Sugiro à repórter pautar os problemas da região que persistem. Há várias lideranças comunitárias dispostas a fornecer informações úteis.

A Folha já fez várias matérias sobre as vulnerabilidades de Parelheiros e Marsilac, mas nunca é demais lançar foco, pois, pelo visto, somente a impressa e a mobilização popular talvez consigam reduzir essa desigualdade regional.

Em razão só esquecimento, da falta de estrutura da força pública, enainse englobam polícias e o sistema de Justiça, sao também as regiões da capital onde mais desmatamentos e loteamentos clandestinos, em que pese 1/3 da água potável consumida na Capital venha dali.

São os distritos mais afastados e menos cuidados de São Paulo. Tem sérios problemas de transporte público, possuem os maiores índices de gravidez precoce, e não se veem ações do poder público. Não há Fórum Distrital, em que pese uma população de mais de 200.000 pessoas, que precisam se deslocar por horas para alcançar o sistema de Justiça, no Fórum de Santo Amaro. O descaso com a população vem dos três poderes.

Triste. Muito triste. Há quase dois anos a Prefeitura se comprometeu com a Sabesp de levar água potável aos moradores do KM 47 da Estrada Eng. Marsilac, mas a água não chegou. Na UBS da Barragem, em Parelheiros, onde também não há água potável, há esgoto a céu aberto, o que se verifica em outras unidades da região. São Paulo não são apenas os Jardins e a Faria Lima.

Senhores candidatos à Prefeitura de São Paulo, por que não se mobilizam? São os dois distritos mais pobres da Capital; seis vários distritos não dispõem de saneamento à água potável, os maiores índices de gravidez precoce estão ali, o transporte público é precário. Sugiro que andem pela região e percebam as carências de milhares de pessoas são igualmente cidadãs e merecem respeito. A Prefeitura prometeu água potável aos moradores do km 47 de Marsilac, mas não chegou. T