Opinião > A ciência da ciência e da inovação Voltar
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Não se vai a lugar algum sem ciência. Sim, precisamos de polÃticas e investimentos públicos. Só que também precisamos de uma constante tomada de pulso da academia. Ela está cumprindo seu papel? Tem compromisso com a veracidade, com o método? Por que nossos scholars seguem publicando achismos? São raras as vezes em que se discute um estudo e menos ainda a qulidade destes. Isto sem nem entrar na seara das "novas epistemes".
A fÃsica teórica viveu seu apogeu há uns cem anos, com a teoria geral da relatividade e a mecânica quântica. Além disso, as aplicações do eletromagnetismo eram tão impactantes que o Lenin chegou a definir o socialismo como soviets + eletricidade. Hoje temos cada vez mais consciência de nossa ignorância. Não sabemos explicar por exemplo porque a gravidade não funciona nas galáxias, e exige a hipótese ad hoc da matéria escura.
Precisa-se mais e melhor ciência. Para isso é preciso tbém q a comunidade cientÃfica exija rigor e qualidade na sua produção. Há muita "opinião" q se passa por ciência e se publica em revistas de prestÃgio. Psicanálise (se ensina na USP!), homeopatia (aprovada pelo CFM), QI como medida de inteligencia genética, mulheres são muito empáticas para serem cientistas e lÃ, mães causam autismo, mão invisÃvel etc. Nada disso é ciência, mas fez a carreira de muitos acadêmicos e faz muito mal à sociedade.
Vale lembrar tbém q cientistas foram heróis e vilões na pandemia. Heróis os q defenderam vacinas, testagem preventiva e intensiva, lockdowns e máscaras. Vilões os q defenderam cloroquina e vermÃfugos, se opuseram à s medidas preventivas e incentivaram a imunidade de rebanho. Um famoso prof. de medicina da USP e ex-secretário de Saúde, não só se tratou com cloroquina, mas disse q testagem intensiva era desperdÃcio de dinheiro público. Vendeu suas opiniões como ciência.
Eita Senhor@s, está aà uma excelente sugestão pra folha: que mantenha este assunto na linha de fogo, como um tema transversal. Tem dois jornalistas cientÃficos de fôlego, e não seria mau que fossem tratados como "consultores internos", botando seus conhecimentos a serviço dos demais, enfatizando a dimensão cientÃfica envolvida nos múltiplos temas tratados. Aliás, *meio ambiente*, no qual a folha parece interessada em se esmerar, é perfeita para isso.
Poi Zé, Marcelo, mas há cientista com espinha ereta e boas entranhas, e que faz pesquisa bem feita e útil. Metadinha que seja? Não sei a proporção. Mas que quem seja irreverente - no sentido de rebelde - que se mexa, e seja estimulado por uma visão ampla de ciência como ferramenta a ser generalizada.
Muito bom Marcos, mas o tal do CTI citado pelos autores são também os responsáveis justamente pela destruição do meio ambiente e pelo descontrole climático. A ciência foi capturada pelo capitalismo, se distanciou da população e hoje se presta à produtividade. É graças a ela que a vida foi financeirizada, pois a dicotomização digital permitiu a modelagem algorÃtmica individual, promovendo a previsibilidade das reações. Assim, o controle manipula como quer, destrói o ambiente e promove o consumo.
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