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Li, em um livro, que o risco vitalício de ser morto por um cão é aproximadamente um em setecentos mil. E o mais provável culpado é o pit bull. Para comparar, o risco de morrer num afogamento é aproximadamente, um em cinquenta mil. Ser morto por um cão tem um risco muito menor, mas pessoas atacadas por cães, como eu, acham que serão atacadas novamente, nos próximos encontros com cães. O estranho é que homens têm duas chances a mais que as mulheres de morrer por mordidas de cães.

Já aconteceu de nos encontramos diante da morte bem mais cedo do que esperávamos? Talvez seja aqui que tudo acabe? Mas talvez também seja onde tudo (re)comece? Será que aquilo que não nos mata, nos fortalece? De onde virá tal força? Como seguir adiante sem um dos braços, um membro do corpo que aprendemos a dominar, a confiar e a depender? Como passaremos a confiar e a depender do outro braço? Tentativas, erros, generosas doses de paciência e autocompaixão? Usar uma prótese?

Escritora Roseana Murray, atacada por pitbulls, mandou aúdio emocionado ao saber de grupo criado para compartilhar afeto em torno dela. Na mensagem, autora fala sobre o acidente, conta ter almoçado sozinha com a mão esquerda e agradece o grupo 'belezas colaterais'; movimento nas redes vai postar um poema por dia até ela receber alta do hospital.

Querida Mirian, sua doçura inspira a melhor compaixão que seríamos capazes de sentir! Querida Roseana, desejo que sua dor se transforme em poesia, assim como sua vida se transformou em alegria comigo! Boa recuperação! Abraços

Sensível , afetuosa e consoladora homenagem a poeta que cultiva sempre o amor e a vida . Este choque com a bestialidade humana nos atordoa . Casos de ataques de pitbulls e cães são recorrentes e é passada a hora da segurança pública controlar a posse e a criação desses cães assassinos . Toda coragem para Roseana e nossa solidariedade

Me emocionou

Lindo Mirian. Bela e emocionante homenagem.

Manifestamos solidariedade com muito amor para a poetisa Roseana Murray, Mirian. Menina, Susi, Toni, Lilinho e Freud são meus pets, vira-latas, adotados em situação de rua e são as melhores companhias junto aos livros. **Querida poeta Roseana, escrevo olhando para a pedra lápis lazuli e enviamos muita positividade para que a senhora se recupere logo e retorne a escrever os emocionantes poemas**.É necessário mais atenção dos tutores e da sociedade como um todo contra o abandono.

Obrigado pelo delicado texto, por não permitir que essa barbárie caia no esquecimento, pela homenagem a Roseana Murray. Por momentos assim, ainda vale a pena vir à Folha.

Corro na areia da praia toda tarde e observo que algumas pessoas deixam seus cães soltos. É preciso prestar atenção e passar a uma certa distância deles, o que atrapalha e por vezes interrompe a corrida. Existe uma lei que obriga o uso de coleiras, mas sem multas ela é letra morta.

Animais são os "tutores" dessas feras que proliferam pelas ruas do país, traumatizando pessoas que aliviam as dores humanas. Cadeia neles e rápido, antes que caia no esquecimento judicial.

Quando é o sacrifício dos cães devoradores de gente?

Desejo de coração que a poetisa Roseana Murray encontre dentro dela a resiliência necessária para transformar a dor e o sofrimento causados nesse ataque brutal. O processo de resiliência demanda que se dê um sentido à vida, assim o que conta nessa reconstrução após uma situação tão traumática é que se possa dar um significado e uma direção à própria existência. E, de um modo tão belo e criativo, a poetisa diz que a própria vida servirá de guia...

Emocionante.

Claro que a culpa não é dos cães. Também é claro que, noventa e nove por cento das vezes, são cães dessa raça que realizam os ataques que matam, mutilam ou deixam graves sequelas em quem sofre o ataque (boa parte das vezes, outros cães). Fechar os olhos à necessidade de se restringir a reprodução de pit bulls, é uma omissão odiosa por parte das autoridades competentes.

Talvez o fato de Roseana Murray ser uma renomada escritora e poetisa brasileira, especializada em obras infanto-juvenis, dê visibilidade a esse grave problema. Fui um ataque horrível, no qual a vítima foi arrastada por cerca de cinco metros, resultando em ferimentos gravíssimos, entre os quais a amputação de um braço. Espero que ela não pare de escrever. Sua extensa obra literária, com mais cem livros publicados e múltiplos prêmios recebidos, tem que continuar e não pode ser abreviada.

Que lindo de ouvir. Em oração por ela.

Sobreviver a ataques de cães deixam marcas profundas. Na infância ajudava um vizinho que distribuía doces, ajudando a descarregar o caminhão em troca de guloseimas. Dois cães pastores alemães ficavam presos ao lado da garagem. Um dia ao chegar na garagem percebi que o portão dos cães estava aberto. Aligeirei para a rua mas um deles logrou me alcançar e me mordeu embaixo do braço direito e não largava as costelas. A sorte foi que o dono conseguiu apartá-lo. Fico aterrorizado ao ver cães enormes.

Acompanhei esse triste acontecimento desde o início. Desejo que a escritora Roseana Murray consiga forças e serenidade para se recuperar completamente. A obra dela, tudo o que escreveu, inclusive com tantas referências aos animais, é um gesto de amor. Nós, humanos tidos como racionais, somos responsáveis se não cuidamos dos seres sob nossa tutela. Força, coragem, Roseana, seus leitores aguardam sua inteligência sensível de volta à escrita. Grande abraço dessa leitora.

Que lindo, você sempre me emociona. Esse acontecimento está entalado em minha garganta.

Pelo ocorrido, muita gente está direcionando sua fúria aos canídeos, mas o alvo deveria ser os hominídeos.