Rômulo Saraiva > Autismo e o drama de quem é classe média para ter acesso ao BPC Voltar
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O BPC, criado pela Lei Orgânica da Assistência Social em 1993, não é um benefÃcio universal - como são a saúde e a educação por determinação da Constituição de 1988 - e portanto, não é destinado à classe média. Todos os critérios restritivos para inclusão do benefÃcio existem exatamente para excluir quem não puder comprovar estar no mais alto grau de miserabilidade. De fato, a provisão material de idosos e PCD de famÃlias não miseráveis carece de uma resposta das polÃticas públicas.
É preciso ressaltar a existência de uma pressão nos consultórios de familiares sobre especialistas médicos e psicológicos para que o profissional caracterize autismo, apenas para percepção do benefÃcio, em crianças que não tem o distúrbio. Vários transtornos do desenvolvimento podem ocorrer em crianças mas passou-se a viver uma autismania superando a expectativa epidemiológica da OMS, que é de 1 a cada 160 crianças. O benefÃcio acabou trazendo uma hiperinflação de diagnósticos.
algumas crianças psicológicamente normais podem sofrer de bullying por algum problema fÃsico ou de desempenho no grupo o que acaba afetando a sua interação social, outras manifestam sintomas psicológicos de uma estrutura socio-familiar problemática, principalmente pais separados, violência doméstica e abandono, mas acabam recebendo o diagnóstico indevido de autismo. E famÃlias buscam o benefÃcio para compensar a precariedade familiar e social.
O BPC é um benefÃcio criado em 1993 pela Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS, com base no artigo da Constituição de 1988 que reconheceu a Assistência Social como direito a quem dela necessitar. No caso o BPC é especificamente destinado a idosos e pessoas com deficiência com base em parâmetros econômicos bem restritos. O BPC nunca foi estruturado para atender à classe média. É uma polÃtica social para os mais pobres entre os mais vulneráveis: Idosos e PCD miseráveis.
"o governo federal —por meio do poder legislativo"? Caramba.
Tenho um filho autista de 40 anos e só nós, eu, minha esposa e filhos sabemos da dificuldade que passamos por todo esse tempo. Para os governos federais, estaduais e municipais seria melhor se nós não existÃssemos.
Rômulo Saraiva: por gentileza, complemente este artigo com o universo de autistas que há no Brasil e quantos destes são atendidos por este programa. Penso que essas modificações legais que vão afunilando e peneirando quem de fato precisa deste benefÃcio, deva-se ao elevado números de fraudes que ocorrem nos benefÃcios do INSS.
Perfeito. Sugestão: abordar as dificuldades das famÃlias de pessoas no espectro esquizo, da esquizofrenia (transtorno esquizo afetivo, esquizofrenia e outros), e outras deficiências biopsicossociais no acesso a todo tipo de benefÃcio previdenciário
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