Joanna Moura > Como vão saber que é uma menina? Voltar
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Acho que nunca vai ter uma maneira certa de agir. Eu não tive minha orelha furada e achava bem ruim ser a única menina da escola que não tinha. Odiava brincos de pressão porque doÃa a orelha. E ter a lembrança da dor e do transtorno de recuperação ao furar a orelha já com 11 anos de idade, foi bem ruim. Preferia ter passado por isso quando bebê. Adoro calças e shorts, mas se há uma vestimenta que acho confortável, livre e que considero melhor do que qualquer outra roupa, são os vestidos!
Eu não engulo pÃlula do dilema entre a vestimenta do menino como menino e da menina como menina e a liberdade. Recebemos uma cultura em nossa famÃlia e o modo de se vestir pode mudar (mudança de renda, mudança de clima, mudança de paÃs, mudança de gênero etc). Esse negócio de neutralidade pra criancinha é modismo.
Minha mãe me deixava sempre sem brincos e com cabelos curtos e roupas confortáveis, daà a pergunta que eu mais ouvia no parquinho era se eu era menino ou menina, isso me entristecia. As mães de Stellas fazem as coisas com muito amor e a melhor das intenções, e podem não perceber, quando dão um tênis, que tudo o que a Stella queria era uma melissinha.
Minha mãe me deixava sempre sem brincos e com cabelos curtos e roupas confortáveis, daà a pergunta que eu mais ouvia no parquinho era se eu era menino ou menina, isso me entristecia. As mães de Stellas fazem as coisas as coisas com muito amor e a melhor das intenções, e podem não perceber, quando dão um tênis, que tudo o que a Stella queria era uma melissinha.
"Por que sentimos tanta necessidade de distinguir meninas e meninos ainda bebês?" Querida colunista, essa necessidade não tem absolutamente nada a ver com machismo, que mania horrÃvel de creditar tudo ao "machismo". Miericórdia, até mesmo para comprar um presente para uma criança, precisamos saber o sexo da criança, se é um menino ou uma menina. Tanta é a importância de se saber se é um menino ou uma menina, que até a própria colunista deve ter feito ultrasson para descobrir o sexo do seu bebê.
Para esta gente Tiago, dar uma boneca e não um hotwheels para uma menine deveria ser crime inafiançável e ser tema de Seminário na USP; fica ligado ai irmão.
Pobre menine
Assim como o furo na orelha, há muitas outras coisas sobre as quais é melhor deixar a criança decidir, quando tiver maturidade para tal. Por exemplo, religião.
Seguindo o raciocÃnio, valores e crenças, são sempre opressoras em relação a liberdade do sujeito, logo, qualquer valor ou crença não deve ser ensinado a criança, ela deverá livremente seguir o que seu próprio fÃgado infantil lhe disser, sem a interferência de "adultos"; e assim, crescerão livres e felizes, igual uma anta no pasto.
Anete, no meu mundo, são os órgãos genitais, depois trata-se de preferência sexual, que é outra coisa. Definição de sexo, são os órgãos genitais. Se posteriormente a pessoa quiser trocá-lo, que o faça.
Poi Zé, Joanna, à conclusão de seu artigo, eu havia chegado bem antes: a troco de quê sinalizar ao mundo o gênero? Deixe que se virem, uai.
Aqui na República Tcheca onde moro é uma imensa aberração furar orelha de crianças, quem dirá de bebês. Me parece um hábito muito brasileiro fazer esse tipo de "identificação" tão cedo.
A vida testa, é inevitável, e preparar os filhos para o teste é o derradeiro papel dos pais, mas tentar fazer esses testes por eles não irá ajudá-los. Margaret Tatcher usava brincos, assim como Sua Majestade, a saudosa Elizabeth II. Ana de Kiev e Amanirenas, também, assim como Khutulun, a imbatÃvel, que nunca perdeu um combate de igual para igual contra um homem. Está mais nos exemplos do que nos apetrechos, está mais na cultura que na ideologia.
Estamos a passos largos nos ajumentando.
kkkk eu diria que já nos ajumentamos, sem querer ofender o jumento.
Chama de "menine" ou "meninex". Espera ela adentrar a escola para definir o que será. Somos a esquerda, pô !!!
Rapazinho,quando não tiver nada de interessante pra dizer, apenas ouça, é bom pra você e pra todos nós.
Crio minha filha para ser livre, para ser ela mesma, para decidir o que quer por si só. Eu e minha esposa sempre fizemos questão de deixá-la bastante de calça e shorts para brincar a vontade, evitávamos o rosa (apesar de rosa e roxo compor 90% das roupas de menina a venda), e tudo isso para hoje a cor preferida dela ser rosa e adorar vestidos mais que qualquer outra roupa. Gosta de brincar de boneca e de comidinha. Talvez certas coisas não sejam construção social, mas algo ancestral e biológico.
Oh amigo Mauricio, peço perdão por dá pitaco na educação da sua filha, mas estimula a pimpolha a montar e desmontar casa, carro, desenhar, e etc. (lego), fazer comidinha, pode induzir inconscientemente ela achar que tem que ser escrava de marido, caso seja a escolha dela casar e não ter condições de pagar a alguém para fazer os afazeres domésticos. Muito antigamente eu só dava a meninas, brinquedos utensÃlio domestico, mudei, e quando não dou livro, dou brinquedos de encaixe, montagem e etc.
Se tiver órgãos genitais você saberá na hora. Agora, decorar a criança com penduricalhos não é necessário, mas temos muita gente, a maioria que irá botar um brinco na Stella não é nada de mais. O resto é frescura
Não são os órgãos genitais nem a biologia que definirá se um ser humano é homem ou mulher. A definição acontece em outra esfera, a mental.
Gostaria muito de entender aonde está a grande maldade em um pai ou uma mãe tratarem uma bebezinha como uma bebezinha e um bebezinho como um bebezinho.
Leia de novo. Esses pais perceberam que roupas que impedissem a filha de brincar e engatinhar à vontade eram limitações desnecessárias, condicionamentos sociais. Que levariam a outros condicionamentos culturais que igualmente limitariam suas liberdades de escolha. Querem que a filha tenha liberdade. A reação de vários homens a isso por aqui é bem estranha não é não? A sua inclusive. Pense um pouco.
Concordo com a autora. Perfurações e penduricalhos devem ser uma opção voluntária. Eu pessoalmente não vejo sentido em distinguir o sexo de um bebê, especialmente numa idade tão tenra.
Assunto delicado. A virtude está no meio. Nem há a necessidade se sinalizar conforme modelos, nem de envolver a criança na areia movediça da atual confusão de gêneros, na qual também há muitas influências com interesses discutÃveis. Sobre igualdade de direitos e oportunidades, nem deverÃamos discutir. Talvez seja a desigualdade o motor de tantas distorções e comportamentos bizarros.
Vestidos atrapalham a mobilidade, deixam a menina contida, sem movimentos. Pra que a criança tem de carregar laços e outras bobagens na cabeça, que visivelmente incomodam. Em vez disso, o melhor é incentivar a liberdade, as escolhas, o desejo, o pensamento, os jogos.
Moça, vá criar sua menina em paz.
nem menina nem menino. é bebê. isso não tem sexo, só genitália, fazedor de xixi ou outro nome. e quando estiver pronto, vai escolher por sà própria o q quiser ser, não?
Aiaiaiaiaiaiaiaiaiaia Â….
Faltou falar do inverso. Meu filho do meio tem o cabelo lindo. Deixamos o cabelo dele crescer livremente até os três anos de idade. Viviam confundindo ele com uma menina. Ele começou a perceber o quanto isso é chato. Nos libertar das madeixas foi a melhor coisa que fizemos.
A Ana Júlia, hoje com 16 anos, não quer furar a orelha. Sobe em árvores com destreza, assim como fazia quando criança. Mas já sente na pele o que é ser mulher, mesmo vivendo no privilégio de um colégio particular de prestação alta. Ser mulher, nesse mundo dominado por homens, brancos e normativos, não é uma tarefa fácil.
Não se nasce mulher, torna-se mulher. A feminilidade é conquista, uma construção. Ao ser alcançada, mesmo com todas as imposições advindas do sistema patriarcal, não deixa de ser instigante, trata-se de um mais-além.
O que eu quero para meus filhos e filhas pode não ser o que eles quererão quando puderem escolher. Não há nada demais em deixar o/a bebê livro de roupas e objetos que limitem seus movimentos, mas transformar isso em bandeira é falta de assunto.
Eu também não gostava de vestidos na minha filha quando ela era bebê. Atrapalhava até na hora de carregá-la no colo.
A fralda de pano já dá a medida do nivel de exibicionismo moral e ignorância da colunista. Um egocentrismo tosco e mal disfarçado. Não poderia terminar de outra maneira que não fosse o absurdo de que o genero será escolhido posteriormente, como uma roupa. Torço para que menina escape relativamente intacta a experiência de ser reduzida a objeto de sinalização de virtude da mãe
Peça a alguém para interpretar o texto para você.
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Expressão de linguagem, não de linhagem…corrigindo.
Tire as lentes de misógino atuante e leia de novo. A mãe quer liberdade (aposto que vc usa muito essa palavra ) de expressão de movimentos, de linhagem , de brincadeiras. E de escolhas. Essa menina tem sorte de ter essa mãe.
Nossa que profundo!! Talvez se a neném estivesse dançando até o chão e rebolando vc estaria feliz né? Porque não julga sua própria arrogância!?
Os pais muitas vezes optam por distinguir os bebês do sexo feminino do sexo masculino através de adornos e cores especÃficas devido a convenções sociais e culturais. Essas práticas estão enraizadas em normas de gênero históricas e culturais que associam determinadas cores e adornos a cada sexo. Em muitas culturas, existe um desejo ou até mesmo uma pressão para identificar imediatamente o gênero de um bebê. Fazem isso para enquadrar os bebês, como bem salientou a articulista. Parabéns!
Toda cultura enquadra. Por exemplo, basta ler um ou dois verbetes sobre esta lenga-lenga (também produzida no interior da cultura), que ao assumir estas bobagens, você já passa a ser um robozinho (programado) para reproduzi-las; sem obviamente questionar de onde elas vieram, porque faz parte do "enquadramento" achar que supostamente você pensa de maneira livre; quando na verdade, a grande ideia original, é apenas um souvenir barato, pobre, infundado, nefasto e fútil.
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