Djamila Ribeiro > A identificação racial e as cotas raciais Voltar
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Você quer dizer que a pessoa mesmo tendo pais negros, por nascer de pele mais clara que já não sofre o "racismo descarado", sofre um "racismo mais brando" não tem direito a cota? Essa escritora tem que conscientizar que pardo sofre discriminação sim!!! E concorre em concursos e vestibulares em condições desiguais tanto quanto o negro, e pelo mesmo motivo originário, ou seja, o pé na pobreza advinda da condição de escravo liberto.
A estupidez é do seguinte nÃvel: se eu tiver uma filha ou filho preta, por a mãe ser preta e eu pardo claro, a criança terá direito a cotas, argumentando reparação histórica. Mas eu, que não tive a tal reparação, dei condições de vida ruins à criança por não acessar a mesma reparação da qual eu precisava. O grau de imbecilidade disso é sem tamanho.
Sra. Djamila, estão esgotadas as edições de Racismo Estrutural do Exmo. Sr. Ministro Silvio Luiz de Almeida, Coleção Feminismos Plurais, um pecado! Um tema tão caro ao movimento antirracista, não disponÃvel para todos aqueles que desejam entender mais sobre um assunto tão caro para nossa sociedade! Por favor, interceda junto à editora para que seja lançada uma nova edição/tiragem!
Reflexo atavico do escravismo a segregação institucionalizada foi abolida fazem mais de cem anos no Brasil, diferente dos EUA que a perpetuaram no capitalismo, anomalia que os fez até bem pouco criar cotas de reparação. No Brasil capitalista a história foi diferente, a Lei de terras marginalizou negros e brancos pobres entre outros , reparação aqui significa marginalização para outros, daà o apelo subjetivo e seus reflexos que o revela pouco convincente para seduzir o conjunto da população!
Não há ciência na argumentação da missivista. Nem no campo sociológico e muito menos no campo das ciências da natureza. Há, isto sim, muita ideologia.
As cotas raciais são imprescindÃveis para o acesso aos espaços sociais enquanto uma mÃnima reparação do perÃodo de escravidão do povo negro. Sendo necessário compreendermos os nuances do colorismo tão fortemente presente em nossa sociedade radicalmente racista.
Genial! Meu pai, meus avós e todos os antepassados tiveram condições de vida terrÃveis por serem pretos, mas por eu ter nascido de pele clara, de mãe semianalfabeta filha de semianalfabetos agricultores italianos, magicamente as cotas não servem pra mim: a "estrutura" instantaneamente desaparece e eu sou branco opressor. Mas pra existir a boçta da lei de cotas, minha identificação no IBGE serve.
Não entendi por que a autora diz que, "No Brasil, ninguém se importa em um processo de seleção se um candidato negro tem pais ou avós brancos." Se fosse assim, não terÃamos casos de alunos que se definem como negros e não são classificados assim pelas instituições de ensino.
Na teoria está muito bom. Mas o artigo não mostra como fazer um processo seletivo racial prático no Brasil, que não resvale para a judicialização. Ainda acho o DNA mais simples.
Mais um belo artigo acadêmico. Enquanto usam a foto dos que NÃO fazem parte do comitê que define quem atende ou não aos critérios, como a face do erro, o nobre comitê protegido pelo anonimato não pode receber crÃtica alguma ou responder questionamentos. Quem recebe todo o desgaste é o reitor, como se fosse onisciente e portanto, negligente e culpado por todas as falhas. Será que querem melhorar o processo ou promover o cancelamento da instituição para deleite da direita obscurantista?
Esse artigo é, como diria Tio Rei, estupefaciente. Que horror, que horror.
Cada vez que a gente lê esses artigos fica evidente que o sistema de cotas raciais precisa mudar ou acabar. Para ou autores não importa se a pessoa é pobre, mulata ou mestiça e sim que tem de ser agraciada porque teoricamente sofreu racismo. Ah! PolÃtica pública com base em sentimentos. A pobreza, que verdadeiramente exclui e discutimos, não é enfrentada.
Encarceramento acima da média. Mortes violentas acima da média. Menor escolaridade. Menor remuneração. Pegue qualquer régua e veja como o racismo coloca a população negra sempre em desvantagem. Então, não é "teoricamente". Ele é real, tangÃvel e cotidiano. Releia o texto e reformule sua ideias. Ainda há tempo.
Excelente comentário, Regina.
Ser ou não ser: Na dúvida, pro-réu.
Ou seja: o artigo é a defesa do sistema atual que joga os pardos no limbo e fazem indÃgenas desaparecerem, para no final dizer protocolarmente que precisa aprimorar. Por que partir do principio de que só negros sofrem racismo? Pardo e pardo-indÃgena também sofrem racismo e se forem avaliados como segmentos distintos, as injustiças diminuiriam.
Excelente comentário, César.
O problema é que fica confortável dizer que o ministro Dino é pardo quando interessa e desdizer quando não interessa. E olha que tem ministro Juscelino que foi celebrado no governo da diversidade aqui nessa FSP, até o momento em que as acusações de corrupção começaram.. aà virou branco. Sou a favor das cotas, mas tribunal racial não dá. É erro.
É possÃvel parar de distinguir pobres pela cor da pele. É desumano e leva a conta para o andar de baixo, para a felicidade dos burgueses de plantão.
Otimo artigo. E, nada obstante os "horrores " que temos lido sobre a questao, sendo o pior deles a afirmaçao ( hipócrita) de que " nao importa a cor, somos todos seres humanos" , esse debate e absolutamente necessário. As evidências ( cientificas e nao tão cientificas assim) são no sentido de que, a vitima preferencial da violência real e simbolica é, majoritariamente, a população preta/parda/indigena. Somos todos humanos e a cor importa, sim.
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