Vera Iaconelli > Quem é mãe nos casais homoafetivos? Voltar
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Inventaram a figura de casal homoafetivo e após, para dourar a pÃlula, deram-lhe o direito de adoção. Maravilhoso mundo moderno. Direito natural, toda criança tem que ter pai e mãe, o resto é da cabeça de alguns iluminados.
Esse seu martelar, reiterado, na figura da mãe, do pai, da famÃlia, em geral, revela um profundo ressentimento, talvez recalque, com a instituição famÃlia.
O que vc queria que uma psicanalista escrevesse? Que sujeito pretensioso. E maçante.
A articulista pinça casos atÃpicos, anômalos e até esdrúxulos da riqueza que é a experiência da vida e quer, com isso, legitimar figuras tortuosas de pai e mãe. Exceções existem em qualquer área ou aspecto da condição humana e da natureza. É até absurdo dizer que exceção não é regra; toda regra tem exceção; é a exceção que converte tudo o mais em regra. Alguém pautar e apostar todas as suas fichas em exceções é como viver esperando acontecer a Lei de Murphy.
"Não precisamos inventar uma mãe onde ela não existe nem criar hierarquias da maternidade pela via da genitoridade. Precisamos só aprender a amar mais e melhor os que dependem de nós." Tudo muito bonitinho, e, como reza a letra da música "Você não soube me amar": 'Tá tudo muito bom (bom)/Tá tudo muito bem (bem)/Mas realmente/Mas realmente', a vida não é assim.
Esse discurso aparentemente bonitinho e cartesiano não é o que se vê no mundo. A teoria na prática é outra. O inconsciente fala mais alto: os arquétipos, como diria Carl Jung.
A articulista, como pessoa que conhece as raÃzes (pelo menos em tese) das frustrações e mazelas do inconsciente, reconhecerá o tiro certeiro que são meus comentários. Ela abomina o conceito de mãe. Repudia mesmo até a própria palavra "mãe", preferindo um termo neutro: genitor. (continua)
Belo texto, Vera. Quando você interroga quem esteve nos momentos de desamparo, a primeira pessoa que me vem é meu irmão mais velho, uma pessoa muito generosa. E agora, por essa lógica, penso que ele me maternou muito.
Um pouco irracional a lógica da autora. Num casal homoafetivo, ninguém faz papel de pai ou de mãe. Exercem seu papel de famÃlia acolhedora, amorosa, responsável que em muitos casos não vemos em casais cis. A rotulagem é a pior praga social, pois é através dela que emergem os preconceitos. Ponto.
A heteronormatividade compulsória é sempre Carlos.
Não consigo fingir que homem que casa com homem e mulher que casa com mulher é normal. tenho pena dessas crianças. Podem criticar a vontade.
Os tempos são outros. Cada um tem sua opinião. A vida das pessoas não é regido por opiniões mas por ações. Pronto, critiquei.
DB - pesquisas e estatÃsticas sem citação e comprovação da fonte são apenas opiniões isoladas.
Você deveria ter pena das crianças abandonadas em abrigos e orfanatos à própria sorte.
Foram feitas pesquisas demonstrando que crianças criadas por duas mulheres têm desempenho escolar e de aprendizado superior. Como as estatÃsticas mostram, a presença masculina nem sempre é garantida. O q mais tem é criança criada por mãe e vó, vó e tia etc e no caso dos casais homoafetivos, duas mães e assim está tudo caminhando. Não sei pq tantos homens se preocupam com o "prestÃgio" de um papel paterno que no fundo a maioria não quer e não colabora, mesmo qdo casados com a mãe da criança.
Direito natural da vida: Toda criança tem direito a pai e mãe.
Fala isso para os pais que abandonam ou não ligam. Falar aqui nesse contexto é só pretexto para destilar misoginia e homofobia.
Em casais de mulheres, ambas podem ser consideradas mães, especialmente se uma delas der à luz a criança e a outra adotar legalmente a criança ou compartilhar responsabilidade parentais de outras maneiras. Algumas famÃlias podem também usar termos especÃficos para diferenciar as funções, como mãe e mamãe, mas isso varia de acordo com as preferências pessoais. Em casais de homens que decidem ter filhos por meio de barriga de aluguel ou adoção, normalmente os dois são chamados de pai.
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Carl Gustav Jung, pai da psicologia analÃtica, chamou de função materna e a função paterna. Paternar e maternar são funções que podem ser exercidas por pessoa de qualquer sexo, inclusive uma única pessoa pode exercer as duas funções, como em muitos casos de criança educada somente pelo "pai" ou pela "mãe".
Para mim, a pergunta ficou sem resposta conclusiva, principalmente em se tratando de casais masculinos
Eu só sei que a falta de uma figura paterna estraga a cabeça de meninos e meninas. Por isso temos uma geração Z tão estragada...
Débora, na humanidade, as pessoas boas não são maioria, seja de que sexo for.
O que mais tem são relatos devastadores de como o pai pode escangalhar a cabeça dos filhos, seja pelo abandono, indiferença ou violência. Acredito que bons pais não sejam a maioria. Metade se tanto e olhe lá.
Eu não tenho opinião sobre essas coisas. Não me sinto a vontade para traçar uma fronteira tão precisa entre o que é biológico e o que é sociológico. Sinceramente? Não sei!
Comentário sincero e de muitas pessoas.
Estou contigo. Eu, com 22 anos de clÃnica psi e mais de 40 em ensino superior, também não tenho posição formada sobre o assunto. E nem sei se estou aprendendo. Tempos complexos e sombrios vivemos.
Talvez o comentário mais lúcido por aqui!
CarÃssima, estou contigo nessa. Entretanto penso que se deveriam virar umas duas ou três gerações e a partir dessas experiências tirar conclusões.
Complexo e interessante. Essa questão do "papel social" está intimamente ligada à questão cultural, construÃda tijolinho por tijolinho, porém não podemos perder de vista uma outra construção determinante no direcionamento de nossas afetividades, bem como de nossas ações - subjetividade. É nesse emaranhado de urdiduras que podemos vislumbrar uma compreensão de nossas propensões, e o cuidar/educar deve ser inculcado a tod@s n@s. Afinal, as pulsões nos habitam.
Vai faltar divã.
Texto muito correto e deveria ser bastante lido. Ainda não havia pensando com cuidado como a diversificação da famÃlia pode colaborar com a liberação da mulher.
As crÃticas aqui dirigidas à articulista são infundadas. Mãe e Pai são definidos pelas genética como ciência, pois jamais o homem deixará de ter cromossomos XY e a mulher XX.É ciência e não opção nem orientação sexual. Num momento em que o homem quer sobrepor-se à Natureza (Deus), temos dificuldade em comentar tais assuntos, pois podemos ser taxados de homofóbicos ou coisa que o valha no linguajar atual. No entanto, a ciência não fará o homem engravidar nem a mulher engravidar outra mulher.
A ciência também não pode fazer que uma grande parte dos pais assumam suas responsabilidades meio a meio ou mesmo não abandonem os filhos. No final, o que fica mesmo é uma mãe solo (ainda que casada) e uma avó ou outra integrante feminina da famÃlia. Então, me desculpe, mas o incômodo é de fundo homofóbico ou de fundo supremacista masculino quase sempre. Quanto aos cromossomos, além das variações (XXY, X0, XYY, XXX etc), estudos cientÃficos já mostram que o cromossomo Y tende ao desaparecimento.
Precisamos fugir de paradigmas limitantes; não é só no quesito maternidade não, ainda no exemplo de casal ou dupla homoafetivo, me parece que não existe a ditadura do homem ter que ser mais alto que a mulher, mesmo porque, não se sabe quem é quem; o que não acontece num casal hétero, quando o homem é mais baixo, muitos servem de chacota no meio em que vive e infelizmente ainda
Você fala de paradigmas limitantes e apresentou dois: definiu casal homoafetivo como casal ou dupla. Pode dizer casal. Por fim fala de não saber "quem é quem" (homem ou mulher). Não tem quem é quem. São dois homens ou duas mulheres. Essa história de tentar definir quem é "homem" e quem é "mulher" é muito normativo e aprisionador, até para casais heteros, em que essa divisão é quase sempre feita de forma a oprimir e limitar a mulher.
Que texto horrÃvel. Como pode uma profissional da mente humana querer se levar a sério baseando-se em neologismos identitários e nas expressões ocas do ativismo personificado numa sopa de letrinhas. Qual é a relevância de ser “mãe” numa relação ditada por um afeto que terá que superar este personagem?
Concordo. Mais uma vez me expresso: ninguém quer o papel de ninguém a não ser o seu próprio. Se a intenção da autora era clarear mentes em dúvidas, conseguiu confundÃ-las mais ainda.
Claro, posso sim, quem perde tempo lendo o artigo tem de sobra para se importar lendo os meus comentários. Vou preparar um adendo, fica por aqui que logo eu postarei. Garanto que será interessante.
Interessante! Se puder, fale um pouco mais a respeito.
Melhor procurar dar carinho e atenção e não se preocupar com o titulo!
Veio aqui só para bostejar, já pode ir embora. Missão cumprida com sucesso!
E se deu ao trabalho de se manifestar?!?!?
Homofobia expressa é crime.
Quando Vera Iaconelli se abre para a diverdidade com sua compreensão aguçada acerta com grandeza quando se deixa levar pelos alinhamentos normativos fica com cara de professora inquestionável, não gosto dessa parte. Reconheço a sua relevância de forma não absoluta.
Com poucas perguntas, e frases curtas é possÃvel saber que uma criança é carente de pai, mãe ou ambos. Não há essa do homoafetivo ou hétero. É sorte ou não, se ter caÃdo numa famÃlia amorosa. Já conversei com jovem rico, que diz ter tudo que pede, menos colo, carinho e conversa. Se a pessoa não ama nem a si própria, como vai transmitir amor filho.
Declarar o que o texto gerou é dizer sobre os gestos de cuidados, afetividades e educacionais que nutrem a humanidade. A Antropóloga Profa. Claudia Fonseca nos apresenta a importância do acolhimento familiar e a presença do amor, este sim fundamental, assim como a excelência de seus trabalhos.
Claro que crianças podem ser cuidadas por homens. Isso tem acontecido ao longo da existência da nossa espécie, apesar da influência da seleção natural, implicar (para esta tarefa) maior habilidade por parte da maioria das mulheres quando comparada à maioria dos homes. Aliás, a autora deveria estar atenta ao que escreve, pois quando cita "centenas de anos" deveria ter citado centenas de milhares de anos.
Se filhos cuidados apenas por casais héteros fossem sinônimo de pessoas adultas mais resolvidas, não terÃamos menos guerras e lares destroçados? Sim, o que falta é realmente amar, e, respeitar, inspirar. Uma das melhores formas de ensinar a ser é Sendo. Quantas crianças aniquiladas em famÃlias, ditas, padrão. Por mais pessoas, independente de gênero, zelando por seres mais humanos!
Uma coisa nada tem a ver com a outra.
O ideal: uma boa Mãe nascida mulher. O resto é improviso. Ah, o importante é que haja amor. Sim, algum outro lugar comum? Ah, mas tem tanta criança orfã...Sim! Por que negar-lhe a possibilidade de um lar? Concordo.
O ideal é ser amado e bem cuidado. Uma “boa mãe nascida mulher” é uma alternativa, aliás a mais comum existente, o que não garante seres bem cuidados nem bem criados, como está aà o mundo, provando todos os dias.
Pobres crianças
"Não precisamos inventar uma mãe onde ela não existe nem criar hierarquias da maternidade pela via da genitoridade. Precisamos só aprender a amar mais e melhor os que dependem de nós." Será ??
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