Conrado Hübner Mendes > Dormiu bem, general? Voltar
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Mais um texto perfeito, onde não há nada para tirar, nada para somar, em um conteúdo mais que necessário. Há algum tempo, troquei a assinatura de O Globo pela assinatura da Folha, triste por ter perdido a Dorrit aos domingos, feliz por ter (re)encontrado o Hubner à s quartas. Dorrit no Globo é uma pérola na lavagem dos porcos, infelizmente. Quando a Folha descobrir que o Flamengo e Ipanema são lÃngua-franca e que Corintians e Itaim-bibi são dialetos, aÃ, vislumbrar-se-á a perfeição...
PS: contém ironia e bairrismo recreativo ;-).
Text primoroso. Toca em uma ferida que a maioria prefere vergonhosamente esconder. Nunca tivemos uma oportunidade melhor para resolver problemas que têm deixado nossa democracia em suspense. Trata-se de resquicios ditatoriais que nunca foram totalmente extintos, ou melhor, que permanecem latentes, como sementes de ervas daninhas que aguardam as condicoes propicias para se desenvolverem.
Que espetaculo de escrita!!!
Só faltou dar nomes aos jornalistas que fazem esse tipo de "irritabilidometro".
Se a letra de Conrado fosse uma espada todos os alvos estariam mortos, ela fere e fere de morte.
Ótimas considerações. Lembrando que militar não dá entrevista e se aproveita do off para mentir.
Como já foi observado por outros comentaristas, além dos supostos humores (sempre negativos) das tais forças armadas, outra entidade enigmática que vive sendo psicografada por jornalistas é "O Mercado", figurinha funesta sempre volúvel...
Irritometria militar e irritometria do Mercado: setores com muita "sensibilidade" egocêntrica e pouca aderência com a realidade
Pensei - e comentei - que o texto do Hübner era perfeito, nada a tirar, nada a acrescentar. Você me fez ver que eu estava enganado... Parabéns e obrigado.
Gostei. A Falha planta fofocas todos os dias sobre o Lula e em prol das forças armadas. A repetição do termo "irritação", já havia notado. A Falha é serviçal do mercado e pró militares. É só esperar, amanhã alguém vai se irritar porque faltou Viagra e Leite Moça e a Falha vai publicar. Esse jornal é de um servilismo Exemplar. Temos uma imprensa de 4o. Mundo
Texto gigante em importância e estilo, Conrado.
Parabéns por jogar luz sobre o assunto.
Maravilhoso. Tenho ranço quando o jornalismo faz ameaças aos civis com os humores de um ou alguns das forças.
Eita! Muito bom, professor. Falou a verdade! Pobre Brasil!
Parabéns pela coragem. Sua coluna semanal, tão aguardada, nos dá norte ético.
Excelente!!
Ainda mais fácil que ser irritometrista das "Forças" é ser irritometrista do "Mercado". Muitos acumulam as duas funções.
Excelente observação
Cirúrgico! Parabéns pela coragem de sempre.
È hora de a irritometria mudar do lugar de fala. Substituir a voz da caserna pelo que tem a dizer a da vida civil: há muito o que aprender com ela do que ficar dando espaço para uma minoria que só olha para o seu umbigo .
Foi preciso. É verdade que muito dessa disciplina da irritometria é função de que um militar da ativa não pode dar declarações públicas sobre polÃtica (pelo menos em tempos normais). Se valem dos contatos na imprensa para passar recados e exercer influência.
Não? Mas até puderam falar em comÃcio! Com apoio da corporacao/governo!
Excelente coluna
Todo órgão de imprensa tem suas prioridades editoriais e apresenta uma determinada interpretação polÃtica dos fatos, o que acarreta celeumas quando a cobertura recai sobre temas históricos sensÃveis. Toda imprensa séria busca um equilÃbrio entre criticar e apoiar o governo atual. É normal que haja diferentes nÃveis de cobertura e análise sobre os fatos. A ditadura militar é um tema sensÃvel e sua cobertura tem potencial para reacender traumas e polarizar ainda mais a sociedade. Tudo normal!
Esse comentário, principalmente na última frase, me lembrou dos tempos do (des) governo bozista, quando após mais um acinte ser perpetrada pelo dito cujo, o que acontecia diariamente, lá vinham os jornalistas de sempre dizerem que "as instituições estavam funcionando normalmente". Não estavam, assim como o tipo de jornalismo descrito no artigo não é normal.
Mais uma vez, obrigado, professor, seus textos aqui publicados (até quando?) e posteriormente compilados, como já o fez, iluminam a triste realidade brasileira, constituem leitura obrigatória para os brasileiros que desejam atingir a 'maior idade', no sentido Kantiano, isto é, seres capazes de pensar por si mesmo. Coragem é o que não lhe falta, professor. Obrigado.
Ah, só pra dizer que estou pensando em pegar um Cimarron ou Fila Brasileiro para cuidar da minha casa. Prefiro fêmea, mas se for macho, cogito o nome de Conrado em homenagem ao excelente texto de hoje do articulista.
O Conrado falou de, por baixo, uns 75% desse coluno-bloguismo chinfrim que campeia na dita imprensa profissional.
Tenho dito que farda e armas assim como outros tÃtulos e insÃgnias não dão moral e responsabilidade cidadã a ninguém. Golpista é golpista, seja ele nos primórdios da república, seja na era Vargas, na Ditadura de 64 e nas manifestações ostensivas atuais. Convivemos hoje como muitos filhotes e netinhos da Ditadura, gente para quem o direito é a força das armas e das artimanhas bem ou mal sucedidas. A trama do golpe recente nos quatro anos de Jair Bolsonaro e dias subsequentes provam isso.
Não é a toa que o "Medo e DelÃrio em BrasÃlia" reproduz seus textos na Ãntegra, desde que Cristina Serra deixou de escrever na Folha, poucos tem a coragem de falar a verdade sobre os "malditos milicos" e seus variados capachos ao estilo Alexandre Garcia e Igor Gielow...
Acho que tem duas questões aqui: 1)o "sentimento" dos militares em relação ao que está acontecendo é sim uma informação importante,considerando a tradição golpista das forças armadas;2)os militares podem sim usar a imprensa pra meter um medinho naqueles que os estão desagradando,mesmo que não pretendam fazer nada de fato. Sua comparação com o interesse em saber os "sentimentos" das vÃtimas da ditadura é indevida,visto que eles não são uma força polÃtica relevante e não carregam as armas da nação
Gustavo, eu não disse que as forças armadas DEVEM ser uma força polÃtica, mas eu acho que elas de fato são. Uma coisa é como tu acha que as coisas deveriam ser, outra é como elas são. Se os generais tão tramando um golpe (o que obviamente não deveriam estar fazendo), tu não acha isso uma informação relevante?
Exatamente por carregarem as armas da nação que os milicos não podem ser uma força polÃtica relevante. E o jornalismo sabujo de milico covarde que só fala em off é responsável por essa noção estapafúrdia que eles devem ser ouvidos como força polÃtica. Forças armadas são burocracia de estado, e burocracia de estado obedece e nao manda. Seus sentimentos com relação ao noticiário são irrelevantes, portanto.
Mais um excelente artigo, obrigado, Conrado!
Os jornalistas não são complacentes somente com os militares. Morrem de medo dos juÃzes que tb odeiam crÃticas. Eles criticam basicamente polÃticos pq isto é rentável, é como uma extorsão.
Numa época em que virou moda culpar a imprensa (o mordomo) por todas as mazelas da sociedade, o professor se revela cinicamente oportunista. Como em todas as profissões, existem bons e maus jornalistas. Por que não dar nomes aos bois, nesse caso? E a sabujice de alguns vale também para empresários, juristas, funcionários públicos e outras categorias. Por que o foco exclusivo nos militares? Já que escreve para um jornal, o colunista poderia se informar melhor sobre o ofÃcio de jornalista.
Ganhou o estandarte 'Tiririca de Ouro, o im*becil do ano'. Acenda um pneu pro ET!
Gostas de uma verdinha hein?
Doeu né!
Vc ganhou o troféu de comentário mais pretensioso e sem noção da semana. E olha que a concorrência é forte por aqui. Já que pretensão é farta, sugiro um pouco de água benta.
eis a revolta do milico irritado com a empáfia desses civis abusados que ousam critica-lo! rápido, alguem chame a malu gaspar pra dar esse furo em off!
Pois é, a propósito, de quantos militares nas Forças Armadas realmente o paÃs precisa? Onde há mais oficiais, cuidando das fronteiras ou no bem-bom em BrasÃlia, Rio de Janeiro e São Paulo à espera de promoções? E a PolÃcia Militar, criminosa e abastecedora das milicias, essa criação da ditadura, deve continuar? Já que estamos por aqui, e essa excrescência do terceiro senador , também da maleta da ditadura, até quando, senhores jornalistas?
No Brasil, a sociedade civil se sente constantemente ameaçada pelo militares que usam isso muito bem pra nos chantagear.
É fetiche pela farda. O que não falta é civil adorador de milico. Principalmente, mas não só, os idiotas da extrema direita.
O articulista foi extremamente injusto com a categoria dos jornalistas. Todos sabem que intervenção militar é feita por militares, que são seres humanos, e têm lá suas fobias, suas irritações e suas interpretações da realidade, próprias ou impróprias. Claro está que, submetidas a regulamentos disciplinares, essas pessoas só podem se pronunciar "off the records".
Ora bolas, "regulamentos disciplinares", hein? Elas não podem se pronunciar nem e muito menos "off the records". Escondido também é transgressão disciplinar!
Suspeito que vc seja milico - ou jornalista vestindo a carapuça? Terapeuta de milico?
Conrado, parabéns. Um termo pampeano que se aplicaria a essa classe de jornalista que muito bem você analisou, seria Mandalete. São os (e as) Mandaletes dos generais; aqueles que levam e trazem recados em troca de pequenos mimos ou simples obediência.
Mais um artigo excelente do professor Conrado! Não é à toa que os generais tem todo esse poder, admirados pelos lambe-botas e que concordam com a farra federal paga também pelo povo pobre e miserável desse paÃs.
O que irrita é termos militares covardes e corruptos traidores da pátria que só pensam em mamar nas tetas do Estado invés de fazerem seu trabalho que é defender nossas fronteiras, espaço aéreo e litoral. Depois da passagem do ex delinquente da República pela presidência isso só piorou. Batem continência pra um marginal que foi escorraçado do Exército. Numa guerra seriam os primeiros a deserdar e deixar o povo na mão. Uma vergonha.
Fico imaginando a irritação desses jornalistas ao ler esse texto. Espero que ao menos fiquem vermelhos de vergonha.
Uau. Era preciso alguém fora do jornalismo para dissecar tão brilhantemente sobre ele. Como na velha máxima sobre generais e guerras, jornalismo é algo muito sério para ficar na mão de jornalistas. (A Folha não vai ficar zangada comigo, certamente, por eu indicar a longa entrevista que o professor deu ao Estadão sobre o neo-lavajatismo, que serve a encher as burras dos escritórios de advocacia mancomunados com o STF.)
Eu admiro não apenas sua cultura e elevada inteligência, mas especialmente sua coragem. A realidade é que um Exército, na falta de uma ameaça externa real ou de uma guerra, passa a se dedicar a isto mesmo: conspiração, regalias e privilégios.
Texto entrará para os anais.
Ah, Charles, bom mêmo era se entrasse, todo o primeiro caderno da folha, *pelos* anais deçe peçoau sssaafado. Bem volumoso, sem ky, com areia. AÃ, sim!
Um dos melhores artigos que là por muitos anos na Folha de São Paulo ou em qualquer outro jornal. Seria maravilhoso se fosse um Editorial do proprio jornal, mas...
Millôr Fernandes disse que no Brasil dono de jornal é jornalista. Se referia a Roberto Marinho dono da Globo.
Este artigo lavou minha alma! Parabéns, professor. O DataFolha deveria fazer uma pesquisa pra medir a irritação da população em relação aos malfeitos das Forças Armadas. Aproveitaria também para perguntar se a população deseja que ainda existam as Forças Armadas ou se extingue a instituição, que parece só dar despesa!
despesa e golpe...
Que texto esplêndido. Já melhorou meu dia. Hoje muito jornalista vai vestir a desconfortável (e merecida) carapuça.
Hahahahah, cara Maria, muita carapuça caberá em cabeças as mais diversas. Vesti-las, eu tenho dúvida - em público, então, duvideodó mêmo! Hahahah!
Tranquilo Conrado, os leitores atentos já estão acostumados com essas manchetes plantadas para manipular opinião. Os autores é que se julgam importantes e imaginam que acreditamos em manchete.
Nossa, perfeito!
Irritadoa e patéticos
Hahahahah, que dedada no'zóio! Olha, Conrado, carÃssimo, eu não faria isso, por uma questão de cuidado populacional. É tanto milico e tanto "jornalista" a levá-la que vai dar fila em hospital (dengue será fichinha). Tão fundas, as dedadas causam lesões no lobo frontal, usualmente responsável, no homo Sapiens, pelo pensamento racional. N'alguns, vai bater no cerebelo,compadre, gerando uma epidemia de gente trôpega, sem o devido controle motor, tipo bêudos daqueles uÃsques que os milico compraram.
Marcos Benassi para colunista da Folha!!!
Temos visto o nÃvel dos militares que são trazidos à cena (Pazuelo, Heleno, Braga ...). Mais uma elite brasileira na vanguarda do atraso.
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