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O identitarismo não é de esquerda, a base identitária é pós moderna, irracionalista, corporativista e segregacionista, não é guiada por pauta universalista, é tributária da contra revolução, não tem como foco a luta contra a exploração de classe, apenas agrega revolta de quem busca inserção privilegiada no capitalismo !
É isso, caro Humberto! A esquerda não pode ser complacente com delÃrio identitário, não existe fim da História e é tarefa a ser assumida resgatar a luta maior, que nunca deixou de ser prioritária, a da superação da exploração do trabalho e do capitalismo!
Muito bem, Celso.
Agora estão incensando quem constrói um aparato intelectual que desagua em crÃticas aos que se uniram pra defender suas identidades antes invisibilizadas e selenciadas por terem causas próprias ao reivindicarem identidades diferentes do que o colonizador consegue compreender. Não passarão. As lutas identitárias são consistentes e ja têm lugar definido no debate universal. A referência ao Iluminismo já demonstra a compreensão eurocêntrica que merece ser questionada.
Agora estão incensando quem constrói um aparato intelectual que desagua em crÃticas aos que se uniram pra defender suas identidades antes invisibilizadas e silenciadas por terem causas próprias ao reivindicarem identidades diferentes do que o colonizador consegue compreender. Não passarão. As lutas identitárias são consistentes e ja têm lugar definido no debate universal. A referência ao Iluminismo já demonstra a compreensão eurocêntrica que merece ser questionada.
A esquerda desde sempre tem um caráter universalista e defesa dos direitos fundamentais do homem ( ser humano). Claro que aqui se incluem as minorias . O problema é que enquanto o capitalismo sequestra através de sua ideologia os sentimentos das classes desfavorecidas a esquerda parece mais focada no identitarismo. O capitalismo já não oprime os indivÃduos, ele faz com que eles oprimam a si mesmo e então o discurso da esquerda torna-se vazio pois soa como acusação aos indivÃduos.
Acabei de confirmar: Francisco Bosco é um craque como seu pai, o genial e inigualável João! Perdão por evocar esse "marcador acidental" mas, neste caso, "filho de peixe é peixinho...". Nossa esquerda está carente de inteligência crÃtica como a dele. Salve os Bosco!
Muito boa reflexão! Parabéns ao autor! Como ilustração, recomendo o mais improvável filme a receber uma estatueta no último Oscar: Ficção Americana (disponÃvel no Netflix).
Essa reflexão pode ser associada ao caso de jogadores de futebol acusados de estupro. Daniel Alves e Robinho foram declarados culpados por causa do devido processo Legal. Já Neymar, se ele mesmo não tivesse provas que o inocentassem, seria condenado pelo devido processo Moral (ou seja, uma visão sócio-histórica defini a priori vÃtimas e agressores, perpetrando iniquidades em casos concretos). É pavoroso. Asqueroso. Sou julgado não pelas minhas escolhas morais, mas por categorias sociais.
Corrigindo: condenado pela ausência do "devido processo Moral".
Excelente artigo, Bosco!
Normatividade enviesada disfarçada de resenha literária. As premissas dos diversos movimentos pautados na identidade demandam de injustiças sociais e lacunas do poder público, portanto praticamente irrefutáveis. Agora, dizer como esses movimentos devem se manifestar ou se comportar citando um pretenso humanismo europeu indica um viés preconceituoso de quem tem medo das rebeliões que fogem dos manuais.
Vou comprar o livro e mandar para o ombuddman
Há tantas lacunas nessas análises que nem dá pra começar a pontuar aqui... Lamentável simplificação travestida de "progressismo não polarizado"!
Em todos os grupos há pensamentos extremos.
A esquerda defende a igualdade. Os woke defendem que mulheres, LGBT+ e pretos sejam tratados com igualdade. Exageram um pouco nas reações, buscam pelo em ovo, acham misoginia, racismo e homofobia onde não tem - mas onde tem, também acham! Essa é a parte confortavelmente esquecida pela direita, que defende a liberdade e os direitos humanos, mas só seguindo a sua própria interpretação de o que seria isso.
No oposto do expectro está a direita conservadora, que diz lutar pela liberdade, mas só se preocupa com algumas liberdades, como a liberdade econômica, a liberdade de portar armas (para se proteger de que? De pretos pobres, basicamente), a liberdade de expressão (com discurso de ódio embutido), liberdade de religião (contanto que seja o judaÃsmo ou o cristianismo), liberdade de ser quem você é (menos se for LGBT+, pois fere a liberdade religiosa dos que fingem que vc não existe).
Saudades dos textos do Bosco. Indispensáveis. Cantou essa bola lá atrás, quando era mais difÃcil.
Um texto árido, rico de perspectivas. Me identifico com valores de base da esquerda mas nâo me sinto obrigada -nem atraÃda- a seguir a pauta nós contra os outros. O movimento identitário é maniqueÃsta, e reduz as pessoas à estigmas, vitimiza certos grupos e além da postura e julgamento moralista, nâo previne injustiça. Um exemplo é a percepção de 77% da população cre que a lei de aborto deve ser igual ou completamente proibido. O lugar de fala deve ser de mulheres e homens, direita e esquerda.
Para combater injustiças correlata à lei antiaborto o assunto deve ser discutido além do lugar de fala. PolÃticas de gênero e etnias também, deve-se perseguir mais equidade, porém para entender essa visão conservadora há de se observar diversas perspectivas e reduzir as disparidades, com educação, leis e fiscalização. Rotular grupos em vitima X opressor, elite intelectual X limitados não ajuda a esquerda a receber simpatia, gera fragmentação, e se distancia de equidade e justiça para todos.
Identitarismo é o falso moralismo autoritário, censor, reacionário, idiotizante. A verdadeira Esquerda luta por distribuição de renda, o resto é sandice. Imagine o Marx tendo que analisar cotas raciais e pronome neutro! Muita besteira que a mÃdia tem divulgado sem o menor pudor.
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