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  1. Paloma Fonseca

    Esse tema da identidade é muito interessante, ele é libertador por um lado, na medida em que faz emergir politicamente movimentos que requerem uma visibilidade e reparações para grupos que, no passado e no presente, sofreram e sofrem perseguição, violações, discriminação. Desde que saiam do vitimismo e proponham políticas de preservação de memórias e de reparação, acho perfeito. Algo que não concordo é defender criminosos, como eu vejo em algumas mentes (não vou pactuar com isso).

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    1. Paloma Fonseca

      O mundo da literatura, por outro lado, é muito mais livre, criativo e cheio de nuanças, pelo qual se pode ir para um outro mundo, com algum grau de verossimilhança com o nosso. Talvez tenha até mais verdades sendo ditas na ficção (na representação) do que na realidade, que costuma ser mais dura, não muito aberta a sutilezas, tem-se que nela suprir necessidades, e alguém que escreve ficção geralmente não precisa se preocupar com o reino da necessidade.

  2. Paloma Fonseca

    O mais divertido é que o escritor se faz passar por um assassino fugido do sistema prisional, e a editora com a qual fala ao telefone acha isso o máximo. É perceptível como alguns aplicam o progressismo até ao mundo criminal/penal, como se pessoas condenadas tivessem uma "verdade" que não conseguimos ver, ou gente que fala desse universo como se ele não lhe afetasse, fosse alguma coisa muito distante, que observam de cima, geralmente de forma romanceada, com cores de vitimismo.

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    1. Paloma Fonseca

      A última que li foi a gritaria em torno da chamada "saidinha", como se fosse uma pauta dos conservadores e blábláblá, como se o sistema não permitisse saídas para estudar e trabalhar, de acordo com o regime de progressão, pelo qual o condenado tem de provar à sociedade que ele pode retornar para o convívio social. Colunistas se achando "progressistas" nesse tema. A maioria dos condenados é feita de gente barra pesadíssima (ladrões, estelionatários, estupradores, sequestradores, assassinos).

  3. CARLYLE VILARINHO

    A Juliana de Albuquerque nos surpreende muito positivamente a cada coluna aqui na Folha pubicada. Providencial a recuperação daquilo que o Philip Roth já denunciava. Parabéns

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  4. CELSO ACACIOO GALAXE DE ALMEIDA

    Ao dar as costas às pautas universalistas, sobram as trilhas da fragmentação, a pergunta é: a quem interessa a multiplicação de corporações "culturais" para além das próprias corporações? Não se responde essa pergunta nos limites estreitos da pós modernidade !

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  5. LUIZ FERREIRA

    Isso ocorre aqui também, basta vermos o que a midia considera relevante, pessoas negras, nordestinas, pobres, só tem suas obras relevantes quando fala para um público específico um drama para um nicho. Vc não literatura ou outro tipo de expressão cultural ganhar visibilidade....sem antes falarem ele é pobre e fala do seu meio, revelando verdades!!! como se não pudessem falar de mais nada.

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  6. MARIA STELA C MORATO

    Vc poderia comentar evitando contar a história da adaptação do livro em filme.

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  7. Constantin Fischer

    De fato, a cultura americana e' altamente compartimentalizada. Negros só podem falar que assuntos negros. Latinos só podem falar de assuntos Latinos, etc. Somente os homens brancos tem autonomia para tratarem do que quiserem. As únicas exceções são a musica e o esporte...

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  8. Matheus Lourenço

    Excelente, Juliana!

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