Hélio Schwartsman > Ver para não crer Voltar
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Se soubesse quando ocorrerá um terremoto, muitas vÃtimas seriam polpadas, mas esta hipótese ainda não existe e atormentam muitos californianos quando haverá o big one e ocorrerá um grande terremoto na falha de San Andreas , que corta parte de norte sul do estado.
Chegamos até aqui por pura sorte.
Já li que a pandemia chamada espanhola que ocorreu cem anos atrás levou a morte um quarto da população mundial, não havia vacina e nem os conceitos de usar máscaras e distanciamento social. Nesta pandemia do Covid, tivéssemos seguido os mesmo conceitos, terÃamos perdido cinquenta milhões de brasileiros! Perdemos setecentos mil, aà está a diferença da ciência!
Boa parte da culpa pelo desprezo às vacinas chama-se Jair Bolsonaro.
Hélo, no dia em que a FSPaulo fizer demissões te incluindo, desativo minha assinatura. Mesmo em quae amenidades você sempre é bom pra c-ralho.
A obediência a normas de construção civil é um bom Ãndice do nÃvel de desenvolvimento de um paÃs. É por assim dizer um bem coletivo. Aqui, mesmo em bairros caros, é comum ver calçamento destruÃdo e fiação aérea ao lado de galhos de árvores frondosas.
Como vc notou, "ver" a ação das vacinas depende de relatos estatisticos intermediados por terceiros, é ai que reside o problema. É muito mais uma questão de credibilidade dos mensageiros, imprensa no caso, do que da ciencia. A pergunta que deveria estar sendo feita é por que vocês perderam tanta credibilidade
A humanidade chegou até aqui aprendendo e evoluindo sem bolsonarismo, H. S.
Putz, terceiro post, perdoem-me. A covid tem uma caracterÃstica que facilitou: se der sorte, tem poucos sintomas e passa sozinha. "Ah, a minha comadre tomou a cloroquina e curou!" DaÃ, a comadre manda a desinformação Bozolóide e cai que nem luva. Junta a isso o poder das figuras de autoridade (e as autoritárias, há quem goste delas): as próximas mensagens que vierem, têm tudo pra colar. E há o tb velho pensamento supersticioso, um problema de erro de atribuição causal. Ah, claro, há burrrice tbm
O que os coleguinhas caipiras aqui debaixo estão dizendo, Hélio, é de um fenômeno antiquÃssimo, que se chama "crença", que anda substituindo a observação dos fatos em muita cabeça pelaÃ. Fez-se uma desconstrução prévia de um modelo mental de mundo - cheio de incongruências, mas funcional, com sistemas de governo, ensino, pesquisa e outros blás de BÃpede - puxaram-se uns fios soltos dos afetos (nem todos positivos), criou-se uma rede de confianças tortas e tá feita a cama pro descabeçamento geral
Eita, carÃssimo, só mêmo Torrico e Tolôko, em sua milenar e descontaminada sapiência roceira, pra explicar essa. Puxa a moda aÃ, Torrico. "Nóis cheguêmo nesse estágio. Foi aos tranco e barranco. Nunca fumo lá muito certo. Mai agora os miolo tão em branco. Nego usa telefone. Objeto que é só ciência. Mai aà ele faiz o quê? Enche a cuca de Bozolência. Quando tem as hemorróida. Devia fazê cirurgia. Qué valê que bot'ela no anzó... E vai pr'uma pescaria! " A vida tá marvada, sêo Hélio, e o bagúio Lôko
Hawking especulando sobre a evolução da vida no universo, em especial sobre a evolução da vida inteligente, incluindo aà a espécie humana, disse que grande parte de seu comportamento ao longo da história se revelou bastante estúpido, pouco voltado para ajudar a sobrevivência da espécie. Não conseguimos evitar as guerras; se alguém perder a cabeça uma guerra mundial nuclear nos destruirá. Vacinas com o tempo precisam ser reaplicadas, a recusa em recebê-las aumenta os riscos. Sobreviveremos?
Mmmmmmm... Creio que não, meu caro, não nessa altura do campeonato - há muito pouca margem pra quantidade exorbitante de KHagadas que fazemos. Já houve muito mais espaço pra elas anteriormente, mas... Usamo-lo e 'cabou. Todavia, como Zeus tá viciado em jogo, como o Hawking percebeu, vai que? Hahahahah!
Prezado Hélio, segundo o grande Espinosa, há três nÃveis de conhecimento. O primeiro desses três nÃveis, é o conhecimento por ouvir dizer. É nele que a multidão se baseia para formar seu entendimento do mundo. Nesse nÃvel residem as crenças, as ilusões, as superstições e os preconceitos. Infelizmente, a maior parte da espécie Homo Sapiens sapiens foi, é e estará para sempre prisioneira desse nÃvel. Infelizmente.
Stephen Hawking, em Breves Respostas para Grandes Questões, disse:"Não vemos muitos casos de comportamento inteligente na história da raça humana. Estamos aqui porque as flutuações quânticas seguem o princÃpio da incerteza. Somos o produto de flutuações quânticas em um universo muito primitivo. Deus joga dados, afinal, Hawking complementa.
Pensar que calunistas que apoiaram descaradamente o golpe contra um governo eleito, por privatizações fraudulentas, bilhões de dividendos da petrobras, maiores juros do mundo, reformas contra o povo, tudo com Bolsoguedes, não entendem o resultado da covid no Brasil. Meio milhão de vidas exerceram o que seria a média mundial da covid. Sem o golpe com apoio da Folha, meio milhão poderia estar ainda vivo.
Herança do ignorante mor que presidiu o paÃs até 2022!
O negacionismo parece ser algo recente, mas talvez não seja.
Óia, meu caro, não é recente mesmo, é velhÃssimo. Mas a proporção que tomou, com as novas possibilidades comunicacionais, soma-se à cuidadosa preparação do terreno e utilização da ciência pra promover o engambelamento. Quem tá por cima na cadeia (f)alimentar, gosta muitÃssimo de métodos cientÃficos e os utiliza com eficácia. Ah, e toma vacina: cê acha que querem morrer à toa? Hahaah!
A polarização religiosa, politica, tecnológica, cientÃfica aliada a Feke News institucionalizada nas redes sociais, tornemos refém desta extrema direita radical que se alastra pelo mundo!
Caro hélio, entendo sua precaução, mas o Brasil está sendo atacado pela extrema direita internacional, a direita portuguesa cita o Xandão, o Musk bate do Xandão e Lula, Israel no Lula, a Hungria recebe o ex-presidente de braços abertos, é obvio que o medo de ser preso após perder o passaporte o levou no carnaval até a embaixada, como não aconteceu nada ele foi embora. Acho que isto não pode passar em branco.
Na epoca em que doenças como a variola, sarampo, tosse comprida, poliomielite devastavam as populações, as vacinas foram ( e são) consideradas a salvação da humanidade, mas depois que essas doenças foram erradicadas e muitos não se lembram ou não conhecem o horror que provocaram, atualmente preferem acreditar em boatos do internet, sugestões de lideres religiosos, politicos e outros e recusam se vacinar ( ex. Covid) e vacinar seus filhos. Deplorável.
Marina, se me permite, gostaria de modular a frase do Galdino: meu caro, "apenas ignorância" ocorre, mas é menor parte. É "ignorância cuidadosamente construÃda". Digo isso porque não é fácil convencer a pessoa mediana a ignorar fatos que aparecem em cores, na fuça, repetidas vezes. Mas tá aÃ, acontece, e não é casual.
É apenas ignorância das pessoas.
Penso que há um forte componente psicológico nesse fenômeno. Que se repete de tempos em tempos. E acredito, que o sistema religioso seja o responsável por construir esse paradigma. A religião une as pessoas em torno de algo em comum e isso pode ser positivo para a vida social, mas, pode ter efeito o inverso. O medo é determinante.
Não é q não se aprende, mas os investimentos são normalmente priorizados pela natureza curto-prazista do ser humano, né...
Por acaso ou por destino.
Sei não, prezado Newton. "Por descaso do intestino" capaz de ser...
Bas Fraassen disse que qualquer forma geral da semântica dos condicionais contrafactuais vão dar problemas. Quine também mostrou que nos contrafatuais não são os fatos mas as descrições dos fatos que importam, fatores contextuais. Assim os contrafactuais são dependentes de contexto e não servem para leis cientÃficas. A linguagem contrafactual não é apropriada para a explicação cientÃfica, pois depende de contextos.
Prezada Marina, Quine achava que enunciados contrafactuais deviam ser interpretados por uma linguagem extensional: se a vacina é eficaz, quanto mais pessoas forem vacinadas melhor será o resultado. Para o passado, presente e futuro. A linguagem intensional traz problemas. Podemos usar contrafactuais em linguagem corrente, mas precisamos saber interpretá-los, sem criar uma ontologia de objetos possÃveis, fatos possÃveis, mundos múltiplos, variáveis inacessÃveis e ontologias jamais observadas.
Name dropping, coisa ridicula
Vito, não entendi.
Infelizmente a razão convence muito pouco, a massa é movida por paixões e demagogia. Não há crÃtica sem autocrÃtica e ninguém quer se criticar profundamente.
Diante a pandemia o braço cultural do Consulado Italiano ofereceu uma leitura comentada do clássico I Promessi Sposi. Lemos capÃtulo que trata de peste no século 17 na Itália. Pasmei ao ver as semelhanças com o que estava acontecendo aqui em pleno século 21. Superstições variaram mas tantas coisas iguais. Além de pasma, desolada. Ainda somos animais muito irracionais.
Poi Zé, carÃssima, socou o dedo nas superstições, né? É muito, muito fácil, a gente criar uma cadeia de pensamentos supersticiosos, se houver afetos a desviar as observações da realidade. Medo, credulidade, confiança e desconfiança: nas doses e nos momentos adequados, bingo!, tá criada uma cabeça descabeçada. HorrÃvel essa semelhança do seculo17 com o nosso. Mas é difÃcil não sê-lo assim: as gentes, elas não são tão diferentes nas questões básicas...
Maria, esse livro é um clássico da literatura italiana, comecei a ler o mesmo e desisti, vou tentar novamente.
Durante a pandemia
Eu li que casos de sarampo estão aumentando nos States porque muitos pais e mães não vacinan os filhos.
Infelizmente vai ser assim mesmo. Só que se a polimielite voltar alguém tem que jogar os pais na cadeia por não terem vacinado. Tira a guarda, tira o filho, porque não merecem. Sou idoso, lembro a miséria que era aqueles ferros nas pernas dos coleguinhas.
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