Vera Iaconelli > E se não for uma mãe melhor? Voltar
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É vero, Vera. Eu lembrei com esta reflexão de uma fala que ocorreu à minha psicanalista somente há alguns meses, apesar de eu estar me analisando há muito tempo: "o luto que amargo pelo filho ou pela filha que não tive até hoje aos cinquenta anos de idade". Nunca tinha encarado isto como luto. E agora você diz algo semelhante. Caramba! Como fui desatento! Ou ao menos o meu entorno! Agora estou analisando de mim para mim as cinco fases desse luto excêntrico! Eureca!
É vero, Vera. Eu lembrei com esta reflexão de uma fala que ocorreu à minha psicanalista somente há alguns meses, apesar de eu estar me analisando há muito tempo: "o luto que amargo pelo filho ou pela filha que não tive até hoje aos cinquenta anos de idade". Nunca tinha encarado isto como luto. E agora você diz algo semelhante. Caramba! Como fui desatento! Ou ao menos o meu entorno! Agora estou analisando de mim para mim as cinco fases desse luto excêntrico!
Nossa! Há sempre tanto a refletir nas colunas da Vera, cada frase, parágrafo..., e cheio de gente aqui que se apressa a tirar conclusões, a se sentir atingido, a rebater tomando-se como exemplo. Sem falar de gente que quer escrever uma coluna própria nos comentários. E, como sempre, homens ávidos por falar das suas especiais paternidades.
Acredito que estamos o tempo todo nos cobrando. É comum falarem para mim ter dó dos meus filhos (não bato e busco ser a melhor versão de pai que consigo) e sempre respondo: não tenho dó deles, tenho dó de mim. É uma forma de eu sempre resgatar que, não importa aquilo que eu faça, não sou o principal responsável pela felicidade dos meus filhos....essas responsabilidades é deles próprios...o meu papel e ajudar meus filhos a serem a melhor versão deles próprios.
O papel do acaso na nossa concepção é incrÃvel. Se naquela noite (se é que foi noite) os pais de cada um dos comentadores, por acaso não tivessem transado, não estarÃamos aqui escrevendo. Seriam outras pessoas. E o fato de ter sido aquele espermatozoide em particular a fecundar o óvulo, e não outro, foi mais importante na definição de nossa personalidade que todo o relacionamento familiar posterior.
Em tempos de excessos de conexões digitais (games, redes sociais, etc.) educar tornou-se cada vez mais desafiador.
Coluna refinada, lúcida e sensÃvel.
Talvez a devastação esteja na ilusão do pote de margarina.
Filhos! Se eu não os tivesse, não os teria! Hoje eu vejo tantos obstáculos em criar filhos, que me sinto um irresponsável por ter posto filhos no mundo...
Abstração demais, exemplos reais de menos. Generalizações fáceis pouco contribuem para análises de casos reais. Pode e deve fazer melhor.
Veja o filme. O filme é uma referência melhor se quiser ver a profundidade das emoções humanas e as consequências envolvidas. Se não quiser ver problema seu.
Seu Adalto revela ser muito arrogante nos comentários. Arrogante e ocupa muito espaço para nada dizer de interessante. Parece sintoma de inveja: tristeza pelo sucesso de alguém, na definição de Tomas de Aquino. Como diria um amigo 'menas, meu caro Adalto'. Ou faça um artigo melhor do que o criticado. Ou, que tal se calar para não se passar por ridÃculo?
Acredito que assistir Sonata de Outono ressignifique o ato de requerer autoridade para defender conclusões sobre temas sensÃveis. A humanidade das personagens paira acima das conclusões. Uma coisa que poucos são capazes. Ingmar Bergman, Ingrid Bergman e Liv Ullmann conseguiram de maneira brilhante e universal.
Acredito que assistir Sonata de Outono ressignifique o ato de requerer autoridade para defender conclusões sobre temas sensÃveis. A humanidade das personagens pairam acima das conclusões. Uma coisa que poucos são capazes. Ingmar Bergman, Ingrid Bergman e Liv Ullmann conseguiram de maneira brilhante e universal.
Continue assim acreditando em generalizações fáceis e continuará estereotipada como os que acreditam em autoajuda. Boa sorte com seus estereótipos que nem boas muletas são. Faça-me o favor criatura ignara.
Continue assim acreditando em generalizações fáceis e continuará estereotipada como os que acrefitam em autoajuda. Boa sorte com seis estereótipos que nem boas muletas são. Faça-me o davor criatura ignara.
Há profissionais que podem te ajudar. Vamos lá, você consegue!
A articulista persiste em sua tarefa inglória de desconstruir a famÃlia e o desejo de ter filhos. Será que ela não se dá conta de que, antes de sermos seres pensantes e autoconscientes, temos uma biologia que guia a maior parte dos nossos atos, inclusive a perpetuação da espécie? Todos os seres vivos têm esse mister, que antes se rotulava como instinto. Independente do nome que se dê, ele, de fato, existe: é inconsciente. (continua)
(continuação) Mesmo na abordagem psicanalÃtica, ou por causa dela, se reconhece a força do inconsciente. (continua)
(continuação) Os casos que chegam ao seu divã não são representativos da enorme massa humana que existe. São os casos patológicos. Não há nem mesmo estudo ou critérios metodológicos para lhes conferir amostragem de qualquer segmento da população. Chegam ali pessoas que não sabem lidar com a vida. A imensa maioria toca as suas vidas e não veem esse problemão que os complicados analisandos têm. Reconheço sabedoria na proposta de Carlos Colla, compositor, ao pontuar que (continua)
(continuação) "Quando você não sabe que não pode, você faz. O impossÃvel só existe na mente daquele que estudou." Brad Pitt, ateu à época, a pessoa menos suspeita para acusar de defender o modelo patriarcal de famÃlia, questionado sobre como conseguiu passar os últimos seis meses e seguir adiante, respondeu: "A famÃlia em primeiro lugar. As pessoas em seus leitos de morte não falam do que conquistaram. Falam das pessoas que amam e dos seus arrependimentos".
Martha Medeiros, poeta, cronista e romancista, no artigo "O Sentido da Vida", pontifica: "Não é nenhuma novidade que dinheiro, viagens, status, beleza e outras coisinhas mundanas são sonhos de consumo de muita gente, mas não dão sentido à vida de ninguém. (continua)
A única coisa que justifica nossa existência são as relações que a gente constrói. Só os afetos é que compensam a gente percorrer uma vida inteira sem saber de onde viemos e para onde vamos. Diante da pergunta enigmática - por que estamos aqui? só nos consola uma resposta: para dar e receber abraços, apoio, cumplicidade, para nos reconhecermos um no outro, para repartir nossas angústias, sonhos, delÃrios. Para amar, resumindo. [...] Mas, Pais e filhos, maridos e esposas, amigos: (continua)
(continuação) são eles que sustentam a nossa aparente normalidade, são eles que estimulam a nossa funcionalidade social. Se não for por eles, se não houver um passado e um presente para com eles compartilhar, com que identidade continuaremos em frente, que história teremos para carregar, quem testemunhará que aqui estivemos? Só quem nos conhece a fundo pode compreender o que nos revira por dentro, qual foi o trajeto percorrido para chegarmos neste exato ponto em que estamos, (continua)
(continuação) neste estágio de assombro ou alegria ou desespero ou seja lá em que pé estão as coisas pra você. [...] Todas as pessoas querem deixar alguns vestÃgios para a posteridade. Deixar alguma marca. É a velha história do livro, do filho e da árvore, o trio que supostamente nos imortaliza. Filhos somem no mundo, árvores são cortadas, livros mofam em sebos. A única coisa que nos imortaliza - mesmo - é a memória daqueles que nos amaram e foram fiéis."
Amigo Galdino, isso é a pura verdade. Vou reproduzir uma fala de Brad Pitt que você obviamente não deve ter lido. Doutra sorte, não faria tal comentário disparatado: : "A famÃlia em primeiro lugar. As pessoas em seus leitos de morte não falam do que conquistaram. Falam das pessoas que amam e dos seus arrependimentos".
Belo sonho da intelectual.
Assim como o mito do instinto maternal, a parentalidade também é outra construção cultural fabricada por grupos polÃticos e religiosos que necessitavam de massa de manobra para satisfazer seus interesses. A nossa volta há milhares de exemplos de pessoas que não estão aptas emocional e psicologicamente para a vida parental, mostrando-se incapazes de lidar com o desenvolvimento e bem-estar de crianças.
É a grande maioria.
Maravilhoso, Vera! Criar filhos é um enorme aprendizado.
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