Opinião > É preciso racionalizar o debate sobre planos de saúde Voltar
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Os planos de saúde irão acabar . Hospitais ,laboratórios e centros de imagem(rx, CT,US...) engolidos por grandes conglomerados e fundos de investimento. Quando estes virem que o negócio tem baixa lucratividade e alto risco , vão embora. No mÃnimo 20% da população vai pro Sus. AÃ, esta cornucopia chegará ao fim. Todos sabemos disto mas deixamos de discutir o problema- fica ao proximo. A origem : nossa constituição utópica de 88. Quando vamos ter coragem de perguntar quem paga e pelo que?
A discussão proposta é positiva, mas como todas as anteriores, quem sairá perdendo são os beneficiários. Eles não tem uma representação efetiva e com credibilidade. Assim, estão à merce de lobistas, posições com viés, nada isentas. Pedir a compreensão para um beneficiário que gasta setenta por cento de sua aposentadoria com isso é de um cinismo cruel.
No Brasil três poderes e setores do ramo privado só visam obter para si mpostos a qualquer custo, extinguir direitos dos trabalhadores e cidadãos e lucro absurdo com a saúde do povo. Tabela do IRPF e planos de saúde são os maiores sugadores da renda do trabalhador.
Por que há pouquÃssima oferta de planos individuais? Porque só no coletivos se pode reajustar do jeito que o diabo gosta sem transparência nenhuma, só alegações abstratas de insumos e tecnologias, que ninguém verifica. ANS, dizem, é tomada por executivos aliados dos planos de saúde. Tá tudo dominado! E os que desembolsam fortunas p essa medicina privada quando precisam de fato dos serviços precisam passar por uma via crucis.
Concordo com o autor. PoderÃamos começar debatendo a quantidade de verbas públicas que o setor consome. Todos os gasto em saúde são dedutÃveis do imposto de renda e pelo montante de incentivos fiscais dados à s empresas bilionárias. TerminarÃamos chamando a atenção de que o maior indicador de saúde é a renda, o que transforma o setor privado em provedor de espetáculo tecnológico e mimos de hotelaria, já que cuida de pacientes ricos, que são muito menos doentes do que o setor público.
Há que se preparar o terreno para racionalizar o debate sobre os planos de saúde como proposto pelo seu novo representante. Essa preparação começa com a maior efetividade da ANS e do ministério público na fiscalização das manobras de alguns dos principais planos de saúde para inflar seus custos através da compra superfaturada de insumos e serviços de empresas direta ou indiretamente conectada a eles, visando justificar reajustes abusivos e absurdos nas mensalidades dos usuários.
A ANS sempre foi tomada pelos planos e provedores de saúde. Não regula nada, é simbólica. Quanto ao ministério público, eu me lembro muito bem de Congressos de Magistrados no Club Med em que a Amil financiava, com uma garrafa de whisky em cada mesa em todas as refeições. Devem fazer o mesmo com procuradores.
Marcelo, se isso é tão escancarado, inclusive por ser estrutural, por que a ANS e o ministério público dormem há anos sobre essa vergonha que assalta nossos bolsos? O Congresso, financiado pelo lobby das operadoras, segura a reforma e moralização do setor?
Perfeito, no Brasil o setor suplementar é verticalizado, atua no plano de saúde e na provedoria. Essa estrutura permite criar situações exatamente como você descreve. Se quem paga é o mesmo que recebe dá para manipular desde o que se oferece aos usuários nos hospitais próprios, privando da livre escolha do mercado, até a contabilidade para justificar aumentos abusivos dos preços, como sempre ocorre, em que os reajustes superam o dobro da inflação, alegando inflação diferenciada do setor.
Prezado Seu Guilherme, pra tornar crÃvel que o principal objetivo do mercado de saúde privada seja "desafogar e desonerar o SUS", não bastará voltar dois ou três séculos: parta logo pra ignorância e retorne a Adão e Eva - no mÃnimo, partamos de Noé e o dilúvio. Tá difÃcil.
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