João Pereira Coutinho > A sutil arte de matar o próximo Voltar
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Devaneios filosoficos à parte e arroubos justicialistas que busca saber "cadê o dinheiro", o documentario é um primor. O solo feito por Bob Dylan e toda a movimentação para que aquela parte fosse feita, realmente foi o ponto alto do documentario. Dylan é uma lenda. É mais do que um grande compositor. Ele um genial contador de estorias, um dos maiores poetas vivos, ganhador de todos os premios da musica, cinema, tv e até o Nobel de literatura em 2016 por suas composições.
Navios portugueses e brasileiros fizeram mais de 9 mil viagens com africanos escravizados. Independentemente de quem foram os culpados pela escravidão, não há dúvidas de que os 4,9 milhões de africanos trazidos como escravos para o Brasil são as vÃtimas. Nenhum outro lugar do mundo recebeu tantos escravos. Em comparação, nos Estados Unidos, foram 389 mil. Fonte: BBC News Brasil em São Paulo - 7 agosto 2018.
Caro articulista, você é ranzinza e debochado, pois não?
Parece a história da SUD ENE.
O problema é quando os fundos são canalizados através de regimes ou agências que podem não ter o melhor interesse de seus cidadãos em mente. Temos, para citar um caso recente, a agência da ONU, na Palestina. É crucial realizar uma avaliação minuciosa e contÃnua das organizações e governos envolvidos na distribuição de ajuda para garantir que os recursos sejam utilizados conforme pretendido. A due diligence ajuda a identificar riscos potenciais de desvio de fundos. A imprensa pode colaborar nisso
Não são os bons sentimentos que resultam em má polÃtica, mas o uso que se faz deles. Dinheiro sem gestão competente e honesta evidentemente é dinheiro jogado fora ou desviado para fins espúrios. Bela crônica, de toda maneira.
É que o mandamento é ajudar o 'próximo'. Ajudar o 'distante' tem a dificuldade de que pouco sabemos sobre ele, e sobre o contexto de seu sofrimento. Um exemplo é a maciça ajuda da União Europeia durante anos a Gaza. Os palestinos usavam uma boa parte para construir túneis e fabricar foguetes. As intenções eram as melhores possÃveis, mas resultaram no monte de destroços que é hoje a área.
Sensacional
Pelo que o Coutinho disse os fins justificam os meios, para derrotar o governo Mengistu valia a pena deixar morrer milhões de refugiados.
A observação sobre o uso de dinheiro é pertinente (eu e um amigo questionamos as pessoas sobre isso na época e fomos chamados de chatos). Mas a ideia sobre a falta de empatia é de uma tolice sem tamanho. Aliás, virou o comum de hoje: humoristas ganhando um dinheirão com piadas homofóbicas e racistas; "influenciadores" reclamando de "mimimi"; etc.
Não apenas a empatia é constitucional da natureza humana, mas também o senso de justiça. Em Gaza, os dois sensos são dolorosamente estimulados. Não apenas a dor de milhares de civis debaixo de fome, bomba e doença, mas também o fato de ser um cerco covarde, em que um exército rico e poderoso esmaga um território empobrecido e vulnerável com a população dentro. E aqui cabe também a triste constatação de que vivemos um erosão na consciência coletiva da inalienabilidade dos direitos fundamentais.
Afinal Qual seria a moral da estória?
Acompanho o sentimento de JPC. Com a pandemia e a reação diferenciada as três guerras atuais(Ucrânia, Gaza, Sudão), revela q empatia é sempre seletiva: você chora por um grupo social massacrado mas não por outro. É impossivel se colocar no lugar do outro plenamente, para sofrer o que outros sofrem. Sobre a música mobilizante: pelo menos ela amolecia corações, e as de hoje q leva cristõs a avPaulista, p autorizar ultrapassar 30mil mortes, com bandeiras de David, discursos d amor e salvação,etc
Muita gente adota e se orgulha de falta de empatia e ódio pelos outros. Vide o bolsonarismo no Brasil que idolatra um sociopata corrupto.
Tirou as teclas dos meus dedos.
Onde vamos parar?
A netflix é cheia de séries que sâo aulas do crime, alimentando psicopatas, sem qualquer censura. Vejam como é descrita a série, pela própria Netflix, que tem o nome Como se tornar um chefe do crime: este guia satÃrico e sombrio mostra a ascensão e queda dos lÃderes criminosos mais famosos da história e as táticas que usaram para ter sucesso. Que efeito esperar que se propague como uma série como esta, que ensina a crueldade extrema como forma de sucesso?
Há muita coisa a ser extraÃda desse emblema, Little Couto. A música anunciava a utopia consentida da globalização. Uma utopia que não passava por estandartes sangrando nem pela ditadura do proletariado. Uma utopia trazida pelo motor da história, mas um motor suave, não poluente, quase tão autônomo e puro quanto o Primeiro. O mercado. Ah, o mercado. Viramos todos ingleses do século XVIII por alguns anos, correto? Nem precisávamos ser movidos por boas intenções. Acabou, Little Couto. Acabou.
Esperava algo como A Arte de Andar pelas Ruas do Rio de Janeiro, do imortal Rubem Fonseca. Este resume bem o quadro atual da pólis moderna, que nos desumaniza paulatinamente: A desesperança nos liberta.
Tudo não passa de rebaixar quem tenta fazer alguma coisa (ainda que não dê o melhor resultado) para justificar a posição de privilegiado que sabe que há bilhões de humanos sofrendo, não liga, e se orgulha disso.
Parece programa social brasileiro... Fiz está observação dias atrás Onde foi parar o dinheiro arrecadado? Como foi possÃvel a perpetuação da pobreza apesar de toda aquela doação com festivais beneficentes acontecendo há cada três meses? Bem,parece que agora sabemos a resposta,as doações não resolveram problema nenhum e ainda piorou a situação. O que importava era mostrar como somos bons e sentir-se bem. O resultado e a solução do problema é o de menos...
Bobagem. Se todo dinheiro de caridade for muito bem gasto, ainda é uma gota no oceano. Caridade não muda o fato de que a maioria das pessoas nascem sequer sem uma privada dentro de casa porque o governo não chega com o esgoto. Caridade é um paliativo muito pequeno, até porque são muitos os necessitados e pouquÃssima Ajuda. Ela não vai mudar a estrutura da exclusão social. Pode aliviar, e muito pouco. Vai mudar? Não.
Que artigo lastimável. Se o colunista acha que existe empatia para dar e vender no mundo, não conhece o mundo, o que já é sintomático do quão desconectado da realidade o é, um branco de classes altas que não sabe o que é a realidade. Até um estereótipo. O problema não é ter empatia. Claro, para algumas pouquÃssimas pessoas é, porque essas pouquÃssimas pessoas provavelmente cresceram sem afeto e empatia e acham que podem conquistar isso agradando, não é o caso de popstars endinheirados. Continua
Paulo César de Oliveira, mas é claro que acha, psara vocês, intenção depende de resultados! O perfil de leitores da Folha é o do colunista! Nem sei, sinceramente, porque ainda assino esse jornal, entrei nessa de inocente para ajudar na época em que o Bozo perseguia a imprensa. Mas tente cancelar esse negócio? Vai ouvir de um sermão que rivaliza com o de um pastor para isso não acontecer!
Artigo muito útil. Eu não sabia que o dinheiro levantado tinha sido mal utilizado mas sempre sobe que o Inferno estava cheio de boas intenções.
O problema é ser ingênuo. Normalmente perguntar quem serão as organizações que cuidarão desses recursos e como o farão, e ter algum senso crÃtico do tipo " se essa grana vai para um paÃs autoritário, ou a ajuda vai ter que ser por meios ilegais ou vai cair no colo de quem ajudou a propagar a desgraça", já ajudaria.
A posição ereta, a locomoção bÃpede deu-se nos primeiros hominÃdeos que habitavam a Etiópia; encontraram evidências que datam de três milhões de anos atrás. EvoluÃram para os Homo Sapiens. Os italianos e ingleses ocuparam a Etiópia e a Somália. A descolonização tardia da Ãfrica levou a desgovernos e aos piratas somali que sequestram navios que passam pelo canal de Suez. A pirataria parece fazer parte do caráter do Homo Sapiens.
Esse fulano, de "A sutil arte de etc", tem um epÃgono em Pindorama: o autor de "Enfodere-se". Sim, este é o tÃtulo da obra. No material de promoção, se lê: "Olhe pra frente e acelere!" Kkkkk
Agradeço por "epÃgono". Vocabulário enriquecido. :)
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