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Em sÃntese, gente: não podemos discordar da militância.
Gabo, vc imita o Magnoli na desonestidade intelectual e usa o termo tribunal racial, q remete ao naz is mo. Compara aqueles q querem negros na universidade com quem enviou j. e ciganos para o exter mÃnio. Não apresentou argumento, ofendeu com acusação de na zis mo e se acha racional e virtuoso. Em tempo: discordem de quem quiserem, são livres para tolerar o racismo!
O problema é essa militância cujos argumentos são principalmente emocionais e acusatórios, do tipo, "vocês, que não aprovam cotas, são malvados, não levam em conta o sofrimento alheio. Nós, defensores de cotas e tribunais raciais estamos do lado do bem absoluto, qualquer argumentação sua é apenas um disfarce para o seu desvio de caráter" Ah, tá... Argumento que é bom, não se discute de maneira racional
Não basta terem transformado a FSP em um panfleto identitário, os parasitas não aceitam nem um tipo de dissidência. Imagine só, 8 editoriais ao longo de 20 anos. Que campanha incessante
Sem contar os Magnolis da vida, q em suas colunas martelam incessantemente contra qquer ação contra o racismo.
Alguém acha que é possÃvel convencer um proletário branco que faz parte de uma elite opressora? Respondo:nunca ! Brancos e negros pobres vivem as mesmas dificuldades e sofrem objetivamente das mesmas carências, fruto da exploração de classe, a base sem a qual desigualdade resvala para critérios subjetivos, importados para dividir e enfraquecer a luta dos trabalhadores!
Outra questão, discordo frontalmente da manipulação estatÃstica, só possÃvel com a categoria de negro importada dos EUA, paÃs que institucionalizou o racismo e adotou o pricipio da " gota de sangue ", algo que não foi feito no Brasil, exceto a que foi adotada para fim polÃtico, a população negra compõe 10% da população, 47 % de mestiços não são negros, são maioria da população que é miscigenada. É preciso corrigir falsas estatÃsticas!
Como já disse, temos posições distintas, considero segregação uma polÃtica que começa na Universidade e resvala para o emprego público retirando toda racionalidade da função publica, prestar serviço à sociedade, tranformando-a em benefÃcio privado, o identitarismo originalmente patrocinado pelas fundações do capital imperialista cumpre uma função, dividir quem precisaria estar unido, não acredito no identitarismo de matriz pós moderna como alternativa!
Cota racial na universidade não é polÃtica de segregação. Por óbvio, é o oposto disso. Também não é polÃtica importada, não há tais leis nos USA (onde não há universidade pública) nem na Europa. Não há nenhum privilégio em ser inserido na sociedade sem preconceito racial. Creio o q vc chama de inserção no capitalismo é visto por muitos negros só como ter uma vida decente. Privilégio é poder se opor à s cotas, q funcionam contra o racismo, por pura ideologia polÃtica.
Caro Ricardo, já li excelentes comentários seus, com os quais concordei, no que toca a racialização das relações sociais, temos posições distintas, nunca neguei a existência de racismo no Brasil, discordo da importação de polÃticas de segregação, não acredito no combate ao racismo pelo identitarismo que busca inserção privilegiada no capitalismo, ele joga lenha na fogueira da extrema direita!
Em suma, vc nega a existência de racismo no paÃs. Deve ser coincidência q as classes D e E tem setenta e cinco por cento de negros e a grande maioria de jovens mortos pela polÃcia são, vejam só q incrÃvel coincidência, negros.
Isso mesmo! Excelente análise!
A Folha, assim como o Estadão, a Veja, o Globo e outras grandes mÃdias representam a elite e não a população. Suas ideologias estão marcadas pelo conservadorismo e pela aversão ao popular, que chamam de "populismo", repudiando ações que beneficiam ao povo. Assim, esse posicionamento em relação à s cotas, não é novidade. Infelizmente.
Se a Folha representasse a "população ", como você imagina, ela seria ainda mais conservadora, basta olhar o perfil dos polÃticos eleitos por voto popular. Depois, essa divisão entre elite x população é tosca. Existem variadas elites e muitas populações diversas no Brasil.
A cota na universidade para quem fez o ensino médio em escolas públicas já existe há mais de dez anos. Até que ponto essa medida por si só já não explica o grande aumento de pretos e pardos no ensino superior? Outro ponto: parece haver um erro nos percentuais da situação há 21 anos, pois não somam cem por cento.
Vc tem razão, há algo errado com os percentuais, mesmo para SP.
Talvez em SP. Na minha turma de engenharia na faculdade no Rio tinha um entre 50. Na pós não lembro de nenhum.
Eles estão sobre-representados no ensino superior.
Não creio haver tantos asiáticos assim no Brasil, nem mesmo em SP.
Vc não considerou asiáticos.
Você não conseguiu enfrentar o argumento adversário, Natália. A FSP é favorável às cotas. Não é favorável a cotas raciais. É diferente. Que tal lutarmos por cotas (sociais, não raciais) para o ensino fundamental? Crianças pobres e talentosas, de qualquer cor, ocupando 20% das vagas das melhores escolas do ensino fundamental? Por que ninguém fala nisso?
Tentarei pensar melhor sobre a questão. Obrigado.
Se vc quis dizer q viver em uma sociedade racista não afeta o rendimento escolar de crianças e adolescentes negros, desculpe-me, mas vc não entende nada, nem de psicologia, nem de educação.
É claro que o racismo traz uma desvantagem adicional, mas não na escola. A barreira escolar a ser vencida é o ensino de péssima qualidade oferecido a todas (!) as pessoas pobres a partir da pré-escola e do ensino fundamental. É essa a distorção a ser corrigida.
A questão é reconhecer ou não q o racismo trás uma desvantagem adicional a negros, além da pobreza em si, e querer reparar essa injustiça. O artigo de Michael França de quatro de março é esclarecedor a respeito. Há estudos mostrando q a violência quotidiana do racismo prejudica a saúde fÃsica e mental e reduz a capacidade de aprendizado das vÃtimas.
A ideia básica é que cotas sociais incorporam cotas sociais, pois a maior parte dos pobres são pardos e pretos. É esse o argumento que a Natália não enfrentou.
O tÃtulo do artigo informa q a FSP é contrária a cotas raciais, então não entendi sua crÃtica. A FSP não apoia ações contra o racismo, foi o q ela disse. O q há para discordar?
Eu tinha o mesmo pensamento já tem uns 10 anos atrás, quando entrei em diversas discussões para o entendimento da diferença. O que ocorre é que em um ambiente onde os lÃderes são normalmente homens brancos, ao serem postos para receberem um jovem preto pobre e um jovem branco pobre, a preferência tende a ser a aceitar o jovem branco e rejeitar o jovem preto e assim mantendo as posições não diversas, ao contrário, branca, em total desalinhamento com a representatividade da população.
Não há um argumento lógico sequer a embasar cotas por etnia. O fato é que um branco pobre não pode ser preterido em favor de um concorrente de qualquer outra etnia (evitemos aqui o inadequado termo "raça").
Artigo extremamente desonesto. Há heterogeneidade no desempenho de cotistas PPI e por cotas sociais (desagregue os microdados e apresente-os!). Isso ocorreu também na USP e só diminuiu devido à pandemia em que as avaliações dos alunos, também nas IFES, foi prejudicada. Ademais, há uma mirÃada de concursos em que pardos não conseguem usufruir das cotas por causa das bancas. As cotas não são para gerar novas discriminação a partir de grupos de militantes identitários.
Aproveitando: eu tbém não preciso de aprovação sua para dizer q seu comentário é desonesto. E sem dados, vc sequer tem como desmentir.
Vc sequer entende o q é este espaço. Se vc quer tratar da sua relação comercial com o jornal, escreva ao setor de assinaturas. Se há queixas sobre a qualidade jornalÃstica, escreva ao Ombudsman. Este é um espaço onde assinantes escrevem para outros assinantes. Mas vc só fez expressar sua raiva e preconceito, não quer debate. Ninguém vai te levar a sério de qquer jeito, com dados ou sem.
Aproveitando: referências sobre o tema em análise pela moderação...Não sei o porquê de demorarem.
Meus comentários no jornal não carecem de aprovação ou apreciação de demais leitores. Minha relação com a FSP é comercial: mensalidade em troca de informação de qualidade (e não de militância). Leitores com carência de atenção ou engajadinhos (sic) devem procurar auxÃlio em outra seara (psicológica?) ou lerem mais, se tiverem tempo disponÃvel (irão entender?).
e.g: Barros, F.F. Quota in Higher Education: Academic Achievement and Labor Market Analysis. 2019, dissertação de mestrado (foco, UFJF) ; Silva G. D. ; Teixeira, E. C. ; Costa, L. V. Efeito das ações afirmativas no ensino superior público brasileira (foco: Brasil), etc, etc, etc, etc, etc.
Como vc não apresenta nenhum dado, nem indica referências, tbém é justo pensar q desonesto é o seu comentário. Aliás, dizer q há heterogeneidades soa óbvio, se vc não aponta quais são as diferenças.
*discriminações
Se o jornal permite que a autora dê uma posição divergente daquela que o próprio jornal defende, qual o sentido de acusá-lo de não ser plural?
Vejam a coluna do Ombudsman hoje, q discute isso.
Sim, concordo totalmente!
O artigo não é honesto em seu julgamento da Folha. O fato de que há racismo no Brasil não significa que as cotas raciais sejam uma boa solução, diz a FS As cotas, por vezes, podem ter um efeito inverso, ampliando o racismo, uma vez que jovens com a mesma formação e nÃvel educacional serão avaliados pela sua "raça", nesses estranhos comitês raciais de universidades, discriminadores por natureza. É sobre isso que a Folha e Magnoli estão falando. É importante discordar, mas dos argumentos certos.
Ah tá
Creio q vc é quem teve uma reação emocional. Eu não me referi a vc ser insensÃvel ao racismo como pessoa, mas sobre não considerar os efeitos do racismo sobre estudantes negros na sua argumentação contra cotas, renda não define tudo. Também não disse q o editorial não cita cotas sociais, mas q não explica q já são predominantemente sociais (critério primário) e q beneficiam brancos pobres dentro da proporcionalidade demográfica.
Caro Ricardo, eu não ignoro nem sou insensÃvel a nenhum aspecto do racismo que vc citou, muito pelo contrário, vc nãome conhece. Mas acho que você precisa ter mais calma e prestar mais atenção aos argumentos em si, ao invés de desenvolver essa argumentação sobretudo emocional, de quem se pretende mais bondoso, sensÃvel ou consciente. De novo, vc não me conhece, se soubesse de minha vida não diria o que disse. Por fim, o editorial da Folha cita sim as cotas por renda, não é verdade que as ignore.
Vc desconsidera completamente q negros, independetemente da formação e da renda, sofrem mais abordagens violentas pela polìcia, são humilhados com mais frequência em locais públicos, são desqualificados preliminarmente em entrevistas de seleção, ganham menos pelo mesmo trabalho e sofrem bullying e ofensas só por serem negros. E certamente, há professores q desprezam alunos negros. Quanto tudo isso afeta a performance de crianças e adolescentes?
Se vc não apresenta dados, o q vc diz sobre a representação dos negros é só sua opinião. Eu li com muita atenção o editorial da Folha. Se vc fizer o mesmo, verá q em nenhum momento se fala q as cotas já são principalmente sociais e q brancos pobres estão representados em proporção próxima à distribuição demográfica.
Caro Ricardo, não é verdade que se trata das cotas como se brancos pobres estivessem excluÃdos, leia o artigo da Folha com mais atenção. E, inversamente ao seu argumento, negros estariam muito bem representados caso o corte fosse somente por renda, uma vez que há enorme coincidência entre negros e pobres, nesta perversa situação em que vivemos.
Leio o artigo de Michael França de quatro de março e vc verá a carga negativa adicional a q um negro pobre está submetido, em relação à um branco pobre Além disso, trata se o tema como se brancos pobres estivessem excluÃdos das cotas, o q é falso. A representação de negros e brancos nas cotas é similar à proporção demográfica.
A mesma *boa* formação, é rara, muito rara. Ela não está na escola pública, onde se encontra o preto, salvo rarÃssimas exceções. Tão rarÃssimas quanto são os pretos em boas escolas privadas. *Não há simetria alguma*, senão na porcaria educacional - contexto no qual os pretos têm ainda mais desvantagens históricas e familiares.
Oi, Benassi, não é apenas a Folha que usa o termo generalizado "raça", sabemos disso, né. Depois, discordo de você que seja raro brancos e negros terem a mesma formação. Vá a uma escola pública e verá muitos exemplos. Essa convivência é mais regra que excessao no Brasil. Por fim, nada mais equivocado e amercanófilo do que dividir uma população complexa como a do Brasil no binarismo tosco brancos x negros, mania do racismo norte-americano que estamos importando.
Ôôô, Gabo, respondo aqui em cima à sua observação ao meu comentário, ok? Só pra que chegue a você a notificação. Meu caro, a questão é, formalmente, "étnica" - quem bota "raça" na fita é a própria folha, neste último editorial, se você espiar lá. A questão essencial é que ver estudantes brancos e pretos com a mesma boa formação é exceção absoluta; o regulamentar é a boa formação ser privilégio comprado, com dinheiro que pretos não têm. Cota é ação temporária, reavaliada periodicamente.
Uma articularista, Lygia Maria, chegou a dizer até que a alternativa para quem é beneficiado por cotas - que segundo ela não deveriam existir - é o ensino técnico. É assim que a Folha de São Paulo e os intelectuais mais à direita pensam: lugar de pobre, de preto e de pardo é no ensino técnico, no máximo e não na universidade. Mas os filhos deles, os filhos das elites e eles mesmos, estão nos cursos técnicos ou nas universidades até a pós-graduação? E são todos brancos né? Nenhum de periferia!
A Folha de S. Paulo segrega, estupidifica e só dá voz àqueles que a consomem com desvario. A Folha é Demétrio Magnoli.
Hernandez, quanto a Folha paga pra você ser cão de guarda do moralismo? Eu comento, critico e mando a Folha pra onde eu quiser porque eu pago. Sem mais delongas, você é um tristonho.
E, no entanto, o artigo que o senhor comenta, critico da Folha, foi publicado neste jornal.
A folha tem um posicionamento correto. Cotas sociais são necessárias, privilégio a grupos étnicos é foco de injustiça e cizânia.
PrezadÃssima Dona Natália, não só a folha "instituição" o faz, como também articulistas ponta-de-lança, tipo Lygia Maria e Demétrio Magnoli. Se o jorná, em seus editoriais, acaba fazendo "opinião ", o papel de seus articulistas "opinativos" usa uma pretensa visão "cientÃfica", torcida como fariam bons "spin doctors" da gringolândia. Fonte cientÃfica, aliás, da Lygia Mary, que deslocou resultados de fora aqui pra nós, outro mundo. Tudo isso na maior caradura, inutilizando seus doutorados.
Gabi, em relação ao "gringolândia" que usei, o ponto é o seguinte: pesquisar sobre, digamos, aço, em um laboratório londrino, noviorquino ou paulista, não muda nádegas (a qualidade do equipamento, sim). Pesquisar os efeitos de uma polÃtica educacional , de inclusão de pretos da escola pública em universidades de elite, faz *absolutamente toda* diferença. A Lygia Mary usou uma pesquisa de Stanford, sobre a elite universitária estadunidense, pra falar da *nossa* polÃtica de cotas. Isso é burrro.
Caro Benassi, nada mais "gringolandia" do que pensar que se vai "resolver" um racismo terrÃvel e enraizado a partir de cotas raciais. O problema das cotas é que elas segregam as pessoas por "raça" ( sim, um conceito racista que não deveria ser adotado pelo Estado e não cientÃfico). Ser contra as cotas não significa despreocupar-se com o racismo ou sê-lo. Esse tipo de argumentação acusatoria só inválida o argumento de quem o faz.
Excelente análise.
Fiquei surpreso com a posição desse jornal nesse tema. O Brasil e a cidade de SP vivem uma tremenda desigualdade social, espacial e racial evidente no espaço, fruto do passado escravagista secular. Como diz os Racionais "o mundo é diferente da ponte pra cá", e continua assim no Capão. Contas sociais e raciais é uma ação emergencial num contexto longo e complexo de desigualdades brutais, enquanto a educação permanecer do jeito que está, ainda mais com esse governo do estado atual !
Este ponto "espacial", Prezado Rodrigo, é um ponto que a Ana Cristina, articulistas semanal, sempre nos traz, debaixo da égide de um "racismo territorial": à pobretalha, especialmente a preta, as franjas da cidade. Melhor dizendo, as franjas precárias, em risco, sem serviços ou estrutura pública. E leva paw de um monte de leitores.
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