Ruy Castro > O futebol fala pedantês Voltar
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Você, Tostão e outros famosos precisam criticar de forma reiterada e veemente os vÃcios de fato, na prática em campo. Não existe uma única partida em que um time esteja vencendo que o goleiro não simule uma contusão. As faltas groseiras e violentas que os jogadores comentem e reclamam da arbitragem ter marcado. Os goleiros se projetam sobre os atacantes e todos e reclamam falta; e todos os árbitros marcam esses perigos de gols. Todos esses vÃcios foram elogiados como "malandragem" do futebol.
Gostei da tabelinha entre o colunista e o doutor Tostão. Tabelinha pode, seu Ruy?
Hoje em dia todas as narrações de futebol são chatÃssimas, ao invés de narrar o jogo e dizer o nome do jogador que está com a bola...ficam vomitando estatÃsticas inúteis e lendo chamadas para a novela ou o filme. Todos atras de um bordão exclusivo e tome "sabe de quem". Os comentaristas só falam o óbvio, nosso VAR é uma piada, os gramados estão péssimos e as arbitragens nem se fala. Ver a Premier League é ver outro esporte.
Esse que fala sabe de quem é um mala chatissimo!
Tem mais. Adoram falar em "falta de capricho", como se os profissionais não fizessem o possÃvel dentro do que podem. E a tal de intensidade?
Ruy acertou o ninho da coruja. As expressões citadas poderiam ser poéticas, como citação abaixo, mas são repetidas à exaustão. São apenas bordões. Se é para criar bordões poéticos, ressuscitem Fiori Gigliotti, o moço de Barra Bonita.
Uia, Ruy: a bola de capotão não existe mais? Nem me espanto da minha ignorância boleira, acostumado que estou a ela - afinal, tá comigo o tempo inteiro, e não me esforço pra afastá-la - mas tem coisa que grita, né? 'Cabou o "ponta-esquerda"? O mundo tá estranho. A phôia botou uma sujeita de direita na "página dois"? Se eu avisar o espectro da Vovó disso, capaz dela ir fantasmar a casa dos frias. Mas, se a vida foi tomada pelo corporativês, por que o futebór sairia ileso? Abastardou-se igualmente
Seu MarcosBenassi, bem lembrado bola de capotão. As crônicas do Ruy e seus comentários me levam a reconectar neurônios enferrujados, dizem q é bom pra prevenir Alzheimer. Muito obrigado.
Só assisto jogo sem som de narrador há décadas, graças a Deus
Há excessos, evidentemente, principalmente no estilo Titês que não é assim tão adotado e bastante criticado. Mas muitas expressões revelam a forma atual de se enxergar o jogo, muito mais dependente de treinamento táticos e análise do jogo do que das individualidades de antigamente.
Discordo do ranço do Ruy quanto a algumas expressões citadas. "Na cara da bola", "na orelha da bola" e "na bochecha da rede" são ótimas. Personificar objetos é bonito, muitas vezes poético.
Além do nÃvel muito baixo dos "narradores" atuais (fora os berros com 130 decibéis tanto dos homens quanto das mulheres); "comentaristas" companheiros com o mesmo "papo furado" e "abobrinhas" de sempre; ainda temos que "engolir" a vaidade e estrelismo dos treinadores, como se eles fossem "grande coisa". Pra mim são apenas milionários à s custas do futebol. Eca!
Se treinadores não fizessem diferença a saÃda do Dorival Jr do São Paulo não teria afetado tanto o desempenho do time. Esse, aliás, é um excelente exemplo da diferença que os treinadores fazem.
Tens razão. Os comentários e narrações estão muito chatos.
A propósito da novilÃngua, gostaria de ler um texto seu sobre identitarismo e politicamente correto.
Orelha da bola e bochecha da rede eu gosto. Descrevem bem a coisa. Mas implico com mudanças desnecessária como chamar ponta de extrema. E chamar gramado de arena?
Não li a coluna de Tostão. Depois que o Santos perde, fico uns quinze dias sem ler futebol; nem a Folha papel. Mas, endosso. No passado, remoto, tinha um locutor de futebol brilhante: Fiori Giglioti,era um poeta narrando.Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo, fecham as cortinas e termina...ou um jogo difÃcil, saia um golzinho: água mole em pedra dura tanto bate que até que fura. Os de agora? Um copia o outro!Na tv copiam Galvão Bueno.
Ainda o VAR: Dizem: " O VAR é tecnologia aplicada ao esporte. No caso aplicada ao futebol. Outra Balela. Tecnologia aplicada ao futebol é a que é utilizada na confecção das bolas, dos uniformes, na construção do campo de jogo e nos treinamentos dos atletas. O VAR não é nada disso. O VAR é uma tecnologia aplicada ao ao "modo como se vê" esporte. E o que é mais grave: " O VAR é uma tecnologia aplicada ao ao "modo como se QUER ver" esporte".
E o VAR hein? Dizem que ele veio para trazer "justiça" ao jogo. Balela! Em esporte de competição não existe justiça, só vencedores e perdedores. Isso, desde a Grécia antiga.
Var no Brasil é como qualquer outra coisa que funciona bem no resto do mundo. Conhece aquela velha piada: “deixa vim que nóis avacaia”?
E o Futebol delivery? "Esse jogador entrega, ou não entrega, tudo que se esperava dele" É jogador ou motoboy? E a velocidade? " Esse jogador corre pra ele e pelos outros". Jogar, que é bom, nada. Vá para o atletismo PÔ! Em tempo: "último terço" era o que minha avó rezava no fim da via sacra que promovia no seu bairro.
O mentor do pedantismo Titiniânico chama-se Celso Roth que inseriu a "Mecânica do jogo" no futebol. Aliás Celso também é do Sulll Tchê! Mas quem ferrou com o futebol brasileiro mesmo foi o Parreira q, para nossa derrocada final acabou ganhando uma medÃocre e esquecÃvel copa do mundo adotando a polÃtica tática do "que empate o melhor" (o retranquismo) que ainda impera no imaginário de Manos, Filipões e Abel Ferreira de resultados. Resultado: agora somos colonizados novamente por portugueses.
Putz grila Ruy Castro, você deu voz aos meus anseios de manifesto contra o pedantismo do vocabulário no futebol. Obrigado caro Castro. Mas você esqueceu algumas que vou relembrar aqui porque ficam doendo no meu ouvido. Temos agora a tal "minutagem"... que palavra feia P.M. viu! Isso para falar que o jogador jogou tantos minutos. Jogo Vertical, fico tentando imaginar algum jogador com uma corda escalando como alpinista o Mineirão, Maracanã ou Aliance Parque.
Agora tem também os "Corredores", q antigamente eram as laterais. “Pelo amor dos meus filhinhos”, ninguém merece. Agora temos mulheres narrando e comentando. Acho muito legal a diversidade. Mas o problema é q as narradoras imitam os homens narrando. Podiam tentar fazer diferente, assim como o Milton Leite e seu estilo único. Temos excelentes comentaristas, pessoalmente gosto muito da Jéssica Cescon, sempre fazendo contrapontos interessantes aos olhares masculinos. Mas por favor, “minutagem” não!
Caro Ruy ótimo artigo sobre essas modernidades esdrúxulas que acompanham o nosso pobre atual futebol, mas por uma questão de justiça tem outro craque de 1970 que sempre falou ironizando estas baboseira,Paulo César Lima é outro icônico futebolista a ser lembrada nesta cruzada pelo bom gosto no futebol.
"Ai do escritor que não usa, de vez em quando, um mÃnimo de cafonice". (Nelson Rodrigues)
Na explosão da alegria do gol, um dos maiores locutores de futebol dos tempos dantes, “o pai da matéria”, como se referia a ele o nosso querido Osmar Santos, dizia: todo mundo está abraçando aquele moço”! Uma singela homenagem ao Nei Costa, um dos grandes narradores do futebol brasileiro. Sua benção “pai da matéria”, onde você estiver na paz de deus!
Tem um narrador no grupo Globo que usa essas expressões "orelha da bola, bochecha da rede e outras." Eu quando vou assistir algum jogo e vejo que é esse narrador, mudo de canal. Não havendo outra opção para assistir a partida, desligo a tv. É muita chata e enjoativa a narração dele, não aguento!!
Quem começou com esse besteirol foi Claudio Coutinho, técnico em 1978, com o ridÃculo "ponto futuro". Os comentaristas e locutores também estão muito chatos. Sinto falta do Fiori Gigliotti com "Abrem as cortinas e começa o espetáculo" ou "Crepúsculo da partida"
Além do ponto futuro, tinha também "overlapping", polivalência e outras bobagens. O craque Coalhada, criação de Chico Anysio, era muito cioso de sua polivalentia.
O antigo uso de metáforas era também cafonÃssimo: "adentra o tapete verde o facultativo da equipe esmeraldina" foi usado por um locutor para dizer que o médico do Palmeiras entrara em campo (lembro do milagre, mas não do santo). Todavia, com o conservadorismo do articulista, as bobagens atuais é que merecem castigo...
Também me aproximo dessa linha. Abrem-se as cortinas, começa o espetáculo, Crepúsculo da partida, etc, também são breguices. São expressões de outros tempos. Queriam que ainda as estivessemos usando? Tradicionalismo besta! Sou mais um Silvio Luis das antigas ou mesmo o Milton Leite, embora já pasteurizado pela Globo.
e onde fica o ripa na chulipa e pimba na gorducinha? no meu tempo eu era beque, qdo não tinha chuteira usava kichute e a bola era de couro custurada.
O colunista deixou de lado uma maneira de escrever que parece mais cafona ainda: a de usar o número da camisa como definição da função do jogador dentro de campo. Hoje, fala-se em um "dez" para definir o meia armador. Mas o pior já passou: há alguns anos, surgiu a nomenclatura "número 1" como referência ao jogador com essa função, embora qualquer criança saiba que a camisa 1 sempre foi reservada ao goleiro.
Ah,esqueci: agora tem também o "falso 9".
CarÃssimo Ruy: faltou o "deu um tapa na bola".
Nas peladas da infância, vivÃamos sempre na pindaÃba; nossa bola era de jornal amassado enrolado numa meia de nylon. Nosso craque gostava de aplicar chapéu, o outro ficava olhando pro céu; ou dava uma caneta no beque e balançava o filó, a gente gritava, cocorococó, que golaço! Nossas mães vinham com nos buscar com uma vassoura; não era hora de fazer cera, era sebo nas canelas. Nossas várzeas sumiram todas, ergueram-se arranha-céus. Nosso futebol voltou a ser inglês!
Ótima crônica! Vocês não estão sós! Faltou uma expressão no conjunto apresentado que me irrita muito também: "pisar na área". Além de pedante e cafona é ridÃcula já que em algum momento o jogador o fará! Abraços!
Ruy Castro, sempre original em seus comentários. Não perco um sequer!
Muito bom!
Gosto da nova nomenclatura, mas vale a discussão. Já que não se inventa nada de novo no gramado que se invente com as novas anotações.
Pois é. Não iriam inventar coisa velha, né, companheiro?
Concordo com tudo, só uma observação: na minha infância, nos anos 80, meu pai já usava "na orelha da bola" pra me explicar como bater com efeito. Não creio que seja tão neologismo
Expressão também utilizada na sinuca.
Sempre uma delÃcia ler Ruy.
O futebol deixou de ser a alegria do torcedor para ser um monte de bobagens que apelam pelo fato dos jogadores não saberem mais jogar.
Bons tempos do futebol!
Cafona mesmo, são jogadores afeminados, ganhando milhões para jogarem um futbolzinho.
Ah! Se esses "afeminados" jogassem metade do que joga a Marta, que maravilha seria.
Nada me incomoda mais do que o "essa bola". Eles nunca dizem "a bola". Em tudo tem que ter o miserável "essa bola", como se tivesse mais de uma em jogo.
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