Opinião > Cracolândia, uma solução não utópica Voltar
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Excelente artigo de eminente Psiquiatra com propostas claras e factÃveis, incluindo a necessária Internação Compulsória, isto é, a Internação Médica Compulsória. A questão aritmética é simples: trata-se de menos de 1500 (hum mil e quinhentos) drogadictos versus direitos de centenas de milhares de paulistanos prejudicados pela perigosa dependência quÃmica em apreço.
Primeiro, obter um orçamento planificado para o tratamento de doentes mentais e dependentes quÃmicos em âmbito municipal e/ou estadual. Segundo, obter apoio ao projeto, o que é automático, pois os moradores, comerciantes e trabalhadores das regiões afetadas darão apoio a esse projeto humanÃstico. Terceiro, recrutar pessoas comprometidas com o tratamento (profissionais das ONGs que já trabalham com miniprojetos de andragogia, ludopedia e profissionalização).
Eu aposto que os mesmos que apoiam a internação compulsória das populações em condições de rua são os que apoiam as falas de Elon Musk sobre a suposta censura exercida pelo ministro Alexandre de Moraes. E os que são contra essa violência, apoiam a regulação da internet, alegando que ela não é uma terra sem lei, onde se pode manipular grandes grupos e faturar milhões. Aposto também que a maioria do primeiro grupo vota em Bolsonaro, enquanto os contrários votam no Lula. Não sou advinho!
Eu fica imaginando: tem gente ali na cracolândia que sofreu furtos, roubos, lesões, estupros. Outros que cometeram furtos, roubos, lesões, estupros. Então eu só favorável sim à internação compulsória dessas pessoas. Elas não estão em condições de discernir o que é melhor para elas. Existe gente miserável e gente de classe média ali, pessoas que por diversos motivos foram para naquela zona quentinha, naquela subcultura de gente entregue às baratas. Falei mentira?
Doente mental e dependente quÃmico são seres que não estão em condições de dizer o que é melhor pra eles. É só olhar pra aparência: entregues à s baratas. Eu estive há pouco mais de quatro anos em São Paulo, na zona central (Sé e Estação da Luz) e o que eu vi foi deprimente, foi de chorar. O imperativo da moral diz: faça o que tem de ser feito. Não tem vacilo. Pessoas que só ficam no mundo das ideias e criam barreiras ideológicas, têm que ser afastadas dos projetos, senão não sai do papel.
Ótimo artigo, excelentes sugestões, mas só há um problema e grande: gasta se muuuiito dinheiro e o principal, Não Rende Votos.
Exato. O que rende votos é por policia batendo e expulsando narcodependentes. Misturar drogadicto com traficantes, e, assim mostrar a população ignorante que este tipo de psicopatologia é para ser repressão policial e não de tratamento compulsório, sim.
décimo primeiro: heil hitler!
O médico Guido Palomba está prestes a reinaugurar o HospÃcio de Barbacena e tornar-se diretor. Local onde aconteceu o Holocausto Brasileiro com a morte sistemática de pessoas que eram desequilibradas e contra a ditadura militar do golpe de 1964. Foram milhares as mortes e os corpos eram enterradas em valas comuns. Medida higienista e amoral. Matéria paga pelo governo estadual juntamente com o candidato a prefeitura paulistana. Ambos bolsonaristas e adeptos da solução final e homicida.
Se não me engano foi o psiq Guido Palomba o único psiquiatra q apontou sintomas de psico ou sociopatia -condutopatia- em Bolsonaro. Sejamos justos para com renomado psiquiatra.
Eu sou de esquerda e muito me surpreende as posições das pessoas de esquerda nesse quesito: acham que as pessoas devem permanecer nas ruas do centro, usando drogas e cometendo crimes. Pelo amor de Deus, um usuário de drogas não tem discernimento. E a população precisa estar em segurança, o autor está certo e precisamos acabar com a Cracolândia.
Concordo. A esquerda também pode ser ingenua, e libertarista de doentes q estão no fundo do poço psÃquico. Lamento o equÃvoco de esquerda inativa ou sem projetos.
Senhor Felipe, sou de esquerda também (há quarenta anos), e nunca vi alguma discussão com "essa posição"
Quem vive em feudos e condomÃnios fechados bem longe da cracolândia tem ideias romantizadas quanto ao convÃvio entre as comunidades. Fazem de conta que vivem no PaÃs das Maravilhas e levam tudo na flauta ouvindo os sopros de ar que invadem seus castelos bolorentos e fétidos.
Empatia e soluçoes praticas nem passam pelas red- mentes deles
Apoiado dr Guido. Mas a esquerda e mov dociais usam esse povo como massa de manobra
Senhor Florentino, reveja seus conceitos sobre a esquerda e direita, pois acredito que nem um destes "usa esse povo".
Nunca imaginei que veria a publicação de um manifesto higienista em pleno século XXI. Há precariedade dos argumentos e um roteiro que lembra muito as triagens dos campos de concentração. A psiquiatria tem muito a oferecer a essa população, que é o oposto da proposta do autor do artigo. A população de rua existe com a mesma legitimidade do que os psiquiatras e não há na literatura cientÃfica qualquer evidência de que tenham causado distúrbios civilizatórios. Aos psiquiatras pesam acusações serias
A solução apresentada descarta totalmente as condições dos hospitais psiquiátricos. Como no sistema prisional, pouco reabilita. Os CAPS também estão precarizados com o governo destinando recursos junto à s prefeituras para as comunidades terapêuticas - ligadas ao proselitismo religioso e aos setores antidemocráticos. Primeiramente, deve repensar as polÃcias sociais para a saúde mental começando por fortalecimento do SUS e das Redes de Atenção Psico Social. Segundo, melhorar a assistência social.
Prezado Felipe, obrigado pelo seu comentário. Compreendo perfeitamente a sua indignação de ver as pessoas nas ruas, mas já aprendemos o suficiente para saber que essa proposta é idêntica à guerra contra as drogas, não resolve nada e cria um péssimo ambiente. Eu gostaria de sugerir que você lesse o livro do Machado de Assis O Alienista para entender o que esse tipo de visão instrumental pode causar. Deveria assistir ao documentário de Daniela Arbex, Holo causto brasileiro.
Marcelo, não há higienismo algum. Há uma solução prática. Você quer o quê? Esse pessoal na rua cometendo crimes e se definhando a cada dia que passa?
Dr. Guido o senhor deu sua colaboração, contudo acho que o problema central ainda permanece. Se a droga continuar proibida e estiver sob o domÃnio do crime organizado isso nunca acabará. Acho que o tiro de misericórdia será dado quando a droga for livre e dose fosse franqueada pelo Estado em troca de tratamento. Sem mercado, sem estigma, sem violência aos poucos terÃamos uma diminuição considerável de adictos. Hospitais psiquiátricos públicos são terras de ninguém. Já sabemos disso.
Guido Palomba, um dos poucos especialistas que deve ser lido e ouvido, tem posições lógicas não sonhadoras para não dizer utópicas, a reforma do ECA, no caso a maioridade penal (necessária) deveria ser passada por uma análise crÃtica do mesmo. No que tange a Cracolândia , será uma derrota do poder público, espero estar errado sinceramente, pois minha amada cidade virou uma praça de guerra no Centro, tente fazer uma ligação do seu celular na rua.
Você não impediria um suicÃdio por conta da liberdade do outro se suicidar? É um caso psiquiátrico, já para o Juqueri.
Antonio, deve estar se referindo a mim, não? Também não impeço ninguém de fornicat e botar criança nesse mundo lllaazarento, muito embora ache isso uma barbaridade desmiolada. Quanto ao Juqueri, deixo a vaga pra qualquer Bozolóide que defenda "liberdades" que restringem a vida *dos outros*. Eu, não o faço, eu e o outro devemos, ambos, ser livres.
Concordo com tudo que Benassi escreve aqui. Além disso, lembro ao articulista que há uns 25 anos a SuÃça provou que se pode tratar de outro modo: durante dois anos deram a opção de internamento ou tomar a droga em ambulatórios do governo de Zürich; não mais overdoses, furtos, prostiruicao para obter a droga. Os usuários puderam voltar a trabalhar, alugar moradia, com a droga legal. Referendum em todo o paÃs teve aprovação de mais de 60 por cento,. Já precedentes. Pode ser feito aqui também/
Marcos, eu estava lá quando isso acontecia. Acompanhei a campanha feroz da extrema direita lá contra a aprovação do referendum. Sem querer puxar a brasa para as feministas, foi uma Ministra Mulher que propôs e conseguiu aprovar os dois anos de teste. Muitos paÃses foram lá aprender e levar a experiência para seus paÃses. É preciso que a sociedade civil esclarecida se manifeste e lute. Não se pode esperar que esse péssimo congresso faça isso por nós. Pressão cÃvica. E jamais votar nesse Nunes!
Catso; "me contou" não, "mencionou". Você Nos contou. Esse descorretor craqueiro tá merecendo internação compulsória! Hahaah!
Além de concordarmos nós argumentos, minha cara, eu vi, com esses olhos que o fogo há de cremar - e na hora em que eu bem entender - esta solução lá de Zurique. Além do que você me contou, acabaram as seringas no chão do parque, uma grande preocupação por conta do Hiv, à época ainda muito mortÃfero. Há muita solução pra maluquice da drogadição pesada, não precisamos da maluquice autoritária como saÃda (nem pra vida social: fora Bozofrenia!)
Seu Guido, Prezado, o senhor já viu muita coisa nessa vida, então não lhe nego, absolutamente, o direito a essa opinião que tem. Mas nesse abstrato mundo autoritário em que se enquadra essa sua solução, não creio que haja espaço, de verdade, pra gente como os craqueiros. É uma solução higienista, desumanizadora onde se pretende humanitária. A propósito: a pessoa na janela, eu conversaria com ela, não a agarraria: não sei como é sua vida, só vivo a minha; não lhe negaria a liberdade de terminá-la
Pois é, meu caro Marcos Benassi, o Dr. Guido tem boas intenções baseado na metodologia psiquiátrica (não confundir com outras psi mais humanistas e neopsicanalistas). Ele está certo em suas propostas. Mas eu não confiaria estas implementadas por governos autoritários, q se lixam para doentes mentais, e adoram exercitar seu sadismo policial ou judicial, com os craqueiros, deprimidos, psicóticos. Filme antigo Um Estranho no Ninho ainda é referência p refletir o assunto.
Não há lugar mesmo para o uso de crack numa sociedade civilizada. Você quer que as pessoas continuem se matando e cometendo crimes?
Isso é polianismo, ideologia de quem vive em um mundo abstrato.
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