Tenho o maior respeito e admiração pelo pessoal do avião. Certa época, dois mil e nove, estava indo à Turquia, Turkish arlines,classe executiva,deitada, olhos fechados. Fui de classe executiva porque dois meses antes quebrara meu tornozelo esquerdo. A aeromoça pegou um cobertor e me cobriu. Gratidão a ela.Recordei minha mãe que fazia isso no passado remoto. E num voo à Paris, a aeromoça , da Air France,falou,brincando comigo, que meu francês era a vergonha da Aliança. Deus abençoe a Todos.

Durante muitos anos trabalhei em hospitality com as tripulações da Condor, American Airlines e TAP, entre outras. Perdi a conta de quantas vezes ouvi as assistentes de bordo da TAP se referirem às mulheres de nosso país como "porcas brasileiras". Tenho repulsa dessa companhia desde então.

No começo da Gol, as comissárias usavam um uniforme estranho, que era para ser moderno e diferente, meio que sensual, com uma manga comprida que era vazada e mostrava parte do braço e antebraço. Uma jogada de marketing. Misógina, claro, pois com os comissários essa objetificação não rolava. Pois em um vôo com uma comissária que havia sido absorvida junto com a Varig, encontrei uma comissária já senhora, que aparentava seus 60+ anos usando este uniforme. Para mim foi chocante. Imagine para ela.

Uma vez eu havia ido ao banheiro, e ao sair, fiquei atrás da comissária, que servia os passageiros. Por alguns minutos eu vi o olhar de indiferença e objetificação a que comissárias e comissários estão sujeitos. Alguns passageiros sequer param de conversar para pegar sua bebida, por favor e obrigado não existem, e isso mudou muito minha perspectiva.

Texto bastante equivocado e uma romantização da profissão. A realidade passa bem longe desse texto.