Só tem uma palavra para o texto de Lygia: Lindo! Fraterno abraço do OrasilSertanejo do Caiuá !

Durante muito tempo o Ziraldo desenhava todo ano um logotipo diferente para a feira da providência no Rio. Foi um artista bem sucedido e independente, a ponto de escolher o que fazer propaganda.

Esta colunista nunca deveria escrever sobre o grande Ziraldo. Porque? Porque almas criativas e boas não merecem uma linha de almas anãs.

The moon is flicts, but not by homeschooling.

Ziraldo se orgulhava, em entrevistas, de nunca ter falhado sexualmente. Escreveu , usando as iniciais : Para Mudar O Destino do Brasil. Fez na revista Claudia o Supermãe. Brigou com Jaguar ( ninguém o entrevistou?) por causa de Brizola e um deles comeu uma edição do pasquim envolto em bolo. Tinha um quadro no programa Abertura na TV. Foi muitos, foi vários, foi fundamental. Obrigado, Ziraldo.

Flicts é livro sobre respeito às diferenças e inclusão, portanto sobre coletividade.

A arte uma vez publicada fica livre para a interpretação de cada um. Mas Ziraldo era um humanista e não acredito que ele tenha sequer sondado o individualismo.

O mundo visto de dentro, do ponto de vista de uma criança é Flicts. A Lua é Flicts. O céu é Flicts. O Universo é Flicts. Tudo é feito de relações. A política da colaboração enfeitiça os corações das crianças. A criança vê o mundo sob o prisma do Flicts. Nos sonhos de uma noite de verão, as crianças vêem bolas coloridas, na cor predominante Flicts. É realmente possível sonhar em Flicts? Com a palavra, nossas crianças.

Não sei se 'Flicts" é ode à individualidade e às diferenças. Não sei se esse conto se enquadra nas elucubrações de análise do 3º milênio. Só tenho certeza que o conto nasceu à luz da chegada à lua naquele ano, e que não era exclusivamente para crianças. Me encantou como adolescente de 16 anos, e continuou indelével na memória desta hoje senhora de 71 anos. Bom descanso, Ziraldo.

Cara Lygia Maria belo artigo homenagem ao magnífico multi mídia Ziraldo.