Muniz Sodre > Algo de podre perceptível de forma aguda no Rio de Janeiro Voltar
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(...) a cidade/ Que tem braços abertos num cartão postal/ Com os punhos fechados da vida real/ Lhe nega oportunidades/ Mostra a face dura do mal/ Alagados, Trenchtown, Favela da Maré/ A esperança não vem do mar/ Nem das antenas de TV/ A arte de viver da fé/ Só não se sabe fé em quê (Alagados, 1986 - Paralamas do Sucesso).
É explÃcito a tênue fronteira entre o lÃcito e o ilÃcito nesta cidade chamada de maravilhosa em uns pontos , mas feia e muito feia por sinal em muitos e muitos outros .
Do local ao Global, do lÃcito ao ilÃcito, da confusão entre público e privado, o vetor inverso da administração pública age a seu bel prazer nos escândalos de patrimonialismo em muitos, muitos mesmo.
E depois de tanto lero lero tudo continua como antes!
Há muitos eleitores que não escondem sua satisfação com toda essa imundÃcie.
A palavra "algo" sugere alguma coisa, uma pequena parte, o que não é o caso da polÃtica fluminense: ali há muito de podre.
Na capital do estado do RJ, o assassinato polÃtico é novidade, mas no interior o problema é endêmico há décadas. Em Magé, um polÃtico local é morto a cada 2 anos em média. É seguida de perto por Guarujá em SP com um assassinato polÃtico a cada 3 anos, também há décadas.
Eita, sêo Muniz, o sujeito teria feito melhor se importasse o japonês, que também limpa o fiofó: com o traseiro do Estado empastelado, o aroma deu muita bandeira. Esperemos que agora, na base de raspagem com formão, a coisa melhore; depois, já que o Bozo não explodiu Guandu, haja água pra manter a higiene.
Um texto irretocável, contundente. Muniz Sodré está entre os que manejam, com maestria, as palavras, ideias e escrita.
Não se deve dar por finalizada as apurações do caso Marielle, ao se chegar nos mandantes. O buraco é mais em cima. Há que se puxar os fios, para que mais ratos saiam da toca. A politica perversa do Rio se expandiu, de lá foram exportados e eleitos, um presidente, vários governadores, deputados, senadores e prefeitos. Uma podridão que, entre outras atrocidades, culminou na destruição da sede dos três poderes, na derradeira tentativa de barrar um governo legitimado pelo voto popular.
Como ao preciso diagnóstico de mestre Muniz Sodré deve seguir-se a busca da cura, no que diz com o Rio, me atrevo a lembrar que o tesouro inestimável desta cidade povoada majoritariamente por trabalhadores é poder contar com um povo velho; sim, um povo antigo e sábio, gente que produz uma cultura densa e de imensa capacidade de invenção. É desse pessoal que há de surgir uma saÃda honrosa e honrada para as tribulações do Rio de Janeiro.
Certo, mestre Muniz, a coisa anda tão podre no Rio que, enquanto no caso Marielle, a linha do tempo mostra seis longos anos de investigação, o caso dos médicos na Barra foi resolvido em apenas dez horas após a chacina. É o 'tribunal do crime' agindo mais célere que a justiça legalista!
O articulista tem toda a razão ao mencionar a estranha eleição do governador, porém, não gastou um parágrafo tentando explicar por que um estado que era majoritariamente eleitor de esquerda, hoje reúne tantos polÃticos de extrema direita. A desesperança, depois de quatro mandatos elegendo presidentes de esquerda, tomou conta da população. Insistir em um discurso negando o fracasso da governanta e a culpa pelo petrolão não ajudam em nada.
é preciso mais espaço pra um estudo detalhado.
O RJ supera no Brasil aquilo que há de pior dentro da marginalidade, conluio entre estado / bandidos e simbiose cultural para sobreviver da malandragem, do compadrio e da hipocrisia social.
Acrescentaria Santa Catarina, o estado dos marginais travestidos de gente pura, aliás, a eugenia é muito, mas muito podre.
O RJ supera n9 Brasil aquilo que há de pior dentro da marginalidade, conluio entre estado / bandidos e simbiose cultural para sobreviver da malandragem, do compadrio e da hipocrisia social.
A cultura do crime e dos requintes de crueldades se expandem a estados promovendo a institucionalização do terror com anuência do Estado que detém o monopólio da violência fÃsica e simbólica. Enquanto isso, vozes com forças ancestrais ou não, denunciam as polÃticas de morte e de perversidade, denunciam as polÃticas de abandono, muito tÃpicas do Estado mÃnimo em estado de putrefação constante. Constante.
Caro Prof.Muniz seu texto é perfeito,exala realismo e futurologia, com essa omissão do poder público nas três esferas em relação à uma polÃtica de (in)segurança pública, o que ocorre no Rio se alastrara por td o Brasil é uma questao de tempo.
Excelente, preciso, parabéns por desnudar de forma erudita a situação lastimável que nos encontramos. O RJ talvez seja o centro da podridão, mas o fedor se espalha por todo o Brasil.
Pessoas que atuam como o médico que envenena o doente, é o que predomina no âmbito do egoÃsmo polÃtico. O que alguns agentes polÃtico exibem não é diferente da face profunda de parcela da sociedade dominada pelo ódio; compõem, gatilho e cão, a mesma arma.
Quem manda na polÃtica do Rio de Janeiro são a milÃcia e o tráfico
... e também as lideranças Evangélicas que operam ponzi schemes ( todas as lideranças evangélicas)! O crivella caiu mas seus parceiros pilares-colunas de sustentação do compadrio dos Anhangueras! O obejetivo é abastecer de ouro suas caixas e de escravos suas gaiolas, e a qualquer preço!...anular evidências de seus crimes através de tribunais de contas, departamentis inteiros de polÃcia, tribunais diversos, milÃcias diversas!
Algo de podre é perceptÃvel de forma aguda não só no Rio de Janeiro, mas nacionalmente.
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