Joanna Moura > Uma estratégia chamada duvidar de mulher Voltar
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Até quando a Folha noticia algum crime ou quando uma mulher publica algo que não gosta em homens (sendo ela hétero), aparece uma enxurrada de homens héteros defendendo a classe. Engraçado que eles dizem gostar tanto de mulheres, mas não fazem o mesmo para defender uma mulher, muitos culpam elas quando um homem comete crime de importunação, abuso ou estupro.
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Vc se inclui nisso também?
Em primeiro lugar, me solidarizo com a autora no que se refere ao episódio. A atitude do provocador foi, entre outras coisas, covarde. Depois, gostaria de ponderar sobre a ideia de citar uma classe que a rigor, não me parece existir enquanto grupo social, a classe dos homens. A existência de misóginos não é boa para ninguém e eu acredito piamente que desagrada a ampla maioria da população masculina. As reações misóginas ao seu texto, creia, não são corroboradas por essa maioria.
Tipificação: Olhar 12 segundos ou mais, fixamente. Pena: detenção, de 2 a 8 anos e multa. Se após 12 segundos houver um sorriso: aumenta-se a pena de 1/3. Se do olhar resultar extremo sofrimento psÃquico ou moral: aumenta-se a pena em 1/3.
Quando um gay faz isso para um hétero, o gay pode não chegar em casa vivo ou pode chegar vivo e ferido.
Espero que no proximo artigo não semeie a idéia de que homens são toxicis e inúteis e devem ser eliminados da face da terra!
É impressionante . Li dois comentários deste texto de dois homens dizendo exatamente o que diz a Joanna. É muita cara de pau !!! O que me impressiona muito também são as mulheres duvidarem das mulheres . Concordo, devemos sim apontar os dedos aos homens , sem dúvida . O que fez a garota estuprada pelo jogador na Espanha , enfrentando meio mundo , diz respeito a todas nós . Proponho também que aprendamos a ter sororidade , compaixão , um ombro , com eles .
A experiência quotidiana ao longo da vida de uma mulher (assim como de um negro em relação a um branco) gera facilmente incompreensões. Uma mulher mais velha ter medo de estupro sempre foi motivo de piadas, mas sabe-se lá o que ela vivenciou ao longo da vida, e como esse medo se internalizou.
Infelizmente, eu soube ao longo da vida, de dois casos de estupros em mulheres com mais de 65 anos. É triste mas o medo pode ser justificável, por ser o crime uma possibilidade real.
O Código Penal brasileiro tem como um dos princÃpios a Presunção de Inocência. Assim como a Constituição Federal também que é a lei maior no paÃs. Para acusar precisa de provas. Mas tem certas mulheres feministas que ainda não entenderam isso. Acham que podem acusar sem apresentar provas . Pensam que por serem mulheres são uma "casta superior" que não se pode duvidar da palavra delas. Como se mulher não mentisse.
Esclareça-nos, ó sábia criatura, como os Códigos e a Constituição sugerem que se produza provas para crimes cometidos geralmente a dois e a sós. Aquele que não se precaver e instalar câmeras e gravadores em todos os lugares que frequenta não terá sua palavra aceita? Ninguem que relata qualquer crime apresenta as provas, quem as recolherá com os recursos que tiver são as instituições de justiça. Grave ou cale-se, é esse seu lema?
Não se trata de acusação criminal. Trata-se de receber um olhar torto, com ironia, insistência ou que quer que seja. Você não ia ficar quieto, a não ser que o olhador fosse bem maior que você.
Olhem só que já tem comentário confirmando o que a colunista escreveu. Obrigada por mostrar que ela tem razão
Outro dia, enquanto aguardava ser chamada num consultório médico, puxei conversa com outro paciente aguardando. Falávamos amenidades sobre a saudade que os filhos pequenos deixam quando crescem. Homem de cerca de 40 e poucos anos. Enqto a filha corria e sorria, eu falava da esperança nas novas gerações. Ele, bastante pessimista, confidenciou-me: "sei não, as mulheres não estão mais gostando dos homens, o empoderamento feminino vai acabar com os relacionamentos" Senti medo genuÃno nos olhos dele
Kkkkk, será que é o “empoderamento feminino” ou os homens HSM da geração dele só conseguem se relacionar se estiverem no poder e serem servidos?
Nossa... Ele sentiu medo? Medo é uma mulher levar uma faca na bolsa pois precisa voltar do trabalho de noite por uma rua escura, como acontece em SP.
P.S: Mariliz também é ótima na gestão dos comentários de sua coluna. Apanha tanto de vez em quando (eu ajudo, kk), mas depois dá o baile em muitos...
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(tit)Uma Questão de Reforma ou Revolução...
(i)Quem quer reformar alguma coisa sempre se refere ao objeto. Já para revolucionar alguma coisa a tendência é a gente se agastar com esta referência. Evocar um modelo cria travas, limites, reações presumidas, tudo isso vai contra a revolução da situação.
(ii)Quem quer revolucionar, por incrÃvel que pareça, tem predisposição a acordos. Assim, tem que se conversar muito para se mudar 'de verdade'. Tem que ter paciência para ouvir coisas desagradáveis. Tem que saber responder, a parte divertida da coisa.
(iii)Tem alguns colunistas aqui da Folha que fazem isso muito bem. Hélio Schwartsman vive inventando polêmica. Resultado: apanha 'que nem um condenado' nos comentários, mas na coluna seguinte, ou na outra, responde à sua maneira, de colunista. Aquele que tem o poder de ser o publicado no impresso... (pode ser também uma espécie de 'relator' do grupo, se filtrar idéias boas e se referir a elas). Ele difere aÃ, responde por esta posição de poder...
(iv)A Joana se apoia neste modelo patriarcal quando evoca esse não respeito à sua fragilidade na viagem de metrô. Não que advogue o contrário, não é pra ser grotesco.
(v)Mas eu acho o respeito melhor princÃpio para uma revolução de costumes. Respeito tem como se delimitar. Dava pra largar a fragilidade de lado e ir falar pro cara: "Olha, você está me incomodando, peço pra parar!..."
(vi - fim)Ou então desviar a atenção para outra coisa. Acho que o cara ia entender até melhor esse desprezo. Não ia precisar falar nada. Seria revolucionário!
Tenho grande respeito por você e todas as mulheres , entre elas estão minhas filhas e netas! Mas, peço desculpas se estiver errado, ao usar o termo "parças" , você está se referindo(subjetivamente) ao Neymar ,e não acho justo para com ele , pois por mais apoio que ele ou outros jogadores, ou homens tenham dado ao Daniel, não vi nenhum culpar ou desacreditar na vÃtima . Não li em qualquer veÃculo tal atitude! Talvez eu leia pouco, mas leio quase todos os colunistas deste ótimo jornal
Joanna, sua coluna repercutiu em mim e continua repercutindo: eu sempre digo que ser mulher é ter medo. Infelizmente. Obrigada por dar luz a esse fato através de suas bem escritas colunas. P.S.: acabei de ler seu livro “E se eu parasse de comprar?”. Amei. E já passei adiante, que coisa boa é pra compartilhar.
Andava numa calçada despreocupadamente e lembrei da sua coluna. Ao passar por uma mulher, que estava mais devagar, ela olhou pra mim apavorada e falei "ser mulher é uma merda, né?". Coitadas, não podem nem andar a pé...
A sordidez de algumas mensagens a relativizar a condenação do jogador me chocaram, mas a questão tem também uma conotação polÃtica: é preciso demonstrar a qualquer custo que o problema da violência contra a mulher não existe. Poucas esperanças!
Eu sinto muito, Joanna. O mundo é misógino e patriarcal. Sempre descredita uma mulher, não importa o assunto ou a história. Mas estamos na luta por uma realidade diferente. Você faz parte disso, não esqueça, és uma grande mulher. Um fraterno abraço e permaneça forte e não calada; eles duvidarem não mudarão os FATOS. Seja fiel à si e à nós!
Parabéns pelo seu trabalho e pelos relatos .Penso que para nós homens nos resta revermos nosso comportamento.
Fico chocado como as pessoas sempre falam que a mulher se vitimiza quando agredida, quem tem que sentir o tamanho da agressão é quem foi agredido.
Poxa, não agradecemos educadÃssimas pelos olhares e sorrisos "gentis" expressados por desconhecidos. Que pena! Outro dia comecei a anotar as perguntas que me fazem em aplicativos de transporte. Mora aqui mesmo? Está indo pro trabalho? Vai encontrar o namorado? Fiquei pensando no seu texto. Obrigada pelas palavras, Joana!! Não pare.
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