Poder > Veto de Lula à memória de 1964 mantém tutela militar sobre a República, diz historiadora Voltar
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Os militares de cargos superiores foram doutrinados pela extrema direita, desde o seu ingresso nas forças armadas. O momento atual é de entendimento com eles para preservar as instituições e o regime democrático. Tudo correndo bem até agora, pareceria um desafio se o Lula convocasse para a lembrança de uma data que eles se orgulham, por acreditar que agiram em defesa da liberdade que a elite econômica sempre lhes exigiu. .
Abaixo o(a)s camisas amarelas de mil novecentos e sessenta e quatro, dois mil e dezesseis, dois mil e dezoito e dois mil e vinte e três.
Fico num ponto especÃfico da entrevista: o veto de Lula à condenação do golpe de LXIV. Lula é um democrata e liderou as instituições e a sociedade para evitar um golpe que, se vencedor, faria do Brasil um pária no concerto das nações. Mas Lula não é dono da história, que possui dinâmica própria. LXIV foi, sim, responsável pelo surgimento, entre nós, de boçais, assassinos e torturadores no entorno do poder. Os militares devem saber que não podem golpear as instituições.
Lula deve ser responsável por você ter nascido!
O presidente está certo ao deixar pra lá a revisão histórica oficial (que já está feita) e a professora está certa ao identificar como tarefas da sociedade a definição do lugar das Forças, o significado do 142 e o ensino nas academias militares (que falta sim fazer). Não precisamos justificar B por A. As tarefas em B se deduzem do regime democrático, as de A se completam justamente com a historiografia e por obra (que se desdobra no longo prazo) da cultura, que dispensa decreto.
Diante da elaboração dos direitos trabalhistas e da fundação da Petrobras, Getulio se depara com as trapaças das forças armadas, para não ser preso, suicidou. Diante da promessa de uma reforma de base, vem o golpe de 64, Jango é deposto. Com a descoberta do pré sal, a instalação da Comissão da Verdade, e uma revisão em uma Petrobras comandada pelo pessoal de Cunha, Dilma foi afastada. Quem perde? A população.
Democracia sob a tutela das forças armadas. Democracia sempre ameaçada. Democracia entendida como um presente, um favor, uma concessão ofertada pelos militares. Preservou-se o medo, o receio de contrariar, de ofender os fardados. Que paÃs é esse?
Diga isso para a parcela de eleitores que não votaram no Lula mas sim em favor da democracia. Diga isso TB para aqueles que foram ou tiveram entes queridos como vÃtimas daquele periodo
Com o maior respeito a essa historiadora. Mas com uma De mo cracia sempre tênue é preciso cuidado com a cade la do fas cismo sempre no cio e na caser na.
Não é cuidado, é medo de um enfrentamento. É falta de coragem. Vão empurrando com a barriga. Crie cuervos y te sacarán lós ojos. V
A autora mostra viés ideológico ao subestimar a degradação institucional operada por Jango e Brizola. Omite o pano de fundo da Guerra Fria que dominava a polÃtica internacional da época. E que mesmo na ditadura centenas de militantes foram a Cuba para operar uma guerrilha urbana e rural no paÃs destinada a implantar o caos e depois um regime repudiado pela sociedade. Ainda falta no Brasil uma análise isenta daquele periodo que não seja contaminado pelo viés ideológico socialista.
Os militares e os EUA sempre conseguem dar golpes. A senha é sempre a mesma, basta dizer que um tal de comunismo está preste a desembarcar no Brasil, que os civis correm pra debaixo da cama e entregam o poder, o paÃs para as forças armadas.
A extrema direita está se fortalecendo, se faz presente no mundo inteiro. Por que será? Não será pela falta de respostas dos projetos neoliberais, da falência do sistema capitalista? Vem aà a ideia de destruir tudo, como aconteceu aqui com Bolsonaro, agora na Argentina, em Portugal etc
... não são as instituições que garantem a democracia, são as pessoas ( Starling). Grata pela sua luz na história, Professora. Nossos jovens têm que saber da verdade documentada em papel e letrinhas pretas, paradinhas nas páginas, mortes e tortura não-deletáveis de seus smarts. Não tão tão facilmente.
A obra de Heloisa Starling é imensa e admirável, e como historiadora está coberta de razão. Mas tem um detalhe: governar nem sempre é fazer o "certo". Muitas vezes o governante só pode fazer o "possÃvel". Isso vale pra Lula, Joe Biden ou Macron. E não se trata de defender erros de Lula. É apenas a realpolitik mesmo.
Governar é tentar fazer o impossÃvel!
Enquanto esses engraxadores de coturnos continuar interferindo na polÃtica vai ser isso
E ex-companheiro vai continuar batendo continência.
Interessante a cronologia. Eu morava em BrasÃlia na época, e lembro que na noite do dia 1/4 uma rádio local noticiava que o presidente estava no controle. Meus pais, sintonizando uma emissora do Rio por ondas curtas, ouviam que a revolução tinha triunfado. Pelo jeito, só no dia 2 o quadro se definiu com a posse do Mazilli.
Acredito que há motivo para comemorar a intervenção militar. Os militares evitaram um golpe que seria muito mais dolorido para o povo trabalhador. Se esse povo tivesse assumido o comando do paÃs em 64 hoje o Brasil estaria pior do que Cuba. basta sair as ruas para ver o estrago que eles fizeram ao paÃs e ao povo trabalhador. Os militares garantiam a lei e a ordem do povo trabalhador. Basta andar pelas ruas de São Paulo para ver desprezo com aquele povo trabalhador é tratado.
O estrago em Cuba é produzido pelos embargos econômicos impostos pelos EUA. Antes Cuba não passava de um quintal dos norte americanos. Ou eles aceitam ser comandados por eles ou aguentem as consequências, se optarem por ser um paÃs soberano.
Esse tipo de ladainha só reforça o qto Lula errou. Reforça a necessidade de mantermos viva a memória sobre o que de fato ocorreu naquele perÃodo, para suplamtar essas mehntiras criadas justamente por quem deu o golpe para praticar inúmeros chrimes
Você até hoje acredita que o comunismo ameaçava o paÃs? Eram reformas econômicas e sociais pelas quais até hoje se luta.O resto é conversa de quem lambe botas de mili tares e gol pistas dos EU A.
As análises escritas até agora sobre aquele perÃodo tem sempre um viés ideológico de esquerda. Os autores são sempre filhotes da escola de Frankfurt ou idólatras de Gramsci e assim procuram sempre demonizar a direita e colocar os agentes da esquerda como heróis ou vÃtimas. Tanto a ditadura como os guerrilheiros da esquerda foram execráveis e ainda falta no paÃs uma análise isenta daquele perÃodo.
... queda do salário mÃnimo, escândalos (Coroa-Brastel, caso Baumgarten, caso Lutfala, epidemia de meningite em SP abafada, Rio-Centro, operação Condor...), censura, governadores biônicos, as m0rtes, desaparecimentos e a guerrilha do Araguaia, no qual o exército não fazia prisioneiros. Tudo de pior. Uma das páginas mais tristes da nossa história.
Você está equivocado. Não há nenhuma evidência histórica que provasse que o paÃs derivaria para algo radical de esquerda. Foi um golpe orquestrado por uma elite reacionária com medo das reformas de base (bastante comportadas, por sinal) e dos militares irritados pela quebra da hierarquia. Esse golpe desestruturou o aprendizado polÃtico (só voltamos a votar 20 anos depois), afundou o ensino público, levou a uma quase hiperinflação, aumentou a desigualdade (arrocho salarial, queda salário mÃnimo
Censuraram dois comentários, por fazer referência a Isra (autocensura).
Censura! Para a Folha Israel é calão.
Sugere uma tutela? Não existe isso, ou bem há uma tutrla ou bem não há. Mas a historiadora sabe que não! Se houvesse tutela não haveria a expectativa quase certa de prisão de alguns generais. Eu fico assustado com a demonstração de completa falta de senso de proporção que acomete muitos intelectuais. 64 iniciou anos de chumbo há 60 anos, o ensaio bolsonarita foi a menos de 2. Ou os que dizem que quem condena Israel disconhece a história, quando o genocÃdio está acontecendo agora.
Paz e amor com régimes ditatoriais, com os torturadores. Segue o clássico pragamatismo modo" acima do muro",que no final não leva a muita coisa.
Não faz qualquer sentido falar em paz e amor Com regimes ditatoriais que já não existem. Claro que para quem quer posar de certinho, essa é uma diferença insignificante.
Ao negociar com as forças armadas, Lula as coloca em pé de igualdade com o poder executivo, legislativo e judiciário. Há aà uma evidente diferença, os militares se impõe pela força das armas. Em um momento oportuno podem escancarar poder delas. O restará aos civis é apenas abaixar a cabeça, acatar as ordens da força maior de paÃs e bater em retirada, como ocorreu em 64. Taà a necessidade de revisitar o nosso passado.
Alberto, leia a Constituição
Verdade. O que os militares fazem é usar a força das armas. É praticamente um sequestro. Não estão muito diferentes de um criminoso comum.
Como é que é? As forças armadas são parte do poder executivo, sim. Estão previstas na Constituição. Lula, deseje ou não, não pode encerra-las por decreto. Precisa dividir o espaço de poder...
Impressiona a analogia da situação à época do golpe, como descrita pela entrevistada, e a de hoje; e ela fala de uma campanha feroz da imprensa contra o governo Goulart: não é algo análogo o que se ensaia agora, com os editoriais quase diários de crÃtica invariável ao governo que este e outros jornais têm publicado?
Se não acertarmos as contas com o nosso passado, ele sempre retornará. Os golpes estão aÃ, a deposição de Dilma, a prisão de Lula, a força exercida pela operação Lava Jato, que dominou o paÃs, impulsionada pela mÃdia conservadora, e chegou ao ponto de mudar o rumo de nossa história. Pariu Bolsonaro e esses parlamentares da extrema direita que, pela falta de projetos, apenas fazem barulho procurando defender as pautas de costumes, que rendem votos junto à população.
Excelente, professora HeloÃsa! Lula erra ao não permitir efemérides nesses 60 anos do Golpe de 1964. Os militares se acham donos da República e vêem os civis como cidadãos de segunda ordem na nossa democracia. Uma tutela autoritária, violenta e antidemocrática. Lula será lembrado por sua covardia, tida como "conciliação".
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