Samuel Pessoa > Legado econômico da ditadura Voltar

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  1. Luiz Carlos D Oliveira

    Essa análise ficou rasa, talvez pelo espaço que tinha, deve se levar em consideração aí: como recebeu o país (economicamente); como entregou, no primeiro não tenho dados, mas no segundo caso entregou "terra arrasada"; nesse período ocorria no país a urbanização (fins de 50 ao início de 80) processo que entregou gde massa de trabalhadores com mão de obra barata.

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  2. Marcos Benassi

    Orra, Seu Samuel, que coisa linda, que elegância de método; não menor, a síntese no texto, que deu conta de cabo a rabo. Parece até elogio genital e/ou de performance for icativa, e é quase: vossa mercê já ouviu falar de "sapiosexualidade"? Não é o caso, mas explica a parecença. Muito bom, só posso agradecer o fino subsídio à conversa Bípede.

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  3. Paulo Jr

    Eu acho que a democracia é um valor por si só, mas senti falta da lista dos países que entraram na comparação. Nesse caso, cabe considerar que países com economias em estágios tecnológicos inferiores ao que tínhamos à época (China, Coreia, Ãndia, etc.) tiveram crescimento muito superior ao nosso. Não acredito que manter a ditadura teria feito uma grande diferença, mas a análise é falha devido à escolha por incluir todos os países com dados disponíveis.

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    1. Marcos Benassi

      Não sei se a análise é falha por conta dos incluídos/excluídos, prezado Paulo, mas a objeção foi muito boa, grato por chamar atenção pra coisa.

    2. Paulo Jr

      Faltou dizer que o grande mérito do artigo, foi ter relembrado a escolha por alterar o regime vigente de exploração do petróleo, em um período altamente favorável para a conceção de exploração por ótimos valores. A quantidade de dinheiro que jogamos no lixo, teria feito esse nossa gente muito mais próspera e feliz.

  4. Paulo Augusto

    A ditadura teve crescimento baseado nos empréstimos que afundaram o país. Quem é da época lembra a falta de produtos de consumo como carne, açúcar e outros mais, que tinham venda controlada. A ditadura foi a pior época da história do país.

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  5. Maria Angela pecego Caetano

    Tem um aspecto que ficou de fora desse bom texto: a herança para os anos seguintes. Talvez fosse mais correto descartar os anos iniciais de crise pós-ditadura, já que o problema fiscal foi uma herança da administração dos militares. Por exemplo, os déficits da previdência não foram contratados com a Constituição em 1988, ali eles foram apenas reconhecidos. Eles fizeram o país crescer às custas do futuro - e passamos toda a década de 80 e mais o início dos anos 90 pagando aquela conta.

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    1. Luiz Carlos D Oliveira

      E ainda pagamos por isso

  6. José Cardoso

    Há um dado físico bastante representativo do nível de desenvolvimento do país, que é a capacidade instalada de energia elétrica. Tem a vantagem de ser mais objetiva, independente de inflação ou taxas de câmbio. Ela cresceu 10% ao ano durante o regime militar contra 4% ao ano desde a redemocratização até agora. Em termos per capita 7% contra 2.5%. A democracia é um valor em si, e na constituição de 88 escolhemos diminuir o ritmo e ser um país de renda média.

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    1. Felipe Araújo Braga

      Com toda certeza você viria aqui defender a ditadura militar… pessoas como você não mudam!

    2. João Vergílio

      Perfeito, José Cardoso. Só discordo que a democracia seja um valor acima de qualquer outro, ou universal, ou absoluto. É um valor entre outros, culturalmente localizado, novíssimo (pós Segunda Guerra) e muito, muito relativo. Acima de tudo, frágil. Quando se torna disfuncional, é abandonado. Quem vota no Tiririca ou na padre Kelmon está expressando esse ódio. A democracia é um valor que nos é caro - a muitos de nós. E isso quer dizer que precisamos lutar para que ela seja funcional.

  7. Bruno Sebastião Neto

    Em primeiro lugar os resultados econômicos não foram razoáveis ,foram destruidores ,e para entender o presente ,é só olhar o passado !

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  8. João Vergílio

    O legado econômico da ditadura é bom. Grande parte das pessoas não liga para política, não quer se preocupar com isso. Têm poucas chances de se dar mal numa ditadura. Preferem que haja democracia, não porque amam a liberdade de expressão, etc., mas porque percebem que, se der errado, não tem jeito de consertar. Acima de tudo, querem ter um emprego garantido e a possibilidade de criar bem seus filhos. Isso é sagrado. Só nós, que temos esse problema resolvido, achamos que o resto é mais importante

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    1. João Vergílio

      Mas é isso que estou dizendo, Felipe. Como seus pais, os meus, os pais de milhões de brasileiros estavam focados na criação da família em condições muitas vezes difíceis. Viam só o lado econômico da ditadura, que foi muito bom. Se queremos a democracia, não podemos tolerar que ela seja disfuncional. A democracia é um valor, claro, mas não é universal, não é absoluto, não é prioritário. Temos que abandonar esse platonismo inocente que concebe valores sem tempo, sem carne, sem história.

    2. Felipe Araújo Braga

      Comentário absurdo. Sabe o que eu percebo como primeiro da minha família a chegar na USP? Meus pais, pessoas trabalhadoras e honestas, nem sabiam que vivíamos uma ditadura, viviam suas vidas e trabalhavam duro para sobreviver, como a imensa maioria do povo brasileiro. Agora imagine só: se não houvesse ditadura, e o país tivesse desde a década de sessenta as políticas sociais que temos agora? Hoje poderíamos ser um país desenvolvido.

  9. antonio ferreira da costa neto ferreira

    Com essa tributação indecente sobre os assalariados é mais fácil o planeta ser extinto do que encontrarmos um futuro em gotas de felicidade

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  10. antonio ferreira da costa neto ferreira

    Com essa tributação indecente sobre os assalariados é mais fácil o planeta ser extinto do que encontrarmos um futuro .Uma casa cheia de corruptos e lobos do deserto que sugam toda energia do trabalhador sob argumentos individualizados da elite dos três poderes e um monte de lobistas cangaceiros da ironia econômica e social.

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  11. Vanderlei Nogueira

    A inflação da época do regime militar subsidiou a indústria e formou uma classe média leal ao regime. Os ciclos econômicos e a cidade: na era industrial branca, as habitações eram alinhadas nas avenidas principais, deram lugar ao comércio/serviço, e agora aos apartamentos

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    1. Vanderlei Nogueira

      Migração em massa para reformas trabalhistas,políticas e principalmente étnicas, Brasil tenta unificar seu território, norte x sul

  12. Vanderlei Nogueira

    Fica Proibido publicar o IDH no Brasil. Estudo da Noruega: país se tornou rico com a descoberta de petróleo no mar do norte na década de 70, IDH é de 0,957....e a descoberta de petróleo no Brasil? Em 2006, descoberta do pré-sal, o país tinha um IDH de 0,807, após a descoberta de petróleo caiu para 0,758...Todas as vantagens competitivas do país foram anuladas por economistas e políticos...Quanto mais riquezas descobre, mais pobre fica

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    1. Paulo Augusto

      Noruega tem uma petrolífera estatal, ao contrário daqui, e uma população pífia (5,5 milhões contra 215 do Brasil). O tamanho é 10% maior que Mato Grosso do Sul. Agora você percebe a diferença ?

    2. Hernandez Piras

      A Noruega já era uma nação desenvolvida quando da descoberta do petróleo e foi exatamente por este motivo, aliada a uma forte tradição democrática de boa governança, que fez o país tirar bom proveito de sua riqueza petrolífera.

  13. Vanderlei Nogueira

    O esquema planejamento, execução e ajuste só funciona se houver coesão, os militares tiveram. Se planejamento, execução e ajuste referem-se aos poderes legislativo, executivo e judiciário. O planejamento não é realizado para a execução, o ajuste é o protagonista, projeto não tem Sinergia, só dá prejuízo ao cidadão, encerrar projeto, nova constituição, falta um poder

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  14. Joao Massucci

    Acredito que o fator demográfico também deveria ser considerado. Não foi só o mundo que mudou, mas o país também. O conjunto de países de controle deveria controlar aqueles que sofreram desruralização simultânea ao Brasil

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  15. Franco Oliveira

    Samuel Pessoa, você nunca decepciona! (Contém ironia)

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    1. Franco Oliveira

      Claudio, nunca me passou pela cabeça desqualificar o SP até porque não tenho o nível de conhecimento técnico para isso. No entanto me senti a vontade para criticar a forma como ele usa o próprio conhecimento. Sendo mais claro comparar os PIBs do período ditatorial versus a da retomada democrática, sendo que o mundo, as pessoas, os desafios, os recursos e as necessidades não são mais as mesmas foi deixar seu viés demasiadamente conservador impedir que usasse melhor seus talentos. Decepcionante!

    2. Claudio Gomes

      Não entendi. Pode explicar? Ou eh apenas ataque gratuito ao colunista?

  16. Peter Janos Wechsler

    Quanto demorou a construção de Itaipu e quanto demorou (ou demora) Belo Monte?

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    1. Peter Janos Wechsler

      Os dois regimes foram ineficientes e ladrões. Belo Monte e Abreu Lima são exemplos clássicos não concluídos até hoje.

    2. Hernandez Piras

      Os militares concluíram todas as obras que iniciaram? Angra 3 e a Ferrovia do Aço já haviam sido concluídas quando terminou o regime. Na verdade, nem mesmo a própria Itaipu estava totalmente pronta. Nossa democracia padece de muitos problemas, mas opor em seu detrimento o regime militar, como se este fosse um exemplo de eficiência, requer muito esquecimento e uma boa dose de fantasia.

  17. João Leite Leite

    Não tem como comparar os governos militares com os que o sucederam. O que levou o país a este empobrecimento extremo foi a corrupção bilionária. O Lula teve chance e dinheiro para tirar o país da pobreza se tivesse investido toda a dinheirama que entrou no país nos seus dois primeiros mandatos em projetos de desenvolvimento econômicos para gerar riquezas e empregos. Tudo foi consumido em pxuléco. E a corrupção continua. Agora legalizado. R$53 bilhões para compra de apoio.

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    1. Paulo Augusto

      Foi o governo Lula que levou o Brasil a um patamar nunca mais visto na história: sexta economia mundial, PIB multiplicado por três, reservas internacionais multiplicadas por dez, emprego pleno, aumento do salário-mínimo em dólar em três vezes e meia, dobrou a produção de veículos, valor da Petrobras multiplicado por sete, lucro da Petrobras multiplicado por seis, quatorze universidades e duzentas e quatorze escolas técnicas criadas.

    2. Hernandez Piras

      Você reclama o tempo todo do valor do salário mínimo, mas tem a leviandade de "esquecer" que, ao terminar o regime militar, ele era tão baixo que um dos grandes projetos de Ulysses Guimarães era elevá-lo ao equivalente a 100 dólares. Hoje, o SM brasileiro vale 280 dólares, a Previdência Social é mais ampla e ainda há o SUS. Seu objetivo verdadeiro é a ditadura, não o bem-estar social.

  18. Marcelo Magalhães

    Se os números traduzissem um período de equilíbrio fiscal, o missivista anunciaria como período de excelência? É bem provável, pois no governo Bolsonaro, seu amigo Marcos Mendes, inventou um teto de gastos sociais que levou 125 milhões de pessoas à insegurança alimentar e 33 milhões à fome e o autor nunca comentou essa tragédia. Apenas elogiou a condução neoliberal da economia.

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    1. Hernandez Piras

      O teto de gastos não é do Governo Bolsonaro, mas do Governo Temer. Além disso, é bom lembrar que durante o Governo Bolsonaro houve a pandemia e uma recesso profunda da economia, que explica em parte os efeitos a que você se refere. Por fim, nem Marcos Mendes, nem o colunista cobriram a gestão Paulo Guedes de elogios. Quer provar o contrário? É só mencioná-los.

  19. ANTONIO COELHO DE OLIVEIRA FILHO

    Faltou pano....sobrou fazenda

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  20. Anete Araujo Guedes

    Não há que se falar em legado da ditadura no que diz respeito a economia. Seu legado foi sangue, suor e lágrimas. A sombra dos militares ainda paira sobre nós. Há que se efetuar um enfrentamento, até quando seremos tutelados pelas forças armadas?

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