Tati Bernardi > Metáfora da forja é lembrete diário de que carregamos em nós nosso sentido oposto Voltar
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Parabéns, Tati!! Um de seus melhores textos aqui na folha. Mostra seu amadurecimento e sua capacidade em refletir sobre suas incongruências, comuns a todos nós.
Mais fácil aprender japonês em braile.
Uma boa herança genética é fundamental. Se o aço já veio ruim da fundição, cheio de inclusões de óxido por exemplo, a peça final não sairá boa por melhor que seja o forjador. Mas é verdade que de um aço bom é possÃvel forjar uma peça defeituosa.
Segundo a Psicologia AnalÃtica, que tem em Carl Jung seu principal formulador, os indivÃduos muitas vezes se moldam ou forjam em busca de um ideal. Tal processo inevitavelmente envolve o reconhecimento e a integração de aspectos antagônicos de si mesmos. Jung introduziu o conceito de Sombra como sendo a parte do inconsciente que o Ego não reconhece em si mesmo. Essa parte contém traços de personalidade, desejos e experiências que são rejeitados ou negligenciados por uma variedade de razões.
Nossa entendi tudo
Excelente texto. O mais brilhante que eu li desta escritora. Autoreferencial, embora permeado de profunda filosofÃa e questionadora psicologia, não carente de crÃtica social. Se nota muita forja intelectual genuina sem forja de pretensa hipócrita pose.
Que magnÃfico, Tati! Isso aà - nem 8, nem 80 ou tanto 8 quanto 80
Te digo simplesmente. O teu pensar continuo tem consequencias. O cérebro não aceita a ociosidade, as vezes digo que estou sonhando acordado. Moro nos meus sonhos Não irradio esses sonhos. São meus!
Aqui, mais uma vez, eu vejo a Tati-mulher se libertar da adolescente. O pior é que a danada é tão boa que, até quando ela escreve sobre aquelas invencionices de juventude, a gente gosta.
Baixou o Sérgio na Tati.
A nobreza pretendida, infelizmente, não surge da tentativa de negação da origem plebeia, mesmo que polida com flanelas do arrivismo e novo-riquismo. Ela já nasce no coração do nobre, que lutará muito para mantê-la viva durante sua existência. Noblesse oblige.
Profundo, mas não sei se entendi. Nada contra, até gosto do estilo auto depreciativo. Mas, no final, o que fica na memória é uma profusão de eus: eu isso, eu aquilo, eu sou diferente dos amigos, eu, eu, eu e mais eu. Nesse aspecto egocêntrico, talvez narcisista mesmo, não é muito diferente dos textos "moderninhos" que lotam a Internet e agora estão na Folha que, afinal, também quer lucrar com influencers...
Tati, sei não: acho que o pobrema é malhar o ferro frio. Esquentando direitinho, a gente se forja mais melhormente. O frio, só depois, na hora da têmpera; ou, com a sapiência só Bezerra da Silva, "vou apertar, mas não vou acender agora. Se segura malandro, pra fazer a cabeça tem hora." O mundo fica demandando, e as pessoas *não* têm de atendê-lo. Acende depois.
Tati, ótimo texto. Fez-me lembrar de Heidegger e Romano com o conceito de Dasein e ipséité: o modo de viver que cria a identidade; o comprometimento com si mesmo, reforçado cada dia.
Você falou "o comprometimento com si mesmo,". "o comprometimento *consigo* mesmo," não ficaria melhor?
O teu forjar enlouqueceu!
Texto brilhante!
Concordo
Pensei em várias coisa, Tati. Nossos labirintos que nós mesmos criamos, a matrix da vida que ajuda a nos acomodar. Mas sempre vem a máxima do José Saramago: "O homem antes de ser global precisa ser local", sempre achei que ele falava para uma forma externa de se relacionar com o mundo, mas depois aprendi que ele falava do nosso mundo interno, de cada lugarzinho dentro da gente, de cada espaço vazio. Seus amigos forjados ganharam uma capa social para serem meros espectadores da vida! Já você....
Pensei em várias coisas, Tati! Já ia forjar o português! kk
Pensei em várias coisas, Tati! Já ia forjar o português!! Kkk
A solidão de um quarto com uns poucos livros, forjando falas inteligentes para impressionar pessoas que ainda nem se conhece... Me faz lembrar da minha adolescência no litoral, antes de chegar à São Paulo.
forjados no DNA, comemos, bebemos, vamos ao banheiro.
Gostei do parágrafo da decepção criativa e ausência de ponto de chegada que sempre leva ao além. Quem nunca fica de cara com o mundo, quem se conforma com bandeira de chegada? Continuar é existir. Parabéns à autora!
coincidência ou não, lembrei do reflão de uma das músicas do raul seixas: "pluti plati zum".
Gostaria de saber sua opinião sobre o estupro dos jogadores. Por que os homens sentem prazer dessa forma? E há mulheres que gostam.
Nenhum jogador foi estuprado; mulheres é que foram/são. E há mulheres que gostam???
nelson santos teve um juiz de direito que deu voz de prisão para um porteiro de edifÃcio porque ele não o tratou como doutor.
É um prazer de humilhar massacrar. No comentário que não foi publicado eu comparei o estuprador aos escravagistas, aos que humilham porteiro e caixa de mercado.
Remeteu-me ao dinamarquês Kierkegaard. Tati é versátil e muito mais muito boa naquilo que faz. Das melhores do paÃs. Aguardo o próximo texto.
Muito bom, hein! Nietzsche na veia, me lembrou o conto dos cordeiros que se identificam em rebanho e em oposição à ave de rapina, que se afirma a partir de sua própria natureza, solitária e zombeteira.
Dá pra bezerrear assim o cordeiro e a rapina.
Hehehe. Malandro é malandro, mané é mané.
Gentes, ceis são muito finos, Nietzsche, Kierkegaard etc. Só me ocorreu o Bezerra da Silva! Hahahahah!
Ô Filipe, tem uma palestra da Maria Cristina Franco no café filosófico, chamada Negação e afirmação em Nietzsche. Rapaz, ela faz delÃcias sobre a Genealogia da Moral.
Chiara... que achado é essa contraposição entre cordeiro e ave de rapina!!!
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