Mirian Goldenberg > Como transformar monstros assustadores em anti-heróis divertidos Voltar

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  1. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

    Independente do lobo que predomina quando respondemos a um desafio, duas questões tem de ser consideradas: (1) As pessoas entram no modo piloto automático várias vezes durante o mesmo dia, dando as mesmas respostas aos desafios cotidianos por insegurança ou irreflexão, ou ainda porque não são tão autoconscientes/racionais como imaginam. Ou seja, qualquer que seja o lobo, ele age inúmeras vezes sem que a pessoa tenha consciência disso.

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    1. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Em 2023 li o livro Positividade tóxica do filósofo e psicólogo dinamarquês Svend Brinkmann que pretende ser um guia de 7 passos, mas com o objetivo de ser um guia “antiautoajuda”. O texto é inspirado no estoicismo, como formulado na Roma Antiga tanto por uma pessoa escravizada (Epiteto) quanto por um imperador (Marco Aurélio). Mas achei que o autor propõe uma variante do modo de vida estoico que difere do enfoque dos livros do Ryan Holiday.

    2. Mirian Goldenberg

      Estudo todos os dias os estóicos para aprender a viver um dia de cada vez

    3. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      As considerações deste comentário levam em conta o capítulo 5 - Desacelerar e saborear o instante - do livro Viver! Um manual de resiliência para um mundo imprevisível de Frédéric Lenoir.

    4. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      (2) A dispersão da atenção perturba nosso humor e nossas emoções, logo a única condição necessária para que o nosso cérebro produza as principais substâncias necessárias ao nosso bem-estar e ao nosso equilíbrio emocional (dopamina ou a serotonina), é estarmos totalmente atentos ao que estamos fazendo (atenção plena, mindfulness). Teremos deficiência desse equilíbrio, se realizamos uma tarefa pensando em outra coisa, ao fazermos várias coisas ao mesmo tempo, ou ao agirmos no piloto automático.

    5. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Vários séculos antes, Epicuro já nos convidava a aproveitar plenamente o momento presente para sermos felizes, e os sábios estoicos defendiam a "prosoché" como atitude de vida, a concentração no momento presente, livre dos apegos ao passado e das preocupações com o futuro. Montaigne insiste nos seus Ensaios na necessidade de tomar consciência e saborear os momentos felizes da existência, e de desfrutá-los plenamente, sem qualquer outra preocupação: “Quando danço, danço; quando durmo, durmo".

  2. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

    Entre nós há aqueles/aquelas que vivenciaram o desfazer de (quase) tudo que alicerçava suas vidas e se sobrou algo, ficou solto sem referências. Não restavam opções de fuga nem esconderijos. Embora surgissem pensamentos, sensações, emoções e sentimentos que apontassem para "coisas" que não existiam mais, de repente aquilo que é indestrutível veio à tona trazendo uma profunda paz e um leve sorriso tomou suas faces. Sentiram um total desprendimento de tudo, apesar daquela ampla destruição.

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    1. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Todos que passaram pela experiência descrita acima reconhecem que nosso estado natural é estar em paz, mas afirmam que a mente só conhece a paz como um conceito, então ela tentará criar paz, podendo até tornar esta paz uma prática para nos manter apegados ao reino das ideias e crenças pessoais. No entanto, o problema não está na mente, mas na identificação pessoal com os pensamentos que criam sofrimento, em acreditarmos em tudo que sentimos.

    2. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Curiosamente, depois de alguns dias ou semanas aquela paz, alegria e leveza extraordinárias sumiram de vez, ainda assim apenas muito poucos não notaram qualquer perda mantendo-se serenos, felizes e leves. A sensação de paz imperturbável só aumentava, pouco importando se havia pensamentos, sensações emoções e sentimentos desordenados ou confusão exterior. A mente agora pareia um céu vasto e sereno que não podia ser tocado por nada: nuvens, ventos, raios e chuvas.

    3. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Entre os que passaram por essa experiência também há os que dizem ter conhecido um medo nunca vivenciado antes, uma sensação de pânico absoluto que os arrastava para dentro do que parecia um vórtice de energia que fazia seus corpos tremerem. Embora houvesse todo esse pavor, nenhum desejo ou expectativa acompanhava este sentimento como é de costume, até que subitamente o medo se desfez e em seu lugar surgiu uma imensa paz, uma alegria transbordante.

  3. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

    A maioria de nós nega ou ignora nossa natureza dualista, embora a dualidade marque presença constante na experiência humana. A vida e a morte, o bem e o mal, o desejo e o medo coexistem em todas as pessoas e manifestam sua força em todos os aspectos da vida. Se sabemos o que é coragem, é porque conhecemos o medo; se reconhecemos a verdade, é porque já topamos com a mentira.

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    1. Mirian Goldenberg

      Como escreveu Clarice, se tirarmos nossos defeitos o edifício inteiro pode cair

    2. Mirian Goldenberg

      Se sentimos tristeza é porque desejamos a alegria

    3. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Somente ao abraçar a nossa dualidade é que nos libertamos dos comportamentos que poderão potencialmente nos prejudicar. Todos temos um lado obscuro - sombra -, afinal quem nunca agiu motivado por raiva e medo. Admitir que temos um lado sombrio não é possuir uma falha, mas reconhecer-se completo. Tal qual a ponta de um iceberg, somente uma pequena fração nossa está visível ao mundo físico. Sem ser visto e frequentemente ignorado, nosso universo é um lugar de ambiguidades, contradições, paradoxos.

    4. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Temerosos evitamos olhar dentro de nós mesmos; mas, em vez disso, fugimos mediante uma distração e nos recusamos a enfrentar nosso lado sombrio. Quando falhamos em admitir nossas vulnerabilidades e reconhecer nossos erros e malfeitos, inevitavelmente nos sabotamos quando almejamos alguma realização pessoal ou profissional. Então, a sombra não só ganha, mas nos faz estranhos perante nossos olhos. Bloqueia o autoconhecimento.

  4. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

    Em seu livro O Que Nos Faz Bons ou Mau, o psicólogo Paul Bloom mostra que bebês possuem uma apreciação geral do comportamento bom e mau, que abrange uma gama de interações, incluindo aquelas que provavelmente nunca viram antes. De fato, quando mostramos as mesmas cenas para crianças pequenas e perguntamos: “Quem foi legal? Quem foi bom?”, e “Quem foi ruim? Quem foi mau?”, elas responderam da mesma forma que os adultos, identificando o facilitador como agradável e o dificultador como mau.

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    1. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Título correto do livro do cientista cognitivo (psicólogo) Paul Bloom: O Que Nos Faz Bons ou Maus.

    2. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Muitos de nós desconhecem, não acreditam ou negam que existam 3 qualidades básicas no ser humano, talvez porque elas foram enterradas e quase esquecidas: a inteligência, a cordialidade e a receptividade inatas. Todas as pessoas, em todos os lugares, no mundo inteiro, possuem essas qualidades e podem usá-las para ajudar a si mesmas e aos outros.

    3. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      A inteligência inata está sempre acessível, nos ajudando a solucionar nossos problemas em vez de piorá-los. Desde que não estejamos presos na armadilha da esperança e do medo, sabemos por instinto como agir corretamente. Em geral, se não obscurecermos nossa inteligência com a raiva, autoapreço ou ansiedade, percebemos o que pode melhorar ou agravar uma dada situação.

    4. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      A cordialidade inata é nossa capacidade compartilhada de amar, de ter empatia e senso de humor. É também nossa capacidade de sentir gratidão, valorização e ternura. É o conjunto do que, com frequência, chamamos qualidades do coração. A cordialidade inata tem o poder de curar todos os relacionamentos, a relação com nós mesmos, com as pessoas, animais e com tudo que nos deparamos no dia a dia de nossas vidas.

    5. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      A abertura inata mostra o grau de amplidão de nossas mentes, que expandem-se, são flexíveis e curiosas e, portanto, sujeitas a prejulgamentos. Esse é o estado mental antes de nos fixarmos numa visão baseada no medo, em que todos são inimigos ou amigos, uma ameaça ou um aliado, alguém de quem gostamos ou não, ou a quem ignoramos. Mas, em sua essência, a mente que temos é aberta e receptiva.

  5. Ednilson Valia

    Todos os nossos demônios e Lobos Maus não seriam uma defesa de nossos egos? Estes inflados, nos apresentam a ingenuidade. É aquela frase manjada : a soberba precede a queda ou como diria Riobaldo: o homem humano é o diabo!

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    1. Mirian Goldenberg

      Gostei da reflexão

  6. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

    Ressentimentos e egoísmos, apesar de comuns, não constituem nossa natureza básica. Sabemos como é reconfortante ser gentil, como amar tem o poder de transformar, que alívio sentimos quando nos libertamos de antigos rancores. Compassivos, percebemos que muitos agridem e falam coisas desagradáveis por causa do lobo raivoso. A maioria deles tem sido muito bem-sucedida em aumentar a negatividade e em insistir que o lobo zangado fique cada vez mais forte, enquanto o outro fita com olhos suplicantes.

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    1. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Friedrich Nietzsche disse certa vez: Perdido seja para nós aquele dia em que não se dançou nem uma vez! E falsa seja para nós toda a verdade que não tenha sido acompanhada por uma risada!

    2. Mirian Goldenberg

      Estou gostando cada vez mais do Venom. Ele tem senso de humor que é fundamental para enfrentar a dor de existir

  7. raul pereira

    Que tal pensar que sua mente (não física) influencia o seu cérebro atraves de fótons recebidos pela glândula pineal e parir dai o seu cérebro cria todo esse desconforto ?

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  8. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

    Texto muito bom. O diálogo entre um avô (índio norte-americano) com o seu neto está no livro O Salto da monja budista Pema Chödrön. Ela nos convida a começar a alimentar o lobo certo, recorrendo à nossa inteligência inata para perceber o que ajuda e o que fere, o que aumenta a agressividade e o que revela nossa bondade e benevolência. Desenvolver confiança na nossa bondade básica, nos livrando de antigas formas de imobilismo, escolhendo com sabedoria o que é bom pra nós e para os outros.

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    1. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Você diz "me mostra os caminhos que ensinam a ter mais coragem e força para enfrentar de frente a dor e o sofrimento", mas acredito que os desafios diários demandam força, leveza ou ambos. Explico melhor no que postei sobre leveza/força mas o algoritmo pediu pra ser analisado pela Folha.

    2. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Sim, a distinção lobo certo e lobo errado pode ser imprecisa, mas entendo lobo certo aquele que cultiva o que tem natureza altruísta e é salutar para todos.

    3. Mirian Goldenberg

      Eu estou começando a enxergar o lobo mau como um excelente conselheiro e companheiro, pois ele me mostra os caminhos que ensinam a ter mais coragem e força para enfrentar de frente a dor e o sofrimento

    4. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Sim, Mirian. Mas a confiança na nossa bondade básica é fundamental para podermos transformar dor em felicidade. A fim de encarar com honestidade a dor em nossas vidas, vamos começar a olhar com compaixão e sinceridade para o lobo mau que há em cada um. Reconhecemos com grande ternura o lobo zangado, hostil, que não perdoa. Aos poucos, essa parte de nosso ser torna-se familiar, porém não mais a alimentamos em favor da receptividade, inteligência e cordialidade.

    5. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Para reconhecer os lobos internos uns precisam apenas desacelerar, outros de uma pausa e ainda há aqueles que usam ambas. A celeridade da vida os faz crer que eles tem de ser mais rápidos, recorrendo as respostas prontas - os hábitos e padrões de conduta. Daí o hábito de agir com força, agressividade e prontidão, quando a vida demanda LEVEZA (lobo bom) para aceitarmos as coisas que não podemos mudar, FORÇA (lobo mau) para mudar as coisas que pudermos e SABEDORIA para discernir uma da outra.

    6. Mirian Goldenberg

      O caminho da dor não pode levar ao caminho do amor?

    7. Mirian Goldenberg

      Mas será que existe lobo certo e lobo errado?

    8. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Fazer uma pausa para refletir com imparcialidade é importante, pois como seres humanos, temos o potencial de nos libertarmos de antigos hábitos e também de amar e nos dedicarmos aos outros. Temos a capacidade de despertar e viver conscientemente, mas também há uma forte tendência de permanecermos adormecidos. É como se estivéssemos sempre numa encruzilhada, escolhendo sem cessar o caminho a seguir. A qualquer momento podemos escolher o caminho da clareza e felicidade ou da confusão e dor.

  9. Alexandre Cunha

    Sandra, já assistiu YellowStone? Lá mostra demônios com honra. A história e o verdadeiro comportamento da humanidade.

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  10. Marcus Acquaviva

    Só a maturidade e o amor de minha mulher me fizeram aprender a lidar e controlar os demônios que há dentro de mim - e todos nós temos eles, mais ou menos.

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    1. Mirian Goldenberg

      Verdade, todos temos. Que bom que ela te ajudou, Marcus

  11. Eline Murad

    Lobo, Venon - nomes que remetem à Sombra junguiana, adormecida em nosso íntimo , mas sempre capaz de sobressaltos e manifestações imprevisíveis e inesperadas , quando não aprendemos a conhecê-la ou a ignoramos. Certo, Mirian?

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    1. Mirian Goldenberg

      Com certeza Eline. Não adianta nada lutar contra eles, pois só ficam mais poderosos

  12. Sergio Albuquerque

    Miriam, sua coluna é o meu momento de reflexão. Lembro-me de um chefe que dizia, referindo-se ao trabalho, já que você está no inferno, abrace o diabo ou melhor, conheça-o, entenda-o e conviva da melhor maneira.

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    1. Mirian Goldenberg

      Adorei Sergio. E, se possível, aprenda a brincar com ele. Estou aprendendo…

  13. Alberto A Neto

    “Je pense, donc je suis” é a frase de Descartes no Discurso do Método que Freud reformulou com a noção do inconsciente, onde a nossa "real identidade" estaria guardada: “Existo onde não penso”. Mais tarde Lacan cinzelou o esboço originário numa frase: “Penso onde não sou; portanto, sou onde não penso". De fato, se formos à raiz da nossa intranscendência animada, então haveremos de reencontrar na reentrância mais profundo do inconsciente abissal com a nossa predadora alcateia familiar.

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    1. Mirian Goldenberg

      Sou onde não penso

  14. Luísa Toledo

    Na filosofia budista, precisamos fazer as pazes com nossos pensamentos e emoções mais aflitivos. Faz todo o sentido pra mim.

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    1. Mirian Goldenberg

      Ou ao menos buscar compreender o que nos faz sofrer

  15. Ronaldo Pereira

    Como já pregavam os filósofos estoicos, para vivermos felizes precisamos de equilíbrio em tudo, inclusive na alma, e aí entram os lobos internos, se alimentarmos somente um ele pode matar o outro e daí se tornar nosso único guia, isto é, ditador de nossas mentes. Equilíbrio é tudo querida Mirian!

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    1. Mirian Goldenberg

      Verdade Ronaldo, os estóicos me ensinam muito a viver com mais equilíbrio e alegria, apesar dos monstros internos e externos

  16. Amarildo Caetano

    Temos que aprender os códigos para controlar o Venon que há em nós ,mas não é fácil

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    1. Mirian Goldenberg

      Nada fácil

  17. Amarildo Caetano

    Temos que aprender os códigos para controlar o Venon que há em nós ,mas não é fácil

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  18. Filipe Gripp Soares

    "Aonde há o isso,que advenha o eu como resposta" Freud foi brilhante nesse comentário,muitas vezes tentamos mostrar uma coisa que não somos. Tentamos não nos responsabilizar. Quando de repente um boa análise pode fazer vc conviver bem com isso.

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    1. Mirian Goldenberg

      Aceitar, reconhecer e compreender o Venom que mora dentro de nós

    2. Mirian Goldenberg

      Exatamente

  19. Marcia Ferreira

    Acho que temos sempre uma imagem mais positiva de nós mesmos, que nem sempre corresponde ao que os outros veem. Resumo: qdo nosso "lobo mau" é ativado, geralmente dá besteira...

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    1. Mirian Goldenberg

      Melhor aprender a lidar com ele para não fazer besteira

  20. Maria Isabel Carvalho

    Sim, nossos sentimentos e emoções precisam ser acolhidos, trabalhados e ressignificados, se necessário com o apoio de outras pessoas. A raiva, o medo e outros sentimentos ditos negativos precisam achar caminhos de expresssão para que não fiquem presos, nos corroendo por dentro. Afinal podemos ser bons e maus, alegres e tristes, compreensivos e intransigentes, ou seja, alternar dialeticamente comportamentos. Adoecedor é nos fixarmos num desses polos. Afinal, nada do que é humano nos é estranho...

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    1. Mirian Goldenberg

      Verdade Maria Isabel, acolher e aprender

  21. Sinésio Brito

    Seus textos e reflexões sempre muito bons.

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    1. Mirian Goldenberg

      Fico muito feliz Sinésio

  22. Henrique Marinho

    Augusto dos Anjos resumiu bem isso em Versos Ãntimos: Vês! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de tua última quimera. Somente a Ingratidão – esta pan tera – Foi tua companheira inseparável! Acostuma-te à lama que te espera! O Homem, que, nesta terra mise rável, Mora entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera.

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    1. Mirian Goldenberg

      As feras que moram dentro de nós

  23. Luís Santana

    Agora fiquei com vontade de ver o filme.

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    1. Mirian Goldenberg

      Precisei rever para chegar à conclusão que é melhor aceitar nossos monstros internos. Eles sempre irão vencer

  24. NACIB HETTI

    homo homini lupus

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    1. Mirian Goldenberg

      O homem é o lobo bom e o lobo mau do próprio homem

  25. Helio Mota A Peixoto Jr

    Ótima reflexão Mirian! Sempre tive um incomodo com essa parábola dos lobos, não conseguia imaginar parte de mim morrendo, seu texto trouxe uma luz a essa duvida.

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    1. Mirian Goldenberg

      Descobri somente agora Helio. Tem que ter coragem para aprender a aceitar e compreender o lobo mau

  26. JOS LEANDRO

    "Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?" Romanos 6:16

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    1. Mirian Goldenberg

      Como escreveu Viktor Frankl, até mesmo nas circunstâncias mais dramáticas temos a liberdade de escolher a melhor atitude para enfrentar o sofrimento inevitável

    2. JOS LEANDRO

      não sei se faço boa redação da reflexão da professora e antropóloga Mirian Goldenberg, mas achei que o seu pensamento tem o respaldo do apóstolo são paulo. E o que ele está dizendo? Que não somos seres totalmente condenados a praticar "destruição" somos livres e podemos reagir e praticar a "construção"!

  27. filipe moura lima

    É preciso ter coragem para alimentar e brincar com o 'lobo mau', não é mesmo, professora? Eu prefiro deixá-lo inane.

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    1. Mirian Goldenberg

      Ele pode ser divertido Filipe, algumas vezes é melhor brincar com ele

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