Como formar cidadãos numa sociedade em que 1% da população detém toda a riqueza do país? Como falar de educação diante do sucateamento cotidiano do ensino público em todos os níveis? Não tocar na causa e ficar só nas consequências da doença não vai nos levar à cura de nossa escandalosa concentração de renda. No mais, é perder tempo com discussões que não dão conta do que temos vivido há séculos.

A tecnologia mal utilizada como está hoje, transforma pessoas em autômatos, com quase nenhum relacionamento humano. Isso está produzindo uma sociedade acrítica em relação a problemas como a miséria, a pouca cultura, ao individualismo e por aí vai.

A educação precisa formar pensamento crítico, o que a depender apenas da internet não vai acontecer. O tal de home office é uma quimera insana, que isola o indivíduo e o torna um robô integrado ao computador. Conheço algumas pessoas que manejam muito bem a internet, mas não sabem absolutamente nada de história, geografia, arte, litrratura, etc.; mal sabem ler e escrever.

O maior problema de uma sociedade digitalizada é que as pessoas se tornam dicotômicas, perdem a característica natural analógica. Maniqueísmo, polarização, superficialidade, radicalização e até violência pelos excessos de de sistematização serão as consequências como já há farta documentação. Assim, a disponibilidade do digital é importante, mas os riscos são muito grandes e as degenerescências prevalecem.

Ôôô, Senhor@s, só tenho a concordar. Mas daí a gente vê o que é que um malcheiroso Feder faz na mais importante unidade da federação, e dá um desânimo e tanto... Um secretário de segurança, matando numa região; um de (des)educação, matando suas obrigações em nível de estado - e um governador bárbaro que não tá nem aí. Fica muito, muito difícil chegar a estas práticas que vocês delineiam. Confesso que tenho uma descrença e tanto.