André Roncaglia > Trinta anos de URV e o Plano Real do século 21 Voltar
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Se há algo fascinante na arte (não dá para chamar de ciência) econômica é o valor da moeda e suas várias formas. A URV foi bem sucedida porque as pessoas acreditaram nela, (acreditando que os demais acreditariam) o que viabilizou a crença no Real. Não quero desmerecer o engenho dos articuladores do plano, mas apenas ressaltar como algo objetivo como o dinheiro depende de algo tão subjetivo como a confiança.
Como disse Elena Landau, "que saudade do FHC...", mas infelizmente foi o próprio FHC que cometeu suicÃdio eleitoral ao se esforçar para que Lula fosse o seu sucessor e estamos onde estamos porque deixamos a erva daninha crescer e se tornar uma selva de urtiga.
O salário mÃnimo, que em 1994, no final do governo Itamar Franco, valia 108 dólares, caiu 23%, para 81 dólares, no final do governo FHC e aumentou em três vezes, para mais de 250 dólares, agora.
com o pretexto de sanear as finanças e aumentar o crescimento do paÃs.Com a renda per capita ocorreu a mesma coisa. No lugar de crescer em oito anos, a renda per capita da população brasileira, também segundo o Banco Mundial – (worldbank2) – caiu de 3.426 dólares, em 1994, no inÃcio do governo, para 2.810 dólares, no último ano do governo FHC, em 2002. E aumentou, também, em mais de 400%, de 2.810 dólares, para 11.208 dólares, também segundo o World Bank, depois que o PT chegou ao poder.
Santayana: Quem quebrou o PaÃs foi FHC, não Dilma. Segundo o Banco Mundial, (worldbank1) o PIB do Brasil, que era de 534 bilhões de dólares, em 1994, caiu para 504 bilhões de dólares, quando FHC deixou o governo, oito anos depois. E isso, apesar de o senhor Fernando Henrique Cardoso ter vendido mais de 100 bilhões de dólares em empresas brasileiras, muitas delas estratégicas, como a Telebras, a Vale do Rio Doce e parte da Petrobras, com financiamento do BNDES e uso de “moedas podres”, com o pret
A dÃvida bruta quando o PT chegou ao poder, em 2002, e o paÃs devia 40 bilhões de dólares ao FMI, era de 80% do PIB e quando Dilma saiu, em 2015, estava em 65% (Não toquem nas reservas internacionais. No blog de Mauro Sanatayana).
Mas, e o Lula, hein?
Sei q não é o assunto do artigo, mas o plano real foi pessimamente conduzido. A desindexação ao dólar deveria ter ocorrido anos antes. Isso custou desindustrialização generalizada, endividamento, sucateamento de aparelhos públicos, primarizacao da economia e financeirizacao de consequências ainda não inteiramente avaliadas.
Será que foi por isso que Lula e o PT criticaram desde o inÃcio e fizeram tudo para sabotar, insistindo que o Plano Real certamente seria um fracasso?
Uma pena que a equipe de notáveis da época não contou com toda a sua sabedoria e sua excelente análise de retrovisor.
A URV foi, de fato, um achado. Brilhante! A polÃtica industrial recentemente proposta pertence a outra famÃlia.
Curioso que, ao articulista, tudo parece ser mera questão de 'ousadia'. Pois bem. 'Ousadias' passadas mandam lembranças pelo recente pedido de falência da Sete Brasil. Reconhecer certos erros e não os repetir deveria ser a verdadeira ousadia de alguns intelectuais, e não ficar empregando o prefixo 'neo-' onde não há nada de novo.
A URV foi uma peça transitória no processo de corrigir a indisciplina orçamentária. Só isso. O combate a inflação se faz com juro baixo para aumentar a oferta e equilibrar os preços. O fenômeno de inflação é importante no laissez-faire. Tentar interferir na inflação de qualquer forma que não seja aumento de oferta é inépcia. Todos asiáticos sabem disto. As plutocracias do ocidente continuam enganando para ganhar com juro.
Turquia não tem nenhuma responsabilidade fiscal. Se quer entrar em saúde, sugiro pesquisar sobre efeitos das mRNA e parar de acreditar em fake news de mÃdia paga por farmacêuticas. Se bem que se prega juro alto é liberal do mercado financeiro que vende mentiras também.
Ao "combater inflação com juro baixo", a Turquia de Erdogan chegou a uma espiral inflacionária com taxas superiores a 100% ao ano. No Extremo Oriente, China, inclusive, a inflação foi combatida exatamente como no Ocidente, com equilÃbrio fiscal e, quando preciso, aperto monetário. Sua ciência econômica lembra sua defesa da cloroquina.
Lembro que em 1999 houve uma crise cambial (maxidesvalorização do Real) muito grande, e devÃamos bastante ao FMI (três vezes bateram na porta dos agiotas), dÃvida que foi paga em 2005. Na virada de cruzeiro real para URV me lembro que os preços dispararam. Muito ruim.
Mantega escreveu um longo artigo aqui na FSP explicando porque o Plano Real estava fadado ao fracasso. Mercadante foi radicalmente contra como todo seu partido. São estes mesmos que mandam atualmente.
Mas, e Lula, hein?
A dÃvida bruta quando o PT chegou ao poder, em 2002, e o paÃs devia 40 bilhões de dólares ao FMI, era de 80% do PIB e quando Dilma saiu, em 2015, estava em 65% (Não toquem nas reservas internacionais. No blog de Mauro Santayana). Ao deixar o governo, o Inominável deixou a relação ´Divida/PIB` abaixo ou acima dos 65%?
Eu sei disso. Mas ambos continuam influentes. Um foi cogitado para a Vale o outro que construir navios com dinheiro do BND ES. Haddad, por enquanto, é uma incógnita. Seu passado como economista não pode ser avaliado porque inexiste.
Nem Mantega nem Mercadante possuem cargos no governo atual. O ministro se chama Haddad.
FHC, nosso último Presidente com P maiúsculo! Com todos os seus problemas, defeitos, erros e contradições, é o único que deixou um legado duradouro de estabilização que pavimentou o caminho para as tentativas de redução das nossas desigualdades (sem essa pavimentação, nem as tentativas rudimentares e insuficientes teriam ido pra frente)... De 2003 pra cá, se alternam os populistas de esquerda e direita enquanto o paÃs fica completamente à deriva, refém dos grupelhos de interesse.
Paulo Werner, se você faltou à aula de matemática, a culpa não é minha. Se o dólar tivesse ido a 8 ou a 88 em dez/02, o número em Reais seria exatamente o mesmo, de 1,8 Tri, 4x maior. Em dólares, esse sim seria muito menor, mas que eu saiba nossa economia gira em Reais. O argumento do seu companheiro é que o PIB EM DÓLARES caiu em 8 anos, indicador que depende diretamente da cotação da moeda nos dois momentos especÃficos. Se ainda não tiver ficado claro, me avisa que eu desenho pra você.
Nossa! Vamos desvalorizar o real que a gente enriquece! Kkkkkkk
Que bela cambalhota. Se o tombo fosse ainda pior e a desvalorização do real chegasse a relação de $1 pra R$8, nosso PIB/2002 teria sido de $4 tri de dinheiros americanos , não é uma maravilha?! Kkkk Bela forma de dizer q enriquecemos ao empobrecer. Já ouviu falar em lógica matemática?
José Antônio, dá até preguiça de responder tanta bobagem mas vamos lá. Em 01/01/95, o dólar valia 0,845 Real. Se o PIB era de $534 bilhões = R$451 bilhões. Em 31/12/2002, o dólar já valia 3,50. Se o PIB era de $504 bilhões = R$1,764 Tri. Ou seja, em Reais, que é a nossa moeda, o PIB se multiplicou por 3,9 vezes durante seu mandato. Agora falar que nossa maior recessão em 100 anos, iniciada em 2014 e da qual não saÃmos completamente até hoje é obra de FHC e não de Dilma, só pode ser uma piada...
Segundo o banco mundial, quando ele assumiu o governo o PIB do Brasil era de 534 bilhões de dólares. Oito anos depois o PIB do Brasil era de 504 bilhões de dólares. Mesmo tendo ele vendido a Telebrás, Vale do Rio Doce e partes da Petrobras por mais de 100 bilhões de dólares. Não bastasse isso, ele ainda deixou 40 bilhões de dólares em dÃvida junto ao FMI para o governante seguinte pagar.
M. Santayana: Quem quebrou o PaÃs foi FHC, não Dilma. Segundo o Banco Mundial, (worldbank1) o PIB do Brasil, que ERA DE 534 bilhões de dólares, em 1994, CAiU PArA 504 bilhões de dólares, quando FHC deixou o governo, OiTO ANoS DEpOIS. E isso, apesar de o senhor Fernando Henrique Cardoso ter vendido mais de 100 bilhões de dólares em empresas brasileiras, muitas delas estratégicas, como a Telebras, a Vale do Rio Doce e parte da Petrobras, com financiamento do BNDES e uso de “moedas podres”, com o
A inflação é uma expressão de conflitos distributivos, em que salários e lucros disputam espaço na renda nacional. Tá, essa definição é genial. Melhor coisa que li hoje.
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