Ruy Castro > Os novos ritmos nas bocas Voltar
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Se todo mundo sambasse, seria tão fácil...
Sou carioca do Parque Guinle. Filha de intelectuais. Para a geração dos anos 70 MPB era tudo o que não era música brega. Roberto Carlos, por exemplo, não era MPB. Ivan Lins, eUa.
Toda essa porcaria: tecnomelody, tecnobrega, brega funk, pagofunk, pagonejo, trap funk, funk melody, funknejo, funk ostentação, groove funkeado, gospelnejo, brega romântico, brega pop, brega calipso, pisadinha, batidão, sofrência, pop folk, reggaeton, forró eletrônico, forrogode, forrocore, forronejo, frevo fusion, guitarrada, maracatu de baque virado , sertanojo. são poluições sonoras e não músicas, que elevam o ser humano a um patamar divino.
Faltou o Forró de Favela. Ouço bastante aqui do Ceará
de fato houve uma pasteurização semântica aliada a preguicite aguda e o q mais for, tipo até ignorância, mas o fato é são rótulos e rótulos a gente quando compra joga fora ou guarda se achar bonito. no mais liga o som e deixa rolar. já esta de bom tamanho. Nos EUA já vi álbum da Gloria Stefan com selo de rock na capa. ha ha ha
É de supor que se um ouvido ¨bem temperado¨ - aclimatado à quela música brasileira de melodias elaboradas, rebuscadas harmonias e envolventes sonoridades - afinasse com alguma preciosidade perdida neste novo balaio de miscigenação rÃtmica, emitiria um correspondente alerta de aprovação.
Uai, Ruy, tô me sentindo muito bem na minha inguinorãça musicolóide, meu caro. E repleto de verdadeira piedade por este seu amigo que, por dever profissa, suponho, tem contato com tanta substância urticante. O jesus da Goiabeira que me livre e guarde de tanta mistura indigesta e coceirista! E viva o pen drive, que nos salva de ouvir essa torrente tóchica no rádio!
Tá, mas e da�
O incrivel Rui Castro...!
Consumado está. Contra fatos, não há argumentos. A sigla MPB pegou como R&B para o blues maÃs pegado, que engloba o soul e funk nos EUA.
Talvez a performance cultural do texto seja ilustrada pelo rizoma nos múltiplos territórios que nos (des) encontramos.
Tem absoluta razão o Ruy, para mim é quase tudo indistinguÃvel, e ruim! As letras, então, nem dá para comentar a pobreza linguÃstica e criativa. Óbvio que nessa miscelânea há talentos e boa produção artÃstica. Pegue-se o rap, há uma verborragia muitas vezes estéril de tão longa e tortuosa que se torna incompreensÃvel e sem sentido. Por outro há os verdadeiros poetas que sabem manejar a lÃngua, as ideias e o ritmo. Já nos pagogospelbregafunknejos o que impera é a pobreza musical e poética.
Tô contigo e não abro: há coisa excelente pelaà no Rap, e já ouvi funk carioca que não ofendeu o fÃgaro ou as zoreia. Mas, por mais que eu louve a simplificação/onipresença técnica que permitiu essa explosão de criação no funk, os resultados finais são mêmo de doer.os tÃmpanos, em sua absoluta maioria. [Jesus Amado, sençura, achou o que nessa mensagem? Credo!]
Não é questão de gostar. A maioria dos jovens e até vários não tão jovens não conseguem entender as letras de um Chico, um Martinho, um Paulinho...
"Põe o tubo, Madalena; você não quer que eu volte". (Sebá, o último exilado em Paris).
Hahahahah! A música brazuca amancebou-se! Com os zurros equinos! Hahaha!
É muita coisa, digo, muitos ritmos de música pra minha cabeça velha. Só sei que nossa música ficou feia, serve apenas pra balançar o esqueleto no escuro, ninguém liga pra letra, alienação virou saúde mental.
Ahn... Certas partes do esqueleto, né, meu caro? Mormente o fiofó.
Fui a uma festa onde anunciaram um conjunto de samba de raiz. Pelo ecletismo da função todo samba é de raiz.
Não consigo identificar o ritmo de um baião (exceto como 'aquilo cantado pela voz do Luiz Gonzaga'). Quanto mais esse arco Ãris todo de ritmos.
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