Joel Pinheiro da Fonseca > Se a democracia requer virtude, estamos condenados? Voltar
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o problema é que os eleitores-massa não lerão seu texto e os eleitos caçoarão dele. sim estamos condenados.
Não raro, Joel, sinto um hálito MBLista nos seus artigos, um ranço de garotão neoliberal procurando seu lugar no mundo, teimoso em concordar que a canoa daqueles tempos estava furada. Apesar disso, me divirto e matuto o que vai pela sua cabeça ao ler os brutos o execrando, não raro a bordo de um português claudicante e ignorando suas credenciais acadêmicas por sequer se darem ao trabalho de ler a descrição das mesmas no topo da coluna. Espero que você também sorria, ao menos de incredulidade.
A nossa formação está muito ligada ao "ter". Está fora de moda a comunhão. Se isso não mudar, seja qual for o regime, não haverá justiça social.
"Ou aprendemos a formar melhores cidadãos, ou caminharemos para o fim da democracia." Disse tudo! O grande problema é: - Que tipo de cidadãos queremos? Os que lutam por uma sociedade mais justa ou os que cobiçam riquezas próprias?
Joel é muito preparado, mas o tema é ingrato e ele acabou desfilando platitudes. Ele pode e vai fazer melhor quando assumir que tem viés e que não é um hiper liberal fanático. Dá-lhe Joel.
O debate acerca da democracia polÃtica não pode ser feito de forma isolada. 1.0 É preciso compreendê-la como faceta fundamental de uma totalidade dinâmica, complexa e contraditória. 2.0. A preservação da ordem democrática passa pelo estabelecimento de avanços econômicos, sociais, culturais, educacionais e sanitários substanciais e significativos. 3.0. O recrudescimento das contradições produzidas pelo capitalismo produz um cenário objetivo perigoso para o ressurgimento da tirania.
O importante é definir prioridades. Conseguimos nos livrar da hiperinflação há 30 anos. Qual a grande prioridade hoje? Acho que não há consenso. Para mim é zerar o deficit nominal.
A democracia não é marca de virtude. Um cidadão pode acreditar com excelentes razões que a democracia se tornou disfuncional e que a única saÃda é trocar liberdade por estabilidade e previsibilidade. A polÃtica se transforma, para essas pessoas, na espera de um PrÃncipe virtuoso que possa unificar a sociedade mediante o uso arbitrário da força. Isso não é imoral, nem irracional, nem bárbaro. É o contrário de tudo isso. É preciso reler os clássicos, mas agora com radicalidade.
Um prÃncipe vicioso tem muito mais possibilidade de justificar o uso arbitrário da força.
A democracia como a conhecemos é posterior à II Guerra, Hernandez. Como você classificaria hoje um paÃs que proibisse as mulheres de votar? A regra na história da humanidade é o poder absoluto se impondo pela força em favor da paz e da estabilidade.
Não, Alberto. Não entendi assim, até porque não é isso que o Joel está querendo dizer. Quem disse isso fui eu.
O sr entendeu da coluna que o autor está a espera de um prÃncipe virtuoso? Pobre Joel, mas boa parte da culpa é dle mesmo.
O que o poder tirânico nunca ofereceu foi estabilidade e previsibilidade. O poder tirânico é guerra permanente contra os pretensos inimigos internos e externos. O epitáfio da democracia liberal já foi escrito várias vezes, mas quem morreu foram seus coveiros.
Bigodinho convenceu os alemães disso e deu no que deu. Não é assim que a banda toca. Quer liberdade irrestrita, tem alguns paÃses no mundo em que seus brilhariam.
Você só não disse que a não aceitação de uma democracia liberal, mesmo com todos problemas conhecidos, está se dando por um debate baseado em massificação de mentiras e pós verdades. O que você chama de liberdade de expressão, mistura crÃticas, legÃtimas, e mentiras, muitas das vezes absurdas. Eu entendo que vocês descobriram a mentira sistemática nas redes como caminho das pedras; afinal, ou não dá nada, ou paga-se indenização de mÃseros reais, ou quando dá prisão, acusam de ditadura.
As regras básicas que ainda não foram respeitadas: Não causar dano ao próximo para satisfazer a própria cobiça. Os povos devem ter como metas a continuada melhora das condições gerais de vida e o empenho em aprimorar a espécie humana. A democracia das aparências e a miséria aparente são os resultados da falta de convicção na imperiosa necessidade desses dois postulados.
Distorcer a lógica pode! Frente a uma tentativa explÃcita de subverter a democracia por parte de um setor da elite polÃtica, aquele setor que prosperou com a chegada de Bolsonaro ao protagonismo polÃtico, o colunista põe toda a culpa na falta de virtude da plebe. É um elitismo tosco.
Não tem talvez nem meio talvez. Não é alguém que vai tirar fulano do jogo democrático, é em parte o judiciário, como quando estabelece a inelegibilidade, e em parte o próprio eleitor que no transcorrer do jogo democrático perceba quem são os inimigos da democracia. Isso nada tem a ver com tempos excepcionais, deve decorrer do funcionamento normal das instituições.
Você talvez tenha razão, Alberto. Mas teremos dar a alguém o poder de dizer onde começa o ataque à democracia e quem será banido do espaço público. Talvez você não perceba até que ponto as tensões da época que nós vivemos o levam a concordar com quem você acha que está do lado oposto. Você reconhece que vivemos uma época excepcional que exige medidas excepcionais. Esse é o passo decisivo. A partir daÃ, vale tudo.
Nós quem, cara pálida? As pessoas que são contra a democracia devem ser postas para fora do jogo democrático. As que atentaram contra a democracia na cadeia. É simples.
Talvez tenhamos que olhar com mais humildade para nós mesmos, Alberto. A democracia não é um valor universal e as pessoas que são contra a democracia não são monstros. Estão reagindo a uma crise que todos nós reconhecemos e para a qual nenhum de nós tem uma saÃda viável.
Perfeito. É a total des-virtude!
Desde os tempos de Platão e Aristóteles, pensadores têm discutido o papel da virtude na vida pública e como ela sustenta as fundações de uma sociedade justa e próspera. Aristóteles via a virtude ética como essencial para alcançar o bem-estar individual e coletivo, argumentando que uma cidade-estado ideal seria aquela onde os cidadãos agissem virtuosamente por escolha própria, levando a uma vida de excelência. Já pensadores modernos, como James Madison, reconheciam a necessidade de controles.
Que bobajada! Rebuscado, de citações sem reflexão, sentido, buscada nos sites de frases. A folha tem a sua cota de idiotas
Que arrogância!
E leitores deselegantes.
Quando o sectarismo irresponsável domina não temos a verdadeira democracia e a necessária troca dos poderosos no poder. Um ex presidente queria permanecer na marra e o atual está por aà há mais de 20 anos. Vamos esquecer este sectarismo e oxigenar a República. Muda Brasil.
Gilmar, A terceira via era a Tebet, gente nova no pedaço que abordou na ocasião muito bem as "virtudes" dos dois candidatos na frente. Depois optou por uma gestão de frente única que nunca foi formada e ficaram o núcleo de sempre com algum acréscimo fisiológico.
O atual está aà há menos de 2 anos. Se quisesse quando tinha prestÃgio, teria tido o terceiro mandato. Na Ãndia o mandatário vai para o terceiro, para o mundo está tudo bem. O atual seguiu a regra, e quebraram regras pra impedir que voltasse. O cavalo de pau legal quase custou a democracia, ainda não nos livramos de quem quer dar fim nela. A eleição do atual é uma barreira de contenção que sofre pra conter os fascistas locais, agora agindo abertamente com seus pares no exterior contra o paÃs.
Quem mandou vc votar em bolsonaro? se tivesse votado em outro a chamada terceira via tbm não seria o Lula, se fosse outro? vc teria a mesma opinião?
Só discordo de um ponto: "Hoje vemos a real democratização do debate público, graças às redes". As redes não promovem o debate, apenas criam bolhas de radicalismo que se autoalimentam de preconceitos, desinformação e ódio. Na verdade, elas impedem o debate entre contraditórios, como sempre fez por exemplo a imprensa tradicional.
É o único ponto com o qual concordo. Claro que tudo o que é novo levanta questões inesperadas. Mas sair culpando a plebe ou os idiotas (reais ou supostos) é um movimento tolo e esperado de parte das zelites que querem fugir à responsabilidade de regular o debate. É tão inconsistente como culpar os eleitores pelos problemas da democracia.
Os algoritmos favorecem o debate entre aqueles que concordam com uma visão de mundo centrada no próprio umbigo. Como disse Umberto Eco, "a Internet deu voz aos imbecis".
Essa talvez seja a maior contradição dessa tentativa frustrada de convencer o leitor sobre a falácia destrutiva: "Hoje vemos a real democratização do debate público, graças às redes".
Dos escritos deste moço, só espero o vÃdeo do Paulo Ghiraldelli pra dar risada .
A DEMOCRACIA LIBERAL NÃO É JUSTA, pois possibilita a ingrata "mais valia" contra os trabalhadores, mantendo altos nÃveis de desigualdades sociais, que resultam em criminalidades urbanas. Por outro lado, com a Constituição enfraquecida pelas costuradas dos pifios polÃticos, a classe polÃtica facilita a "ascensão de oportunistas" sentarem na cadeira da presidência da República, sem capacitação e sem projetos de governo e sem os norteadores planos de estado. É uma espécie de declÃnio caminhando...
Dessa vez não achei o texto absurdo como tantos outros. Mas é meio chover no molhado, falando quase só obviedades abstratas. Não tenho nenhum pb com o abstrato. Mas na é necessário tanto para apenas dizer: para termos uma sociedade melhor precisamos de membros melhores
Democracia exige diálogo, empatia, respeito por visões diferentes e capacidade de articular e alcançar acordos. Isso demanda alguma sofisticação intelectual, desenvolvida pela adequada educação e pelo convÃvio fora das “bolhas”. A polarizações e calcificações decorrentes de crenças e visões de mundo geradas por sectarismos, em grande parte estimulados pelas redes sociais, está a destruir a teia da democracia liberal ocidental e a estimular a aparição de regimes autoritários e repressivos.
Perfeito o comentário, parabéns, penso assim também
Penso ser por aÃ, José! Grato por colocar melhor!
Os membros da elite costumam citar autores dos séculos dezessete e dezoito para explicar o mundo ideal deles porque foi quando as teorias filosóficas resolveram os problemas polÃticos da alta burguesia. Não conseguem ir além porque não querem. O mundo ideal deles é aquele, onde liberdade de expressão, liberdades civis, justiça imparcial, acesso a mecanismos financeiros e decisões públicas estavam restritas aos ricos.
"Reinterpretando leis para atingir objetivos polÃticos"? Seu antigo Ãdolo, Sérgio Moro, fez muito disso.
Quem defende o marreco não é sensato
Acusando o sujeito por ser sensato.
A democracia é ilusória. Não passa de mais um mecanismo de controle, como a religião. Dando a todos a ilusão de ter no seu voto a decisão sobre o futuro, o sistema, a máquina, a história se perpetua, sem oposição. Brigamos por migalhas como salário mÃnimo e direitos iguais, enquanto os poderosos de sempre, descendentes dos poderosos de sempre, seguem criando poderosos de sempre com seus bilhões acumulados e seu poder oculto de definir o destino da humanidade.
O homem vive em sociedade, portanto ninguém decide seu futuro. Nem mesmo os autocratas em suas autocracias. A democracia, até hoje, é o sistema com mais legitimidade (coletiva, por suposto) que se conhece. Já se fazer de vÃtima eterna do sistema dos poderosos, também é uma conversa antiga, e meio cômica.
Isso! Uma parte deles, filhinho de papais famosos, além disso tudo o que você falou, arrumam umas boquinhas na mÃdia para exercitarem seu filosofês de baladinha, sim porque mem em botecos vão. Ah! E por falar em "reinterpretar leis", seu mito marreco é bom nisso, né joelzinho?
Tudo é ilusório. Variações da ilusão submetem-se ás aspirações e decisões de cada indivÃduo.
Os poderosos de sempre... Quer apostar que você bate palmas para o atual representante maior do clã Caiado, que mandava em Goiás ainda no tempo do Império? A Democracia é mesmo o pior dos regimes, com exceção de vários outros que já se tentou por aÃ, né? Quer melhorar? Ajude a convencer as pessoas a não votar nos poderosos de sempre.
É isso aÃ. Os grandes defensores do sistema falam como se os eleitores tivessem votado em deputados da turma do Lira porque são a favor de que os deputados gastem bilhões e bilhões em emendas parlamentares sem controle nenhum e de interesse pessoal deles. Ninguém prometeu isso em campanha. Aà quando usa o poder em benefÃcio próprio, dizem "ain, o povo escolheu eles, o povo votou assim e decidiu".
A folha papagaio em cada coluna sempre com o uso da palavra ilusória e fantasiosa "democracia" sem parar, como se fosse verdadeira no brasil.
Os comentários comprovam mesmo que ninguém quer saber da virtude, conceito cuja apreensão exige capacidade cognoscente, como ler e entender um texto. Meu cachorro reage assim, abana o rabo ou rosna de acordo com seus códigos internos, pouco decifráveis para a mente humana. É o que faz hoje a população brasileira. E ainda se quer falar da virtude.
Ricardo, a virtude para os iluministas franceses era um conceito universal, colado da República Romana. Robespierre até usou a palavra para qualificar o terror. Mas concordo com você, hoje é conceito para um breve debate, e virtude cada qual usa como quer, como o Robespierre. Roubar e não ser preso, cometer um crime perfeito, é virtude, para quem o praticou. Temos inclusive dois lados opostos e autovirtuosos, na polÃtica rasteira brasileira.
Virtude, Celso, é um conceito que varia até com a Geografia, portanto, é muito bom de debater, porém, é só.
Sim, eu li o texto a ele, que abanou o rabo.
Não tenho dúvidas que seu cão é muito virtuoso e fiel a sua virtuosidade.
Texto preconceituoso aos infortunados! Qualquer disputa se faz necessária por barganhas eleitoreiras em retaliações democráticas.
Raso. Joel simplesmente não tem as ferramentas intelectuais para diagnosticar ou analisar o problema que ele vê, então fica nesses lugares comuns. Ir além exigiria criticar o capitalismo, ou talvez ler ou citar algum autor que viveu nos últimos 200 anos. Joel poderia também fazer a autocrÃtica que ele adora exigir dos outros e ponderar o papel da mÃdia de direita nesse processo. Mas, sejamos realistas, considerar qualquer ideia que vem de fora da bolha neoliberal é proibido.
O texto do Joel parece escrito pelo chat gpt do Musk.
E da bolha peteba, é permitido ?
Se democracia é a separação entre os poderes e se o planejamento, execução e ajuste referem-se ao legislativo, executivo e judiciário. O projeto planejamento, execução e ajuste só funciona com coesão. O Projeto não tem sinergia e só dá prejuÃzo ao cidadão.
Joel, não esqueça qua a democracia somos nós, e virtudes você não demonstra que tem.
O montante de votos dados ao dhemente em 2022 mostra que a virtude está longe de prosperar neste paÃs. Estamos condenados a um longo tempo de trevas e iniquidades.
Alexandre, Allia jacta est et consumatus sumus cum falus magnus.
No mundo, infelizmente, esse tipo de gente está prosperando, enquanto o bom senso e a conciliação choram no cantinho.
Democracia requer honestidade intelectual, participação popular, inclusão social, educação e saúde de qualidades, o mÃnimo de igualdade entre as pessoas, respeito à diversidade, e menos blá-blá-blá que não sabe se posicionar.
É saber que, nem sempre, o bom senso é senso comum.
Você cita o senso comum de bom senso. O que é, para você, saber posicionar-se ?
O empreendedorismo neoliberal e religioso aprisionou a maioria dos indivÃduos em si mesmos. Não há desejo de compromissos coletivos. O sujeito e seu bem estar/consumo é a medida de todas as coisas. Qual quer ideia ou movimento que se contraponha a isso é combatido, odiado, cancelado ou morto! É a morte do ideal democrático e republicano.
Caro Derlan, até penso que empreender é positivo, mas estou de pleno acordo de que não há mesmo nenhum compromisso coletivo. O fulcro nos dias atuais é o acúmulo, e o sucesso do cidadão ou não é medido por ele. A matéria nesta Folha sobre o rito de passagem dos herdeiros de bilionários confirma a tese acerca do assunto.
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