Ainda bem que não li os ataques do Sérgio à Sílvia. Solidariedade a você, Sílvia, embora eu goste de tudo o que a Clarice escreve, e olhe que você disse que gosta do livro mais difícil dela, o mais enigmático, ao contrário das crônicas, que são simples comentários aos fatos do cotidiano. Acho interessante tudo o que se escreve sobre literatura, tanto a crítica quanto a sociologia da literatura, embora o texto seja o centro. É ele que nos revela o que não conseguimos ver sozinhos.

Conversa inútil. As emoções em casa obra deviam observar o frágil plano da existência e os valores dos seus sentimentos. O resto é bobagem e títulos novamente consagrados.

Paulo Coelho e subliteratura .

Não creio que a permanência de Paulo Coelho numa região pouco central do fenômeno literário se deva à sua imagem, mas ao que escreve. É a sua imagem que é produto de sua literatura: o autor interno de seu texto. O problema da Sociologia aplicada à literatura é que produz quase sempre algo muito externo ao texto. Já Clarice Lispector, a meu ver, é profundamente sincera e pouco forjada. Tem-se que ver que a imagem é criação coletiva, do público também

Está justificado por que eu não suportei ler o livro "Todas as crônicas", da Clarice Lispector. Ô livro chato e cansativo, de crônicas chatíssimas! Um amigo me deu de presente. Acho que ele ganhou, não suportou ler e me presenteou com ele. rsrsrsrs De Clarice, eu só gostei - e acho que foi por causa do tempo em que o li - de "A paixão segundo G. H.".