Em parte, há aí o princípio de satisfazer a oferta. É o caso de filmes com protagonistas femininas. Há pouco vi um sobre uma matemática francesa e seu duro caminho até o reconhecimento. Certamente muitas mulheres vão ao cinema, e pagam para se ver como heroínas vitoriosas.

O texto do Coutinho é ótimo, como sempre, mas melhor ainda é o subtexto que ele (talvez - como saber?) carregue. Nas ditaduras, esse tipo subtexto é de praxe. Dizendo as coisas diretamente, você vai em cana. Melhor ser sutil. Em algum ponto, damos a chave que nos franqueia o exato oposto do que parecia estar sendo dito. Que tempos!

Texto contudente e claro sobre o que foi ou é esquerda. Racialização das relações sociais foi patrocinada pela direita esclarecida, ela fragmenta os trabalhadores explorados e os enfraquece ao secundarizar seu pertencimento de classe. Temos trabalhos sérios que demonstram o protagonismo da Fundação Ford em financiar pesquisas com objetivo de "criar" no Brasil uma "esquerda" não marxista, criou uma nova direita, corporativa, segregacionista e irracionsoista que nutre da pós modernidade .

Brilhante! Ao lado do Demétrio Magnoli e do Ruy Castro forma o minguado time dos melhores articulistas da Folha. Time que já foi bem mais numeroso.

Interessante sua perspectiva João Pereira Coutinho. Também penso que em tese, a empatia para com todos é uma meta importante. Porém um valor tão difícil de ser mensurado e averiguado, provavelmente não tem correlação com bandeiras e alas políticas, e sim com educação, exemplos e experiências de vida. E assim, uma bandeira tão importante, carrega ideologias parciais, e seguidores que levantam a bandeira, em alguns casos, para se sentir superior moralmente, e segregar os diferentes.

Excelente!

Se no mundo ficcional "ver um ator negro defender o genocídio racial seria uma aberração ética e estética", isso parecia quase normal quando Sergio Camargo era presidente da Fundação Palmares.

O colunista deveria comentar as idéias de seu colega Helio Schwartsman, q defende a existência de clubes racistas, nos quais diz não ver nenhum mal. De quebra, poderia discutir o tema vom a direção da Folha, q abriga tais ideais, e explicar-lhes o qto isso é racista. Depois disso, talvez eu levasse a sério a sua indignação com as seções segregadas da peça,

Algumas mudanças são estruturais, mas outras são temporárias. Resta saber o que de fato é passageiro ou não. Creio que esse foco tribal é pendular, e voltará ao universal daqui a algum tempo. Também vale dizer que ao resolver (parcialmente) antigos problemas, novos problemas surgem.

Será que a Conib se informa pelo Gemini? Deve ser...

Será que a Conib usa o Gemini? Porque dizer que o Breno Altman, que é judeu, é antisemita porque é anti-sionista, é de lascar....

"Nos males que finge combater" ficaria melhor como título. Otima coluna, como de costume