Mariliz Pereira Jorge > A geração das mulheres amedrontadas Voltar
Comente este texto
Leia Mais
A ministra da Igualdade Social e Empoderamento Feminino de Iael, May Golan, disse estar orgulhosa da destruição deixada na Faixa de Gaza e desejou que cada criança possa contar a seus netos o que fizeram os ueus.
Parte bastante significativa do movimento feminista tem interesse numa retórica do medo para propagação de suas estratégias de trincheira. Provável que, a exemplo de 2018, em 2026 à s feministas resolvam abandonar temporariamente a abordagem beligerante para "virar votos" dos porteiros de seus condomÃnios.
Acho que de modo geral as gerações mais novas não sabem se defender, a exceção dos ativistas, homens e mulheres estão com dificuldade de se defender. Em vez de enfrentar o bulling, há sofrimento paralisante em relação a ele. Não são só as mulheres. Elas estão com medos adicionais.
Guerra dos sexos!
É só retórica, e blá blá blá, matéria chata do caramba.
Não tenho essa visão da nova geração de mulheres. Pelo contrário, as acho muito mais conscientes dos seus direitos, das diversas formas de opressão (cada vez mais disfarçadas justamente porque mais desmascaradas). Vejo uma geração mais disposta a enfrentar e não se intimidar para ameaças e piadinhas, e a lutar pelas diversas causas feministas que se apresentam no nosso tempo.
Tenho a impressão de quem fala das novas gerações não as conhece muito bem. Uma sobrinha não vale pra julgar. Trabalho há 14 anos com jovens e não as vejo amendrontadas, muitÃssimo pelo contrário. Estão encorajadas. Não têm medo de sexo, vêm quebrando tabus sobre isso. A maternidade não é sobre medo, mas escolha, especialmente pela carreira, que estão dispostas a desbravar. E é claro que envelhecimento é uma ideia distante delas. Estão dispostas a denunciar abusos e a se amparar.
Ops, amedrontadas.
Cada um dá grande importância à sua geração. Mas pelo menos na então capital federal (pela facilidade do serviço público talvez), as mulheres já eram bem independentes desde pelo menos os anos 50. Todas as parentes da geração de minha mãe (inclusive ela), trabalhavam.
Que há homens machistas, violentos e misóginos, não há dúvida. Porém quantos homens não são justos, protetores, amáveis e etc em relação ao sexo oposto..Colocar toda essa conta nas costas dos homens, o " patriarcado" é uma generalização injusta. Seria interessante mostrar as estatÃsticas, não só as negativas, mas as que mostram o outro lado, uma maioria esmagadora de homens justos e sensatos.
As mulheres são muito mais sensÃveis aos agravos em sua saúde, especialmente a depressão, ansiedade, fibromialgia,, atrites artroses, bursites, flebites, trombose venosa,discopatias lombares ou cervicais, etc, que sequer são mencionadas neste artigo, pois só aborda a parte social
MarÃliz. Perfeita a análise. Parabéns pelo texto. As suas análises a cada dia, são mais enriquecedores. Talvez por estarem presas.no.mundo virtual, o mundo real parece mais perigoso do que efetivamente é.
Culpar mulheres por sentir medo, que genial sua linha de raciocÃnio. A sua gErAçÃo nem entendia e talvez ainda nem entenda as violências diárias que sofrem, o quanto a vida das 'senhoras' gira em torno de agradar homem - tanto é que esse texto aà só agrada um grupo, advinha qual? O seu privilégio de não sentir medo deveria retornar pra ajudar outras mulheres que convivem diarimente com a violência, e não ser usado para se vangloriar. O patriarcado ta vencendo a 5 mil anos, lindona.
Nooossa, que comentário perfeito! Falou tudo.
Larissa. Primeiro o texto não buca criticar a geração, mas se solidarizar as mulheres. Da mesma forma, ela tenta uma explicação das razões pelas quais há um amendontamento da nova geração. Tenho uma filha de 18 anos. E comparando as gerações, a colunista tem razão na sua análise. Talvez o medo, em parte, decorra de se viver mais no mundo virtual do que no real..
Parabéns pelo comentário. A colunista age como negacionista de um efeito direto da conscientização feminina sobre violência masculina (que não parte só de homens, mas sobretudo) na sociedade. Faltou usar a expressão mimimi que tanto gostam os reaças... Porém, passou atestado de vencimento intelectual .
Curiosamente, a articulista se queixa do medo generalizado das mulheres adultas da nova geração mas elogia o "levante feminista". Haveria uma espécie de barreira ideológica que a impede de pelo menos se questionar se uma coisa está ligada à outra? Para quem tem olhos para ver está claro que esse "levante feminista" tem envenenado tudo o que toca. Aliás, como todo radicalismo o faz.
Era só o que faltava culpar o feminismo pela violência sofrida pelas mulheres...Essa é uma inversão da realidade que, não gostaria de generalizar, mas, muitos homens costumam fazer. Ora, Sr Rômulo, o feminismo e suas batalhas estão aà para ajudar as mulheres, e homens como você, a tomar consciência das diversas formas de opressão sofrida desde sempre pelo sexo feminino. Vá refletir, por favor!
Milhares de mulheres estão apavoradas em Gaza, onde elas e seus filhos são as maiores vÃtimas.
Os maiores opressores das mulheres do Islã são os homens muçulmanos. A imposição do uso da burca e do shador que o digam. Por imposição da Xaria, quando um casal muçulmano caminha, a mulher não fica lado a lado com o marido: ela segue atrás dele.
Escreve sobre a justa condenação do estuprador Daniel Alves na Espanha e sobre a incompreensÃvel liberdade do estuprador Robinho, escarnecendo de sua vÃtima, basta ouvir os áudios, e da justiça italiana. O processo está parado há meses no STJ sem explicação alguma, talvez esperando que o caso seja esquecido ou seja prescrito.
Talvez seja um revide pelo avanço dos costumes, o direito de se expressar, de ocupar um lugar, de ter sido simbolizado, o que até então era silenciado, envergonhado, acatado. Há bem pouco tempo tornou-se esclarecido, criminalizado, mas nem por isso deixou de persistir. Estão aÃ, em números alarmantes, os estupros, assédios, espancamentos e femicÃdios. Há uma reação violenta por parte de muitos com a perda de privilégios, da responsabilização pelos serviços domésticos e criação de filhos.
Ah Mariliz, se pensarmos em tantas coisas que estão erradas nas sociedades hodiernas, ficarÃamos loucos ou loucas. A questão que fica: quase tudo está errado, quase tudo tem solução, porém, dos poderosos e afins quase ninguém quer mudar essa realidade. Como dizia Contardo Calligaris " A vida é um absurdo".
A vida é um espetáculo. O mundo é que é uma b*sta.
Achei o tÃtulo equivocado por dois motivos: Primeiro porque o patriarcado é dominante em quase todas as sociedades conhecidas desde que a escrita passou a existir. Dizer que este venceu ignora o fato de que o confronto é muito recente. Segundo porque eu vejo hoje muito mais menos desrespeito pelas mulheres do que via quando era jovem (tenho direito a vaga perto das entradas dos shoppings, entende?). Enfim, eu concordo que ainda não estamos bem, mas a batalha está em curso, e os avanços seguem.
Foi mal, respondi o comentário errado! :(
A natureza é sábia, velhos morrerão com seus atestados de sabedoria vencida... O mundo precisa seguir mudando.
Nesse momento, meu caro, será a hora de, humildemente, eu sair de cena e deixar a sociedade evoluir.
Calma meu caro. Um dia você vai crescer e ver que o tempo não garante sabedoria, mas com certeza ajuda a reduzir a ignorância e a arrogância.
Um paÃs que elege Bozo presidente só pode ser feminicida, racista... desumano de todas as formas possÃveis. E tem mulher que nele votou e votaria de novo.
Esse tipo de argumento que você utiliza joga contra os avanços conquistados. Ainda mais nesse momento emblemático da condenação do estuprador Daniel Alves. Ou você é ingênua ou má intencionada.
Nos anos 90 vivÃamos assédio sexual, psicológico e moral como sendo um comportamento normal dos homens que devÃamos tolerar e até nos envaidecer
Aja. Dou conta mais não!
Tenho 5 filhas e um filho e, a todos eles, eu e a mãe ensinamos a andar sozinhos, fazer saque em caixa eletrônico, enfim, todos os passos de autonomia... Ou empoderamento, tal como a articulista. Hoje, 4 formadas e empoderadas até demais. A mais velha, em contato com a cultura do mi-mi-mi, veio me questionar sobre os contos de fada e as cantigas de roda da sua infância terem sido muito violentas, v.g. "O cravo brigou com a rosa..." (continua)
(continuação) Lhe respondi: filha, o mundo ideal é uma coisa: o real é outra. Os contos de fada e as cantigas nos preparavam para o mundo real. Os progressistas esqueceram de combinar com os malas. Os paÃses mais desenvolvidos da Europa têm programas contra o desemprego e moradores de rua, albergues, treinamento etc., mas eles sempre voltam à s ruas e pra baixo dos viadutos. (continua)
(continuação) É impossÃvel transformar este mundo em um parque temático. Temos que viver mais ou menos sob o lema "Um olho no padre, outro na missa". A Suécia acolheu refugiados indiscriminadamente e agora está com uma batata quente nas mãos: os nÃveis de criminalidade, tráfico de drogas, furtos, assaltos, assédios, estupros, antes inexistentes, estão alarmantes.
Missivista, vou lhe pautar. Escreva sobre o que passa as mulheres pal estinas que sofrem há oitenta anos com as atrocidades de um estado invasor. Topa?
Os ortodoxos são minoria, 3% da população total judia, já o comportamento machista arabe é universal. Não adianta amigo, failed in the case! Muito fraquinho você! Não conhece nem quem está defendendo.
É mesmo, gregário? Quem dá pitaco em assunto que não sabe é você. Já procurou saber como vivem as mulheres jud ias nas comunidades ortodoxas? Pois é. Vá se informar antes de vir dar mostras do sua ignorância abissal.
Quando a pessoa não manja nada e quer da pitaco e só passa vergonha. João, não existe sociedade mais machista do que arabes no geral. Mulheres não tem direitos e são subjugadas como seres humanos por séculos, muito antes da faixa de Gaza. Bom, é isto que vocês meros papagaios de pirata defendem. João, estude, ainda da tempo...
Pode falar daquelas que acolhem terroristas em casa?
Interessante é que, da década de oitenta em diante, presenciei e senti o patriarcado reduzir de tamanho, com espaços sociais e profissionais sendo ocupados pelas mulheres, com ênfase crescente e satisfação geral, e os relatos de agressões, estupros e mutilações eram escandalosos e excepcionais. Mas chegou o progressismo identitário, exportado pelos EUA sem passaporte, visto ou aclimatação, substituindo o nosso saudoso humanismo cultural. Houve um manifesto recuo. Porque será?
Sim, André. Mas na minha opinião, o tal progressimo identitário é em grande parte responsável por tirar dos trilhos o que parecia ser uma evolução sem retorno. Talvez eu tenha uma visão errada, mas não havia terreno fértil para estas criaturas tristes que você mencionou surgirem. O ser progressista, que também não existia e que foi importado pelo marketing cultural e universitário estadunidense, regou uma pequena sementinha que estava quase seca. Foi-se o que chamávamos de humanismo.
Igrejas Evangélicas Neo-pentecostais e ressurgimento do Machismo Fascis... e Red-pill. Com tanto falso moralismo desses Conservadores, surgiu uma avalanche de mulheres que voltaram a se sentir oprimidas e desrespeitadas
Excelente texto. Acho o mundo extremamente machista, a estrutura do mesmo é de uma base tão forte que ainda vai levar um tempo pra que a sociedade entenda que a mudança é mil vezes maior do que a que já vemos. Eu sou um homem de 54 anos que busca sempre a desconstrução em mim do que vi e vivi desde criança, o machismo estava em todo lado o tempo todo, e obviamentente que ser machista era ser o normal. Talvez ainda vai mais uns 100 anos para que nossa evolução permita que nos olhemos como iguai
Interessante angulação e abordagem. Fiquei muito pensativo com a sentença final da crônica de outra autora, de "que mer da é ser mulher". Aliás, gosto é ficar pensativo com os textos das autoras (e raros autores) que escrevem com sangue.
...ou, de escrita sanguÃnea. (melhor!)
Tive a mesma sensação.
A libertação das mulheres está apenas começando, o fim ainda não foi planejado ou escrito. É um processo contÃnuo. As mulheres têm que viver suas vidas com os braços bem abertos. Certamente vão quebrar tradições; as futuras mães vão ensinar os filhos a evitar o machismo. É um livro que começa, o restante ainda não foi escrito. As palavras de Mariliz estarão em vários parágrafos desse livro. Poderemos desvendar um mundo novo além de qualquer dúvida razoável.
Putz! Excelente resposta à coluna da Joanna Moura. Também fui ensinada a ir à luta, bem como que não se deve esperar flores do mundo.
Desculpe a intromissão, mas assim procurei ensinar minhas filhas. Desde crianças. Estudem, trabalhem, não se curvem. À luta. Obrigado.
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Mariliz Pereira Jorge > A geração das mulheres amedrontadas Voltar
Comente este texto