Os leitores estão de luto: perdemos temporariamente um grande analista de nossa sociedade e de nossa política. O colunista, diante de sinais complexos vindos da realidade, está abrindo mão da racionalidade e se entregando a ideias confusas.

O melodrama, hoje, tem outros nomes e várias nacionalidades: um russo, um estadunidense (como se diz pernósticamente hoje) um húngaro, um turco, um argentino e até um brasileiro. Dessa gente, libera nos Domine!

Mas é assim: pensar dói e não é fácil: ressentimentos., insatisfações, às vezes desespero puro e simples e as gentes se entregam ao primeiro populista que lhes aparece pela frente. No passado, foram um cara de bigodinho patético e um careca meridional. Ambos histriônicos, ambos melodramáticos, ambos prometendo o resgate de grandezas passadas. O resultado, todo mundo conhece. Mas as gentes são como os Bourbons: nada esquecem, mas , também, nada aprendem.

Parabéns como sempre texto inteligente, sobre a popularidade decadente do Lula, acho ele o maior responsável, por se envolver em fatos históricos como o nazifascismo que aprendeu de orelhada, sabe-se que leitura não é seu forte! Sempre lembro aqui neste espaço o carinho que Lula dedica a conhecidos tiranos, Como Maduro, Putin, Noriega e Castros! Em tempo votei nele por exclusão!

Faltou falar das políticas identitárias que só tiram votos da esquerda.

Será que o humanismo, que deveria ser um caminho de consenso tanto para a direita, quanto para a esquerda, está se desvirtuando para apenas um lado, enquanto o extremismo truculento de direita se apossa das massas, contra direitos adquiridos durante o século 20? A política como ela é e sempre foi, tornou-se fator de desagregação social? A realidade econômica e pública não são as maiores prioridades das pessoas? Se todos os políticos fossem santos, fortaleceríamos a democracia, ou uma teocracia?

Talvez seja um problema da amostragem das pesquisas, pois pobres e miseráveis não são entrevistados no Brasil, Argentina, EUA e na Rússia. O foco é classe média. Putin deverá ganhar alto nestas eleições, p confirmar q russos adoram guerra, expansionismo, anexação, populismo-put. Lula não tem cercadinho para sustentar seguidores com vociferações de santo. Portugueses adoram mentiras, fake news e falas anti-imigrantes, de André Ventura. Falta saber sobre Netanyahu, povo quer mais mortes de p?

É que o povo é menos bobo que parece. Os vai e vem da economia dependem pouco dos que estão no poder, pelo menos em países normais. Há as pandemias, as guerras, o clima, as chuvas, um monte de imponderáveis. Há exceções como na Argentina, onde o governo anterior realmente perdeu o controle da inflação, e com isso o poder.

Como passar vergonha na primeira frase. E depois culpar a opinião pública pela falta de encaixe em um sociologismo servil.

A esquerda desconectou-se do povo. Quando chega a Brasília, cidade stalinista prjetada por Niemeyer, para isolar o poder do povo, completou-se o processo de desligamento. Como vão se reconectar?

Deve ter sido um estudo da fundaçao perseu abramo. Adoremos o rei dos pedalinhos

O link da materia da folha associado ao texto nao fala nisso. Cade esses treze milhoes?

Francisco filho, pai, avô, onde esta o estudo dos treze milhoes? Nem jc conseguiu isso

E a chamada grande mídia, que deve estar ciente da gravidade do fenômeno, não trabalha para se contrapor, muito antes pelo contrário; visando talvez a aprovação dessa massa, escala mesmo entre seus articulistas e editorialistas agentes desta onda, em adesão oportunista e irresponsável.

Curto e grosso!

Entre outros, vejo três fatores que movem estes grupos. O primeiro é a ideia míope de segurança; "vivemos sob a ameaça dos assaltantes", esquerdistas e imigrantes, que "ameaçam nossos valores e empregos" são incluídos na mesma categoria. O segundo é o sentimento de pertencimento catalisado pelas redes sociais e o terceiro é a canalização do ódio acumulado e potencializado pelo grupo que é dirigido aos "inimigos que devem ser exterminados". A alma humana revela o sua face mais tenebrosa.

A democracia representativa é um perigo. Através dela palhaços que destroem seus países são eleitos. Tais como Bolsonaro, Zelensky, Trump e agora o Milei. Hitler foi eleito pelo povo alemão. A grande maioria das pessoas não se interessará jamais por politica e vota em qualquer um. Quem faz bem é a China onde os cargos políticos são ocupados através de um sistema baseado na meritocracia. As massas não tem condições de eleger seus representantes, pois não possuem conhecimento para isto.

Eu gosto da sua análise, mas acho que seus textos, para que cheguem em quem precisam chegar (inclusive na, atual e culturalmente plural, geração universitária pública) deveriam ser escritos de maneira mais didática. É importante que isto aconteça antes de outubro.

A esquerda atrasada vive no sítio do amigo e ganha triplex. Isso é que está no cardápio deles.

Eita, sêo Muniz, impreCiona a força da pedagogia não-política ultradireitista. Ao conseguir reduzir, no imaginário de certa população, a política a alguns fatores periféricos - comportamento social, aborto, "corrupção" (determinada corrupção, digamos) - traz estável mobilização afetiva em seu favor. A esses duzentos mil, os fatores de melhora pouco importam; a quem importam, os mais pobres, um grande grupo mantêm-se aferrado aos aspectos periféricos. Esta "política" isola a vida real da percepçã

Só vejo um extremismo, antes oculto, e hoje teleguiado por canais de ódio que se agarra com unhas e dentes ao que dá menos trabalho: empatias e altruísmo exigem raciocínio. É mais fácil e cômodo atacar, agredir, caluniar, difamar, principalmente se estiver armado. Para ser violento não precisa estudo, nem diploma, nem pensar, basta seguir um mito que todas a mentiras serão verdades!

A crítica do grande Muniz Sodre não se reduz apenas ao campo do adversário, ela trafega por nós. Pelo que nos cabe nesse latifúndio. É fácil apontar as idiotices alheias, assim deixamos de questionar as nossas, que é via mais acertada para uma mudança de rota.

Excelente texto. Ao efetuar um apanhado global dessa anomalia que nos assola, levou-me a uma reflexão. A desgraça é mundial. Até quando? Vamos conviver com esse sem-sentido até quando? Eles estavam por aí, por aqui, a espreita, envergonhados, silenciosos, mas, ao atolarmos na imbecilidade, abrimos caminho para retornarem, com força e com vontade.

MaCduff: "Nem mesmo nas horrendas legiões do Inferno pode haver diabo tão amaldiçoado em suas maldades a ponto de suplantar Macbeth. MalColm: "Concordo, ele é sanguinário, devasso, avaro, falso, enganador, violento, maldoso,cheira a cada pecado que se pode nomear". (MACBETH, Shakespeare)

Tudo o que ocorre, é estruturado, não é aleatório, foi com Trump, Bolsonaro e Milei, a quem interessa, o que está vinulado a estes 3?

Acho não entendemos o que acontece, porque não entendemos o poder das mídias sociais, e todo dinheiro é interesses envolvidos. Pra nós é difícil entender como acreditaram em um traste com o histórico de Bolsonaro. Com as 3 senhoras da paulista, se percebe que as pessoas desinformadas, passaram a ser mal informados pelas mídias sociais, a ponto de seguir um Mafafaia e apoiar o genocídio em Gaza.

Excelente texto,como é de esperar-se de Muniz. Diagnóstico preciso, certeiro e irrefutável. No entanto, faltam prognósticos e indicação de soluções para o grave problema diagnosticado.

O sempre brilhante Muniz fez uma radiografia do cenário politico do momento ,que trás preocupação ,até por quer ,"o fanatismo cega há razão ".

O projeto da direita eh uma ditadura white supremacista. Por isso tanta gente branca apoia a direita nos EUA, Brasil, Argentina, etc. Nao estao nem ai para esse negocio de democracia, querem mesmo eh apartheid que os coloque no topo.

Não acordaram, nem de seus sonhos mais intranquilos. A cegueira ainda é branca.

Caro prof, Muniz S.magistral seu texto sobre as opções estapafúrdias que os eleitores acham inovadoras, com a anuência da esquerda pré-histórica e desprovida de senso de sobrevivência.

A ignorância é uma entidade, não é um estado mental. E é uma entidade viva. Faltava à ignorância a ocasião de expressar-se. A conjunção astral da ignorância com os sinais de internet nos smartphones fez aflorar tudo o que ela guardava apenas para si. A ignorância percebeu que unida é forte, que é capaz de eleger seus hospedeiros e interferir na vida de todos. Quem não hospeda a ignorância não consegue compreender essa categoria a priori do entendimento que nem Kant anteviu.

Dos melhores artigos do Moniz. O ovo da serpente do fascismo se reproduz a céu aberto, espaçoso, devasso, bandalho, degenerado, cúpido e cínico. Por exemplo, o Rio de Janeiro, outrora norte da bússola cultural, libertário até a orla do libertino, permissivo, festivo, alegre, inovador. Começou a parir fascistas dos ovos chocados na areia, a tal ponto que elegeu o horror em duas eleições. Não satisfeito, ainda exporta governador em modo não tou nem aí. Quem explica? Satanás.

Esses especialistas…..

Aonde ele viu esse estudo dos treze milhoes? É pra rimar com o treze do pt?