Mirian, assim como o poeta, vc é um presente!! Amo sua escrita, continue!

Graças a Manuel Bandeira descobri o valor e a beleza das poesias na minha adolescência. Bandeira também transgredia ao ousar neologimos. Na obra Meus poemas preferidos, Bandeira encontramos o poema Neologismo. ------------------------------------------------------------- Beijo pouco, falo menos ainda. Mas invento palavras Que traduzem a ternura mais funda E mais cotidiana. Inventei, por exemplo, o verbo teadorar. Intransitivo: Teadoro, Teodora.

Lindo Mirian, você também é poeta - "O leitor de poesia é um poeta sem saber" (acho que é do querido M. Quintana).

Comecei a escrever em pequenos cadernos desde o início da pandemia. É a hora de entrar no meu mundo interior diariamente. Obrigada por este excelente texto. Em tempo: não passei dos 90 mas já sou uma idosa.

Amada Myriam : há um espaço , uma zona intermediária entre o mundo interno e o mundo externo , espaço potencial , assim o denominou Winnicott . Ai se realizam o brincar , os jogos , os chistes e a origem de todas atividades criativo culturais . Muito obrigado por trazer o prazer de viver lúdica-mente . De novo , um trocadilho

Mirian, se Clarice permitir diria que sua obra é Água-viva. Sorrir e ir. Mergulhar e respirar. Oxigênio para uma vida mais vívida. Oficina das memórias felizes e não-felizes.

Texto gostoso - é mais fácil ser criança : a memória não falha e podemos sonhar acordados . Agora eu era herói

Meu DEUS, eu amo ler seus textos. Não leio todos porque sou distraído, não reparo direito quais dias você escreve. Ou esqueço de buscar. E esse texto de hoje, para mim, que aprendi a ler aos quatro anos (mas foi só isso. Apenas aprendi a ler.), é importante, principalmente agora, que também me dedico à escrita.

Gostar de Manoel de Barros me faz ainda mais leitor dos seus ótimos textos.

Fiquem atentos!! Nas águas da Internet vocês vão encontrar os piratas do ódio e da negatividade que além de disseminar o discurso divisor, também querem matar a "criança" que cada um traz dentro de si, este potencial que cada pessoa tem de jogar, brincar e se divertir de modo sadio e espontâneo.

"Quando eu era menino, os mais velhos perguntavam: o que você quer ser quando crescer? Hoje não perguntam mais. Se perguntassem, eu diria que quero ser menino." (Fernando Sabino)

Miriam, a palavra tem força. Exercito-me com a escrita e muitas vezes, me surpreendo com palavras simples mas poucas vezes usadas e com a força que elas tem para descrever, caracterizar e informar com clareza. Uma palavra mal usada pode levar a mil interpretações e quase todas erradas.

Que texto bacana! Obrigado!

Texto lindo

É impressionante como a literatura tem o poder de por vezes nos privar da realidade dura e cruel do cotidiano.

Por vezes, Clarice Lispector nos advertiu que as palavras são propícias a jogos e brincadeiras: "Cada coisa é uma palavra. E quando não se a tem, inventa-se-a".

"Nada temos a temer, exceto as palavras". (Rubem Fonseca, 'O caso Morel')

"....Luto corpo a corpo, luto todo o tempo, sem maior proveito, que o da caça ao vento/Lutar com palavras, parece sem fruto; não têm carne nem sangue, entretanto luto...." (Drummond, "O Lutador")

Excelente Dona Mirian! Manoel de Barros é o Guimarães Rosa da Poesia; e Guimarães Rosa, apesar de "Magma", é o Manoel de Barros da prosa. Dois gênios das palavras, muito além dos neologismos.

Ah, delícia de artigo, de pessoa linda que escreveu, dos amigos inventores de palavras, do Manoel de Barros. Uma tarde linda me foi entregue por essa articulista e as magias de suas palavras e narrativa. Obrigado, muito obrigado!

Os poemas de Manoel de Barros nos fazem mergulhar na alma da poesia, porque seu traquejo para versos dá uma visão curva às coisas. Quanto ao artigo, Lúcio tem razão: é o melhor que já li na Folha. Mirian pinça o esplendor de cada poema. Ante seus artigos, não se resiste: capitula-se. À semelhança de Manoel de Barros, Miriam é, sem dúvida, “capaz de inventar 'a arte de amar –e de chorar— com as palavras'”.

Curiosidade: existe um adolescente interior? Um adulto interior?

Equivoca-se quem acha que o texto propõe uma forma de infantilização, pois muitos jogos/brincadeiras infantis foram criados por adultos na Idade Média nas festas e reuniões de familiares e aristocratas. Felizmente, pessoas de todas as idades ainda mantém o sagrado exercício da sua ludicidade semanal através de diferentes tipos de entretenimento (futebol, peteca, jogo de botão, bingo, carteado, Palavras Cruzadas, Cripto, Tangram, Xadrez etc.) que trabalhem também a imaginação e a fantasia.

Manoel de Barros escrevia muitas coisas que já sabíamos,mas de um jeito lindíssimo.

Talvez, esse seja o melhor texto já publicado na folha. Mirian, te aplaudo de pé!! Bravo!!!

Com todo respeito ao poeta Manoel d Barros, ainda não sei se invejo, admiro ou fico triste ver velhos infantilizados. Foi-se o tempo em q ser idoso era considerado Sabedoria. Depois d desgoverno anterior d camisetas amarelas, d pandemia e das duas guerras atuais conduzidas por velhos, só me resta desconfiar d velhos, tanto os beligerantes como os q optaram pelo infantilismo e alieanção do mundo cruel q vivemos. Lamento.

Que maravilha de texto!

Miriam, sinto. Lembro de brigas e gritos, e de algumas surras, em meio a tantos irmãos. Lembro de pular corda e jogar queimada com as bolas de meia que minha mãe fazia. Agora, 'bora reler Manoel de Barros.

Gosto de brincar com definições. Amor romântico tem que ter três elementos: intimidade, paixão e compromisso. Amor companheiro: intimidade, compromisso sem atração física. Enrabichamento: só tem paixão, sem intimidade e compromisso. Afeição ou amizade: intimidade, sem paixão ou compromisso. Amor vazio: sem intimidade, sem paixão,, sem compromisso. Brincando com as definições consigo ver nosso obscuro conceito do que seja o amor, este conceito elusivo que parece ter mais do que três elementos.

Obrigado miriam, pela leveza

Mais um texto balsamo para os dias de hoje. Semana começou com diag graves de pac queridos.

Minha criança interior se diverte com uma ampla gama de atividades, muitas das quais refletem os prazeres e interesses simples da infância. Mas o meu grande brinquedo sempre foi e sempre será a leitura. Todo livro é uma viagem que nos teletransporta para outros mundos, épocas e lugares. Um grande fingimento! O fingir é a essência da arte brincar. Na infância, fingimos que somos astronautas, bombeiros e cowboys. Na vida adulta, fingimos ser responsáveis, mas de verdade, somos ainda aquela criança

Que bom!... Sinais de Vida, Beleza e Esperança no Planeta Folha.

Manoel de Barros, meu amigo, meu padrinho poético, o que me batizou poeta. Muita saudade!!!

Belo artigo. Bebendo desta fonte vou ver se também consigo.

Adorei seu artigo! Lindo demais!!

Meu pai contava aos netos que tinha um cachorro do rabo pra frente. Diante do espanto deles ele explicava que do rabo pra trás, o cachorro acaba. Essa brincadeira com palavras divertia aquela meninada, incluindo esse velhote aqui.

" O livros das ignorãças": O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos. A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para cor, mas para som. Então se a criança muda a função de um verbo, ele delira. E pois. Em poesia que é voz de poeta, que é a voz de fazer nascimentos – O verbo tem que pegar delírio. Mudar a função de palavras, que há muito são usadas para atacar, deturpar e mentir. É preciso resgatar a beleza das palavras e, conse.

Que coisa...

Recomendo a leitura dos livros do Ruben Alves. Ai voce vai brincar com as palavras debaixo de árvores ou cuidando de jardins e terá as flores como prceiras de poesia

Lindo.

Texto alegrecido.

Muito bom. Parabéns!

Seu textos sempre ótimos Mirian, minha namorada, meu coração é fã de Manuel de Barros e já me falou desse documentário, vou assistir com ela.

Que lindo! Um texto deslumbrantemente belo.

Temos Mario Quintana, Manoel de Barros... e agora a Mirian Goldemberg para nos ajudar a ser crianças -- sempre felizes.