita de migalhas, o desfavorecido precisa de dignidade para se capacitar não de favores escusos. Um horror!
O Michael França usa os mesmos termos clichês para defender as minorias. O opressor sempre é o branco hetero cis, e este é rico e privilegiado. Os brancos de classe média e pobres que se virem.
Apesar da propalada natureza trabalhadora da população brasileira, a busca de um "esquema" para se dar bem, é um sonho quase unânime. Aliado ao cada vez mais baixo nÃvel do ensino brasileiro, o "bypass" da meritocracia, desqualifica sobremaneira a qualidade da mão de obra.
O empurrão é para entrar, não para sair. Em qualquer caso, só ganha a referida licença quem passou por todo o curso, todas as lrovas e obteve o certificado, nao é isso ?
No caso de concurso público, será presenteado por uma sincera vitalÃcia. No caso de vagas em universidade, em virtude do baixÃssimo nÃvel de ensino brasileiro, tendo persistência e nÃvel intelectual meramente raso, sai com um diploma
Eu não entraria num avião pilotado por quem lá está por conta de alguma caracterÃstica racial e nem me deixaria operar por um cirurgião que porta este qualificativo apenas por algum aspecto racial, seja qual for a raça ou etnia. O articulista poderá se arriscar e provar, após alguns voos e cirurgias, que está vivo e saudável, dando um empurrãozinho à sua tese ressentida .
Então, um empurrãozinho pode ? Desde que seja para alguém do seu grupo de interesse ! Esse favorzinho é que perpetua a injustiça.
Não. Acho que passados os 10 anos previstos pela lei das cotas, os ensinos Médio e Fundamental públicos deviam ter sido aprimorados no perÃodo, de modo a que todos pudessem concorrer em iguais condições. O resto não passa de h1 p0 c5i s1 a!
Cotistas não levam um empurrãozinho mas sim um empurrãozão.
1.4. Há uma tentativa generalizada no artigo de inferir que mesmo quando um processo seletivo é realizado por homens brancos (portanto, logo, bem privilegiados, cf. argumento exposto) não seja possÃvel selecionar mulheres, negros e brancos desfavorecidos a partir de bancas de seleção em universidades públicas (e.g., concurso público, apesar de citar). Conforme dito, mesmo que alguns desses avaliadores estejam cientes dos desafios enfrentados pelas minorias.
* apesar de não citar claramente)
2.4 Acho o argumento conspiratório/problemático (no mÃnimo). É o lugar de fala aplicado aos concursos (sic): por óbvio, não estou sugerindo que não exista esse efeito (i,e,m viés) ou que o sistema seja infalÃvel (em conter esses vieses), mas que, de forma clara, os fatores de exclusão operam muito antes de qualquer processo seletivo. A sugestão implÃcita no artigo é tentar selecionar os melhores por subgrupos populacionais, ao contrário de sistemas de seleção universal (em concursos públicos).
3.4.A ideia é de que a diversidade seja um critério de justiça social superior ao sistema de avaliação desempenho/competência individual, desde que os subgrupos sejam representados e, claro, não seja (m) selecionado por homens brancos (está lá no artigo). Isso implica em um acesso privilegiado ao sistema com base em uma caracterÃstica que não seja universal, mas que o pertencimento seja o mais relevante.
Como ocorreu nos EUA (e outros paÃses), isso apenas cria uma elite para cada subgrupo e não resolve (veu) os problemas de desigualdade.
4.4. Naturalmente, há fartas explicações com base em capital social, capital humano, cultura (*) e diferenciais de renda, e.g., que possuem muito mais poder explicativo sobre as disparidades por subgrupos/coortes do que o autor gostaria de admitir, mas que prefere, culpar, coletivamente, uma elite branca entorpecida de vantagens (sic). É uma lógica tribalista e imune a razão, tão sublime quanto achar que afromatemática torna a área mais inclusiva.
(*) Aprovados na USP em 2001, amarelos, 11%, brancos, 6,6%, pretos, e pardos, respectivamente, 2,6% e 4% dos inscritos...naturalmente, isso se manteve (depois de 2001)...amarelos privilegiados...
Por que alguém capaz precisaria de um empurrãozinho? Por que para alguém incapaz isso seria suficiente? O jogo está falido? Revejam o jogo, mas não favoreçam grupos. Walter Williams escreveu sobre esse tipo de favorecimento e seus resultados negativos. No entanto, sendo o nÃvel de exigência equivalente, por que haveria qualquer diferença entre candidatos aprovados? O problema é alguém estar ganhando no volume e não na qualidade. Infelizmente, não é algo incomum.
Muito bem! É isso! Eu li a coluna que você menciona. O racismo tem muitas faces. A dele, identifiquei na hora.
Meu comentário não saiu, não sei por quê. Insisto: cotas para a formação intelectual, sim; já para vagas na administração pública, não haveria razão para isso.
Paulo, você tem razão.
Concordo contigo, com pequenas exceções. O Itamarati, por exemplo, me parece um órgão em que uma representatividade mais próxima das proporções étnicas de um paÃs teria utilidade, desde que critérios de qualificação mÃnima sejam preservados.
Sou a favor de sistemas de cotas minimamente bem feitos. No caso de universidades públicas urge lembrar (sim, parece que todo mundo esqueceu) que essas instituições têm duas missões que justificam nelas colocar dinheiro que foi arrancado do povo: 1) Formar bons profissionais, cujas competências servirão ao progresso da nação. 2) Gerar conhecimentos que igualmente servirão ao progresso da nação. Universidades não são para gerar a felicidade futura de seus alunos, nem renda aos seus funcionários.
Sendo assim, faz sentido não desperdiçar talentos inatos que muito podem fazer pelo progresso coletivo, apenas porque não receberam educação adequada aos exames admissionais. Quanto ao serviço público, acredito que pequenas cotas, sem que critérios mÃnimos de preparo e habilidade sejam verificados podem ser úteis ao bem estar geral. Sem esses critérios, elas são inaceitáveis.
Belo texto falacioso, usa um bom argumento (cotas nas universidades) para tentar justificar cotas no serviço público. Gostaria de ver um exemplo de questão de concurso público na qual um candidato bem preparado deixaria de responder por ter sido escrita por um homem branco, hétero, cristão. Acho que o doutor forçou a barra ao tentar emplacar esta ideia.
Eu prestei apenas dois concursos públicos federais na vida - Vestibular há quarenta e sete anos , e emprego há vinte e oito anos. Em nenhum dos dois havia vagas para cotistas canhotos . Foi frustrante . Nunca mais prestei concurso público .
Qualquer pseudo-deficiência fÃsica, não limitante; auto-declarações de ancestralIdade africana ou indÃgena, recebem um empurrão para ocupar alguma vaga sem merecimento. Esquecem, que o mundo exterior é selvagem. Tirando os cabides de emprego, aquela polÃtica de muletas é um desserviço à sociedade.
Pra variar, lúcido e cortante!!!
A constituição obrigou as entidades públicas à realizar processo seletivo pra contratações temporárias ou concurso público pra cargo permanente, daà os gestores públicos de todo brasil contratam direto cm indicações polÃticas, nomeiam outros indicados em cargos de comissão e tchau concurso, rs. Isso aqui é brasil homem
Boa sorte no voo
Sempre fui muito pobre, fiz faculdade as minhas próprias expensas, nunca tive nenhum polÃtico ou amigo influente pra dar um empurrão, pois bem, passei num concurso dos mais cobiçados, um dos mais bem remunerados do serviço público, levei anos me preparando. Qto ao piloto q teve um empurrão pra passar no exame pra obter o brevet com ctz se soubesse não embarcaria. Cada uma.
Parabéns pelo texto, Michael França! Temo em sua resposta a ausência de um ponto essencial: cotas são um instituição de motivação/meta transgeracional (importante ler o texto oficial que fundamenta sua implementação!). Qualquer objeção ou defesa dessa polÃtica de discriminação positiva deve levar em conta o efeito social democratizador de se produzir uma geração de jovens negros de famÃlias economicamente estáveis (produção do espaço de meritocracia).
Araguaci sairia do avião ao ver um piloto negro? Perguntaria se foi cotista a abandonaria a aeronave após a resposta desagradável? Exigiria troca de médico no momento da cirurgia? Do que mais Araguaci seria capaz? Tiraria o filho da escola? Questionaria o mérito de um juiz? Sairia de seu apartamento projetado por um cotista? Vetaria o casamento de sua filha? Negaria emprego? Até onde iria Araguaci?
Sim ou não? no avião pilotado por um cotista?
Defendo, sim, cotas para a formação escolar básica e superior aos menos favorecidos, sem acepção de raça. Mas há funções que exigem requisitos mais acurados.
agradeço demais seu texto, Michael, porque o artigo que você critica precisava muito ser rebatido, pela sua imensa quantidade de equÃvocos e desconhecimento da lei.
Márcio França, parabéns pelo seu texto brilhante.
Michael França, desculpe.
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Michael França > Não entraria em avião pilotado por cotista? Voltar
Comente este texto