Poder > Veto de Lula à memória de 1964 mantém tutela militar sobre a República, diz historiadora Voltar

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  1. fauzi salmem

    Os militares de cargos superiores foram doutrinados pela extrema direita, desde o seu ingresso nas forças armadas. O momento atual é de entendimento com eles para preservar as instituições e o regime democrático. Tudo correndo bem até agora, pareceria um desafio se o Lula convocasse para a lembrança de uma data que eles se orgulham, por acreditar que agiram em defesa da liberdade que a elite econômica sempre lhes exigiu. .

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  2. José Antônio

    Abaixo o(a)s camisas amarelas de mil novecentos e sessenta e quatro, dois mil e dezesseis, dois mil e dezoito e dois mil e vinte e três.

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  3. João Ramos de Souza

    Fico num ponto específico da entrevista: o veto de Lula à condenação do golpe de LXIV. Lula é um democrata e liderou as instituições e a sociedade para evitar um golpe que, se vencedor, faria do Brasil um pária no concerto das nações. Mas Lula não é dono da história, que possui dinâmica própria. LXIV foi, sim, responsável pelo surgimento, entre nós, de boçais, assassinos e torturadores no entorno do poder. Os militares devem saber que não podem golpear as instituições.

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    1. Anete Araujo Guedes

      Lula deve ser responsável por você ter nascido!

  4. JAQUES BRAND

    O presidente está certo ao deixar pra lá a revisão histórica oficial (que já está feita) e a professora está certa ao identificar como tarefas da sociedade a definição do lugar das Forças, o significado do 142 e o ensino nas academias militares (que falta sim fazer). Não precisamos justificar B por A. As tarefas em B se deduzem do regime democrático, as de A se completam justamente com a historiografia e por obra (que se desdobra no longo prazo) da cultura, que dispensa decreto.

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  5. JAQUES BRAND

    O presidente está certo ao deixar pra lá a revisão histórica oficial (que já está feita) e a professora está certa ao identificar como tarefas da sociedade a definição do lugar das Forças, o significado do 142 e o ensino nas academias militares (que falta sim fazer). Não precisamos justificar B por A. As tarefas em B se deduzem do regime democrático, as de A se completam justamente com a historiografia e por obra (que se desdobra no longo prazo) da cultura, que dispensa decreto.

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    1. Anete Araujo Guedes

      Diante da elaboração dos direitos trabalhistas e da fundação da Petrobras, Getulio se depara com as trapaças das forças armadas, para não ser preso, suicidou. Diante da promessa de uma reforma de base, vem o golpe de 64, Jango é deposto. Com a descoberta do pré sal, a instalação da Comissão da Verdade, e uma revisão em uma Petrobras comandada pelo pessoal de Cunha, Dilma foi afastada. Quem perde? A população.

    2. Anete Araujo Guedes

      Democracia sob a tutela das forças armadas. Democracia sempre ameaçada. Democracia entendida como um presente, um favor, uma concessão ofertada pelos militares. Preservou-se o medo, o receio de contrariar, de ofender os fardados. Que país é esse?

    3. Daniel Liaz

      Diga isso para a parcela de eleitores que não votaram no Lula mas sim em favor da democracia. Diga isso TB para aqueles que foram ou tiveram entes queridos como vítimas daquele periodo

  6. josé SOARES

    Com o maior respeito a essa historiadora. Mas com uma De mo cracia sempre tênue é preciso cuidado com a cade la do fas cismo sempre no cio e na caser na.

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    1. Anete Araujo Guedes

      Não é cuidado, é medo de um enfrentamento. É falta de coragem. Vão empurrando com a barriga. Crie cuervos y te sacarán lós ojos. V

  7. josé SOARES

    Com o maior respeito a essa historiadora. Mas com uma De mo cracia sempre tênue é preciso cuidado com a cade la do fas cismo sempre no cio e na caser na.

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  8. Samuel Gueiros Jr

    A autora mostra viés ideológico ao subestimar a degradação institucional operada por Jango e Brizola. Omite o pano de fundo da Guerra Fria que dominava a política internacional da época. E que mesmo na ditadura centenas de militantes foram a Cuba para operar uma guerrilha urbana e rural no país destinada a implantar o caos e depois um regime repudiado pela sociedade. Ainda falta no Brasil uma análise isenta daquele periodo que não seja contaminado pelo viés ideológico socialista.

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    1. Anete Araujo Guedes

      Os militares e os EUA sempre conseguem dar golpes. A senha é sempre a mesma, basta dizer que um tal de comunismo está preste a desembarcar no Brasil, que os civis correm pra debaixo da cama e entregam o poder, o país para as forças armadas.

    2. Anete Araujo Guedes

      A extrema direita está se fortalecendo, se faz presente no mundo inteiro. Por que será? Não será pela falta de respostas dos projetos neoliberais, da falência do sistema capitalista? Vem aí a ideia de destruir tudo, como aconteceu aqui com Bolsonaro, agora na Argentina, em Portugal etc

  9. maria camila machado almeida

    ... não são as instituições que garantem a democracia, são as pessoas ( Starling). Grata pela sua luz na história, Professora. Nossos jovens têm que saber da verdade documentada em papel e letrinhas pretas, paradinhas nas páginas, mortes e tortura não-deletáveis de seus smarts. Não tão tão facilmente.

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  10. Marcelo Fernandes

    A obra de Heloisa Starling é imensa e admirável, e como historiadora está coberta de razão. Mas tem um detalhe: governar nem sempre é fazer o "certo". Muitas vezes o governante só pode fazer o "possível". Isso vale pra Lula, Joe Biden ou Macron. E não se trata de defender erros de Lula. É apenas a realpolitik mesmo.

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    1. Anete Araujo Guedes

      Governar é tentar fazer o impossível!

  11. RICARDO MUNHOS DE CAMPOS

    Enquanto esses engraxadores de coturnos continuar interferindo na política vai ser isso

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    1. RICARDO MUNHOS DE CAMPOS

      E ex-companheiro vai continuar batendo continência.

  12. José Cardoso

    Interessante a cronologia. Eu morava em Brasília na época, e lembro que na noite do dia 1/4 uma rádio local noticiava que o presidente estava no controle. Meus pais, sintonizando uma emissora do Rio por ondas curtas, ouviam que a revolução tinha triunfado. Pelo jeito, só no dia 2 o quadro se definiu com a posse do Mazilli.

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  13. João Leite Leite

    Acredito que há motivo para comemorar a intervenção militar. Os militares evitaram um golpe que seria muito mais dolorido para o povo trabalhador. Se esse povo tivesse assumido o comando do país em 64 hoje o Brasil estaria pior do que Cuba. basta sair as ruas para ver o estrago que eles fizeram ao país e ao povo trabalhador. Os militares garantiam a lei e a ordem do povo trabalhador. Basta andar pelas ruas de São Paulo para ver desprezo com aquele povo trabalhador é tratado.

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    1. Anete Araujo Guedes

      O estrago em Cuba é produzido pelos embargos econômicos impostos pelos EUA. Antes Cuba não passava de um quintal dos norte americanos. Ou eles aceitam ser comandados por eles ou aguentem as consequências, se optarem por ser um país soberano.

    2. Daniel Liaz

      Esse tipo de ladainha só reforça o qto Lula errou. Reforça a necessidade de mantermos viva a memória sobre o que de fato ocorreu naquele período, para suplamtar essas mehntiras criadas justamente por quem deu o golpe para praticar inúmeros chrimes

    3. josé SOARES

      Você até hoje acredita que o comunismo ameaçava o país? Eram reformas econômicas e sociais pelas quais até hoje se luta.O resto é conversa de quem lambe botas de mili tares e gol pistas dos EU A.

    4. Samuel Gueiros Jr

      As análises escritas até agora sobre aquele período tem sempre um viés ideológico de esquerda. Os autores são sempre filhotes da escola de Frankfurt ou idólatras de Gramsci e assim procuram sempre demonizar a direita e colocar os agentes da esquerda como heróis ou vítimas. Tanto a ditadura como os guerrilheiros da esquerda foram execráveis e ainda falta no país uma análise isenta daquele período.

    5. Marcelo Augusto Pires

      ... queda do salário mínimo, escândalos (Coroa-Brastel, caso Baumgarten, caso Lutfala, epidemia de meningite em SP abafada, Rio-Centro, operação Condor...), censura, governadores biônicos, as m0rtes, desaparecimentos e a guerrilha do Araguaia, no qual o exército não fazia prisioneiros. Tudo de pior. Uma das páginas mais tristes da nossa história.

    6. Marcelo Augusto Pires

      Você está equivocado. Não há nenhuma evidência histórica que provasse que o país derivaria para algo radical de esquerda. Foi um golpe orquestrado por uma elite reacionária com medo das reformas de base (bastante comportadas, por sinal) e dos militares irritados pela quebra da hierarquia. Esse golpe desestruturou o aprendizado político (só voltamos a votar 20 anos depois), afundou o ensino público, levou a uma quase hiperinflação, aumentou a desigualdade (arrocho salarial, queda salário mínimo

  14. Alberto Melis Bianconi

    Censuraram dois comentários, por fazer referência a Isra (autocensura).

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  15. Alberto Melis Bianconi

    Censura! Para a Folha Israel é calão.

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  16. Alberto Melis Bianconi

    Sugere uma tutela? Não existe isso, ou bem há uma tutrla ou bem não há. Mas a historiadora sabe que não! Se houvesse tutela não haveria a expectativa quase certa de prisão de alguns generais. Eu fico assustado com a demonstração de completa falta de senso de proporção que acomete muitos intelectuais. 64 iniciou anos de chumbo há 60 anos, o ensaio bolsonarita foi a menos de 2. Ou os que dizem que quem condena Israel disconhece a história, quando o genocídio está acontecendo agora.

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  17. Pierre Laville

    Paz e amor com régimes ditatoriais, com os torturadores. Segue o clássico pragamatismo modo" acima do muro",que no final não leva a muita coisa.

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    1. Alberto Melis Bianconi

      Não faz qualquer sentido falar em paz e amor Com regimes ditatoriais que já não existem. Claro que para quem quer posar de certinho, essa é uma diferença insignificante.

  18. Anete Araujo Guedes

    Ao negociar com as forças armadas, Lula as coloca em pé de igualdade com o poder executivo, legislativo e judiciário. Há aí uma evidente diferença, os militares se impõe pela força das armas. Em um momento oportuno podem escancarar poder delas. O restará aos civis é apenas abaixar a cabeça, acatar as ordens da força maior de país e bater em retirada, como ocorreu em 64. Taí a necessidade de revisitar o nosso passado.

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    1. Anete Araujo Guedes

      Alberto, leia a Constituição

    2. Marcelo Augusto Pires

      Verdade. O que os militares fazem é usar a força das armas. É praticamente um sequestro. Não estão muito diferentes de um criminoso comum.

    3. Alberto Melis Bianconi

      Como é que é? As forças armadas são parte do poder executivo, sim. Estão previstas na Constituição. Lula, deseje ou não, não pode encerra-las por decreto. Precisa dividir o espaço de poder...

  19. José Bernardo

    Impressiona a analogia da situação à época do golpe, como descrita pela entrevistada, e a de hoje; e ela fala de uma campanha feroz da imprensa contra o governo Goulart: não é algo análogo o que se ensaia agora, com os editoriais quase diários de crítica invariável ao governo que este e outros jornais têm publicado?

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    1. Anete Araujo Guedes

      Se não acertarmos as contas com o nosso passado, ele sempre retornará. Os golpes estão aí, a deposição de Dilma, a prisão de Lula, a força exercida pela operação Lava Jato, que dominou o país, impulsionada pela mídia conservadora, e chegou ao ponto de mudar o rumo de nossa história. Pariu Bolsonaro e esses parlamentares da extrema direita que, pela falta de projetos, apenas fazem barulho procurando defender as pautas de costumes, que rendem votos junto à população.

  20. Leandro Junqueira

    Excelente, professora Heloísa! Lula erra ao não permitir efemérides nesses 60 anos do Golpe de 1964. Os militares se acham donos da República e vêem os civis como cidadãos de segunda ordem na nossa democracia. Uma tutela autoritária, violenta e antidemocrática. Lula será lembrado por sua covardia, tida como "conciliação".

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