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Devemos fazer, organizadamente, um novo contato social. Semelhante ao que Rousseau sugeriu. CumprÃ-lo ao pé da letra. Isso independente se o eua aceitar ou não. Se nesse contrato, dissermos que não aceitamos a estrutura social, polÃtica econômica atual e queremos experimentar outa, devemos defendê-la com todas nossas forças. É o que tenho a propor.
Reconheço que as ideias de Safatle sobre a necessidade de uma abordagem mais radical por parte da esquerda polÃtica para enfrentar os desafios contemporâneos são pertinentes e instigantes. A discussão sobre a viabilidade e eficácia de suas propostas continua sendo objeto de debate entre especialistas e atores polÃticos.
A esquerda precisa abandonar a gestão de crises e adotar uma abordagem radical. Deve centrar-se na igualdade radical e na soberania popular, desafiando as estruturas do capitalismo. A solução é imaginação polÃtica e ação transformadora.
Admiro a Safatle por se entender como o ápice do pensamento de esquerda: ou eu, ou nada. Admiro a F*lh@ por lhe dar palco: reforcemos a percepção externa de que Sampa é capital pensante do Brazil-zil-zil, e sem UsP nada sobra... Admiro a mim mesmo por tirar um tempo para comentar essa matéria... Enfim...
Apenas pelas fases econômicas nesse planeta. Após décadas de bonanças coletivas pela globalização, a crescente crise econômica mundial enfraqueceu as ações da esquerda em partilhar, ao tornar toda sociedade eleitora mais egoÃsta em manutenção do seu mÃnimo para sobreviver. Com a pandemia, tais dificuldades financeiras estão lentamente esquentando as revoltas ao capitalismo, assim como ocorreram na Primavera Ãrabe, com energias renováveis causando fim do petrodólar em novas ações ideológicas.
Hipocrisia dizer que a esquerda morreu. A esquerda, verdade seja dita, está Vivinha da Silva: matou o centro e levou ao poder a extrema direita cinco anos atrás.
Paulistocentrismo na veia, nada más...
Com todo respeito, se não existe uma possibilidade de um centro democrático, resta Stalin e Trump!
Safatle descreve muito bem e de dentro, a arapuca em que a esquerda se meteu.
Um milhão de homens negros assassinados no Brasil no que levamos de século XXI. Um genocidio aceite sem escândalo, sem campanhas e sem slogans. Onde entra essa informação no debate? Alguém irá se indignar em algum momento? Black lives matter? Not really, not here, not now
Obrigado Safatle. Um presente nesta quarta-feira modorrenta. Excelente reflexão, de um nÃvel que não se encontra normalmente nestes tristes trópicos.
Vladimir faturando seus cinco minutos de fama hein? Tchau
O ponto central do texto é a crÃtica à esquerda contemporânea, que o autor vê como incapaz de oferecer alternativas transformadoras diante das crises do capitalismo global. Safatle argumenta que a esquerda perdeu sua capacidade de mobilização e agora está reativa. Suas ideias podem ser consideradas controversas, desafiando conceitos tradicionais de polÃtica e sugerindo uma mudança radical de perspectiva.
Quando foi que a esquerda produziu algo bom? Onde deu certo? Cita um paÃs em que a renda aumentou com as ideias esquerdistas. Só um, por favor.
Vá estudar a social-democracia, termine a 8a série e depois volte aqui.
Excelente texto. A melhor reflexão que surgiu na Folha nos últimos anos. Mas seria mais fácil e honesto o autor considerar e até mesmo passar logo a defender as pautas capitalistas contemporâneas, assumidas pela direita: muito mais centradas na realidade objetiva, interconectada, com fundamentos universais, que proporcionam outras formas de expressão, de produção e de protagonização, do que ficar defendendo revivificação de mortos e coisas anacrônicas tipo soberania popular acima da individual.
Caro Safatle, diagnóstico de um pensador que afronta as premissas vigentes, e que deveriam ser aprofundadas no debate de idéias. O incômodo que o seu texto provoca em quem se auto-denomina "esquerda" é sintoma da decomposição do pensamento crÃtico. .
Lamento que ele se perca enunciando crÃticas ao reformismo, ao dizer que a esquerda se coloca como gestora das crises do capitalismo. Nem as experiências de socialismo real foram radicalmente inovadoras a ponto de suscitarem uma memória positiva. O restante, é conversa mole para boi dormir. E uma provocação: para dissertar sobre corpos livres desejantes, o articulista deve dispor de trabalho doméstico remunerado para deixar suas roupas limpas e passadas. Onde estará o desejo de sua funcionária?
O modelo de igualdade radical que ele apresenta só mostra como o eleitor paulista fez bem de não colocá-lo no parlamento. É idealista, impalpável e inservÃvel inclusive como horizonte desejado. É um discurso mais performático do que propositivo. Enuncia algo que à luz de qualquer evidência não conseguiria entregar. Alguém falou em confusão mental e é o que parece mesmo. O autor faz uma análise estrutural, mas no momento de enfrentar a realidade, se refugia no lugar de conforto da idealização.
Uf! É isso mrsmo, infelizmente.
Safattle expressa preocupações sobre a direção que a esquerda tomou, argumentando que essa transformação pode ter implicações negativas para a sociedade, incluindo a ascensão da extrema direita e a falta de respostas eficazes para os desafios globais.
Dialética, Safatle, por favor! Experimente este modo de pensar que, pelo texto, parece ser estranho a você ao falar da dinâmica social e polÃtica.
Safatle parece acreditar que essa mudança na dinâmica polÃtica é prejudicial, especialmente ao destacar a falta de um "pensamento longo" e comprometimento real com um horizonte de expectativas na esquerda. Ele sugere que a incapacidade da esquerda de oferecer uma alternativa mais robusta pode levar a consequências negativas, como a ascensão da extrema direita e a falta de resposta eficaz à s crises globais.
Fui aluno do articulista no mestrado mas não irei enveredar pela crÃtica ad hominem. Acho que há um erro de partida no texto: para morrer, a esquerda precisaria ter vivido e, no Brasil, isso não ocorreu. No mundo, o que ele chama de "vida" é um conjunto de experiências que foram igualmente autoritárias e fracassadas, porque não multiplicaram nem desenvolvimento e nem bem-estar. Há elementos lúcidos no texto, mas o desfecho mostra que o autor é um nefelibata.
Esse senhor, Safatle, insiste. E agora com notÃcia, censura a livro, que não tem nada a ver: censura a livro é prática do fascio (it.), é caso de polÃtica, como a própria ed. Cia. das Letras percebeu.
Eu acho é que a esquerda assiste atônita o fim do capitalismo não porque tenha investido na revolução (pois não o fez) mas sim porque não sabe o rumo que o mundo vai tomar e não tem propostas para colocar. Já a extrema direita sabe que o fim está próximo e vai lutar até o fim para manter seus privilégios e dela não haverá nada de revolucionário. Mas ambos os lados sabem que o fim está próximo.
Não acredito que o capitalismo vai cair como fruta madura, sem um contraponto a tendência é manter e aprofundar formas cada vez mais regressivas de reprodução, a barbárie pode não ser o fim, apenas outra forma de "administrar" o caos. Também não acredito na nova versão que chamam de esquerda, são isso sim, uma nova direita, corporativa e segregacionista, incapaz de bancar um projeto emancipatória da classe trabalhadora. Precisamos do passado para forjar o futuro, para isso serve a História!
A esquerda morreu porque perdeu sua gramática e perdeu seu horizonte. Essas coisas de empreendorismo negro, perifério, feminino etc não são emancipatórios; como não é emancipatório acreditar que mudança vem por meio de polÃtica assistencial. Mas, seguindo a dialética, a morte da esquerda pode apresentar o surgimento de um novo tipo de pensamento emancipatário.
Dialética?! Obrigado! Não acredito que este termo chegou a ser usado, nesta estranha conversação de supostos pensadores de esquerda!
Parei de ler quando cheguei na parte da comparação com a Argentina e o pacote de 600 medidas do Milei. Aà não dá! Ele pegou uma terra arrasada economicamente e medidas drásticas são necessárias, por mais que não concordemos com todas. Essa esquerda revolucionária que ele cita não existe mais até pq já conquistou muitas das demandas históricas, que tanto incomodam essa direita dita revolucionária por perda de poder e espaço. É por isso que eles estão se revoltando!
Safatle aborda um tema de luto sobre a esquerda nacional, claro coberto de razão pois se trata da esquerda -liberal , e de todos os partidos brasileiros ditos de esquerda , pois baniram a revolução de seus textos programáticos , digo revolução em seu sentido amplo econômica e social em um Brasil que 85 % da pop, ganha até 2 salários mÃnimos e 50 % dos trabalhadores não possuem carteira assinada! Aonde a concentração de renda é a segunda maior do planeta! Nacionalismo revolucionário!
A questão é uma só: a esquerda limpinha, cheirosinha, riquinha tá assim ó com o capitalismo
A "esquerda" pós moderna identitária não está preocupada com as contradições e limites do capitalismo, ela busca formas privilegiadas de integração ao sistema, ela não quer sua supressão, portanto não é força revolucionária é vanguarda da conservação, reporta práticas de direita,mais retrógradas que as do Liberalismo, cópia padrões do fascismo apenas invertendo-os. É corporativa, anti universalista e segregacionista, sua oposição à extrema direita se dá no plano cultural em relação aos costumes
Outra coisa que a esquerda parece não perceber, é que não basta apenas beneficiar milhões de miseráveis com o bolsa famÃlia e deixar de criar condições para que os menos pobres também possam melhorar de vida. A correção da tabela do irpf, e não apenas a isenção de quem ganha até dois mÃnimos melhoraria muito a imagem do atual governo pois quem ganha acima disso se sente injustiçado e ressentido por não ter sido beneficiado.
Para conseguir uma sobrevida, talvez a esquerda brasileira deva voltar a se concentrar mais nos trabalhadores, salários, condições de trabalho e, colocar de lado, pelo menos por enquanto, as pautas identitárias, as quais avançaram de forma tão veloz que assustou a maioria dos eleitores, contribuindo para a eleição da figura nefasta que é Bolsonaro.
Eu me simpatizo às pautas identitárias até um certo ponto. Porém acredito que dominou excessivamente a agenda progressista. O pobre quer comida na mesa, estabilidade, segurança... Pouco interessa a ele ficar atordoado em meio a discursos e ideias rebuscadas que não se saceiam suas necessidades mais básicas. A esquerda virou coisa de gente letrada, esqueceu do povão, das ruas, do arroz com feijão.
Na minha avaliação, a maioria do eleitorado não votou na esquerda ou especificamente em Lula e sim, contra Bolsonaro. Se este não tivesse sido tão incompetente e apresentado sinais inequÃvocos de psicopatia, provavelmente teria ganho. Não sou visceralmente contra pautas identitárias, apenas acho que, mudanças que envolvem moral e costumes, levam anos para se concretizarem e não vingam simplesmente através de decretos.
Sobrevida? Confesso que tenho dissonância cognitiva quando vejo esse tipo de argumento relativo a quem ocupa o poder atualmente, depois de desbancar a direita que estava no poder, e que pode ampliar após as eleições municipais. Além disso, pautas identitárias são justas, faz parte das demandas da sociedade. Conservar privilégios é que está fora de moda há bastante tempo.
"O mundo piorou, porque nós estamos piorando, ao contrário do que acha o Hélio Pellegrino. Nós estamos piorando cada vez mais e eu considero o ser humano um caso perdido. E falo isto com a mágoa de quem queria ser um santo. Vou envelhecendo tristÃssimo com o destino humano. De vez em quando quero crer que o homem já fracassou. Desesperado, o homem arrancaria a própria carótida e a chuparia como um vampiro de si próprio". (Nelson Rodrigues)
Muito atual... Aplausos!
Extremamente lúcido e, por isso mesmo, até certo ponto assustador aos que desejam um mundo mais igualitário, esse artigo do Safatle. A esquerda perdeu a capacidade de elucidar o terreno de jogo, as armas de combate. Nisso a direita está muito a frente. Ela sabe encantar seus seguidores usando os próprios limites do capitalismo como combustÃvel pra arregimentação.
A autocrÃtica é sempre importante, porém me parece que o artigo hiperfragmentou ainda mais a esquerda, dando motivos de comemoração aos componentes da extrema-direita, embora não me pareça que tenha sido sua intenção.
Vc acha mesmo que Bolsonaro possa representar um movimento que tenha esperança de algum futuro?? É serio isso? Há vinte séculos um colega de profissão afirmou que esse torrão onde concentra toda vida até então conhecida, era um corpo imóvel no centro do universo.
O colega do Safatle, se chamava Aristóteles, fundou o mundo aristotélico, no qual muitos vivem até hoje.
Eu acho que não ele não pode representar um movimento que tenha esperança. Mas fiquei super curioso, o seu colega vivia aonde?
Impressiona, em primeiro lugar, a menção às crises do capitalismo, esquecendo que quase todas as nações do mundo atual são capitalistas, portanto, nessas nações estarão as crises. Depois, o rebuscamento do texto não resolve a falta de uma efetiva proposta de solução para o que seria a morte da esquerda. Nessas situações, lembro da frase inigualável de Descartes na 1a parte do discurso do método: Da filosofia eu nada direi, pois dela nada conheço que não seja debate. Parece ser esse o caso.
O Saflate de sempre, linguagem obscura e jargão academico pra afetar profundidade, mas que na verdade só traem a confusão mental do autor. A critica ao capitalismo é necessária e procedente na maior parte dos casos, mas aqui não há como fugir do cliche, parafraseando Churchill, é o pior sistema inventado tirando todos os outros tentados até hj. Engenharia social conduz a totalitarismo e tirania, Saflate pode sonhar quanto quiser, não há exceção
Alberto, de fato, Churchill falou da democracia, mais especificamente da democracia liberal que Saflate tanto odeia e quer derrubar, justamente por isso disse que era uma parafrase, para indicar que não era uma citação exata, mas uma referência. Abs
Creio que Churchill falou da democracia, não do capitalismo. Mas concordo com a parte da confusão mental.
O capitalismo, com todos seus defeitos e contradições intrinsecas, tem o mérito de ser um sistema relativamente organico. Não algo nascido das parnchetas de intelectuais. Ai entra o papel da crÃtica, são boas para produzir reformas incrementais, não para conduzir a maluquice autoritária que o resultado inescapavel do que defende o autor. P.S. adora democracia direta? Pede plebscito para aborto, pena de morte, prisão perpétua e maioridade penal então. Hipócrita
Qdo leio,se está ruim, temo o pior para as gerações futuras. O neoliberalismo venceu o sonho. E sempre tem um louco velho com disposição para a guerra e outro para apertar o reset.
Acho que um leitor ingênuo, mas que não reaja acreditando que conceitos obscuros reflitam a complexidade própria dos fatos, percebe mais fácil a viagem na maionese do colunista, do que um leitor muito versado na literatura da esquerda (não julgo a mim nem um nem outro). A satisfação derivada do discurso é evidente, depois de mim ninguém, a esquerda morreu, sou o último dos moicanos! A realidade não tem obrigação com conceitos... a esquerda estaria amadurecendo? Seria bom, e já não era sem tempo.
Ser de esquerda é lutar democraticamente contra a exploração do trabalho e investidir em educação e saúde pública. Esse sonho morreu. Tudo que impera é ideologia da prosperidade, fantasiado de verde amarelo ou de arco-Ãris.
Sabe, na minha juventude tinha vários conhecidos de esquerda, e eles defendiam um conceito chamado ditadura do proletariado. Não é exatamente uma defesa de luta democrática entende? O problema dessas discussões, é que tem uma definição de esquerda para cada esquerdista, e igualmente uma definição de direita para cada direitista. No fim, fica essa conversa com pouco conteúdo que nunca ajuda, e as vezes atrapalha muito.
Excelente artigo. A coluna de Safatle faz muita falta a Folha.
Faz. Pouca gente tem a capacidade de escrever tanta groselha com essa pretensão. Mas a FSP tem algumas alternativas de besteiras mal escritas par quem gosta do estilo. Djamila, por exemplo, é uma versão mais simplória. Quase tão ruim quanto, na forma e no conteúdo, mal escrito e bobagens gigantescas, mas falta o verniz de erudição que ajuda a enganar incautos. É mais fácil de desmascarar
Artigo profundo, reflexivo e complexo. Lerei outra vez.
O artigo é só mal escrito mesmo, mas tem muita gente que confunde isso com profundidade. Vc não entender não significa que é bom
Não me admire que acabe, minha surpresa é ter durado tanto.
Se você se refere à esquerda representada pelo autor, estou de acordo.
Excelente artigo. Reflexões profundas podem ser extraÃdas dele. Mas a angústia pela falta de uma saÃda viável e civilizada é quase que inevitável.
A experiência trágica de uma desgraça inevitável é tão prazerosa para quem gosta de se ver como um herói solitário! Um futuro mártir, talvez?
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