O editorial não é justo com o esforço continuado de centenas, se não milhares, de pessoas envolvidas diretamente no aprimoramento contínuo das metodologias de "sondagem". A penúltima frase, que insinua corporativismo nas entrelinhas, chega a ser um desaforo, ou falta de conhecimento. Resgatou uma reportagem de seis anos atrás para citar supostos problemas. Compara uma mensuração sistemática com o RUF que tem em boa parte metodologia tipo 'top of mind'.

Concordo plenamente com a avaliação da Folha. Mas parece não haver vontade nem das Universidades, nem dos políticos e nem da população em lidar com esse assunto.

Todo sistema de avaliação pode ser aperfeiçoado. Nada funciona jamais em condições ideais. Por isso mesmo, esse editorial não diz mais que o óbvio, emite opinião tácita, vale tão somente como lembrete dos resultados e compilação de diferentes rankings. A bem dizer, não é um editorial, na acepção própria da palavra. Pior é perder a chance de tocar num ponto fundamental para a questão: o crescimento das privadas se deu sobretudo no ensino à distância, e a piora na qualidade se relaciona a isso.

E a greve anunciada pelos institutos e universidades federais, quando virará notícia?

Não obstante o país ser a 9a economia do mundo, causa estranheza não possuírmos uma única universidade entre as 100 melhores no ranking mundial.