Sérgio Rodrigues > Quem cobra o quê de quem? Voltar
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Muito bom, como sempre. Não sei se lê os comentários, Sérgio, mas aqui me despeço enquanto leitor. ImpossÃvel continuar como assinante de um jornal que dá voz à extrema-direita americana, trumpista e supremacista, em ataque a nossa soberania, e - mais - com manchete mentirosa, a incitar o bolsonarismo por aqui. Não dá mais p relativizar a linha editorial em nome de alguns pouquÃssimos articulistas. Espero reencontrá-lo em outros canais, um dia. Seus textos faziam parte da minha rotina. Abraço.
Aliás, acabo de ouvir na rádio CBN a matéria sobre o episódio da sobrinha que foi com o tio morto numa agência bancária no Rio, onde o repórter dizia que um dos crimes cometidos pela sobrinha consistia em " tratar com vilipêndio o cadáver de um homem morto". Primorosa essa, não?
Excelente.
Indução ao erro, na linguagem informal com amigos, conhecidos... é aceitável um uso fluido da lÃngua. No entanto, no texto formal (uma redação acadêmica, documentos e um artigo de jornal) preza-se sim a Gramática Normativa, pois é o que padroniza a comunicação entre todos os falantes do idioma. Até porque numa redação, um aluno não pode escrever da forma que convém, mas como o professor corretor vai entender e base é a Gramática. O que o Manual da Redação da Folha diz sobre isso?
Se a pessoa entende o que tá escrito, o problema é só de quem lê.
...como eu disse num comentário anterior: "AÃ, pessoal, agora vale tudo mesmo!"
Só não podemos comprometer a semântica, tampouco gerar ambiguidades.
O verbo cobrar pode ser classificado de várias maneiras, dependendo de seu uso em uma frase. Transitivo direto quando significa exigir pagamento de algo: Cobrar o aluguel atrasado. Transitivo indireto quando significa exigir algo de alguém, acompanhado de uma preposição: Cobrou do inquilino o pagamento do aluguel. Transitivo direto e indireto, quando significa pedir uma explicação ou conta de algo a alguém, exigindo uma ação ou informação: Cobrou do filho uma explicação sobre as notas baixas.
Como sabemos, a lÃngua é viva e mutante. Mas, à s vezes, surgem aberrações que páginas de jornais não deveriam tolerar. Esse caso do verbo cobrar em manchetes mais parece preguiça. Escrever bem dá trabalho. A turma parece não querer isso. Ou será que é só ignorância?
É exatamente essa a questão. Qualquer modismozinho é imediatamente tratado como contribuição para a lÃngua portuguesa, pois, afinal, ela é viva e mutante. Não se espera a consagração pelo uso ao longo do tempo. Quem ousa questionar é tratado como retrógrado - para começar...
A Maria Cristina falou em modismo. Faz sentido. Tanto que, à s vezes, essas coisas surgem, ficam pouco tempo em uso e, depois, somem. Logo são substituÃdas por outras mais moderninhas. O que não some nunca é a preguiça ou a ignorância. Jornalistas não têm direito à preguiça e os chefes deles não têm o direito de contratar os ignorantes.
Acho que é por modismo. Ouviu alguém falar de um jeito diferente e já vai atrás, para ser moderno, up to date, cool, mas eu aqui desconfio que debaixo desse modismo tem uma ignorância bem sólida.
Tá bom, tá bom, tá bom Sérgio, pó pará de cobrar, já entendi! Eu sei q eu falei q ia comprar a Gramática do Vieira e Faraco. Tudo bem q eu tenho uma gramática velha do Faraco, mas depois de tanta cobrança! Esse negócio de cobrador na porta da casa da gente, ou, no portal do jornal da gente é f... viu. Posso estar enganado, mas esta coluna é uma forma subliminar de cobrar pelos frascos de preciosas doses de cultura e toques do português q você oferece para degustação.
Mas por favor Sérgio, vê se não vem esculhambar, não vem falar: É acho que cê tá precisando mesmo da gramática do Vieira e Faraco... ra ra ra ra Rafael.
Acho "namorar com" horrÃvel. Acaba o romance.
Para mim, a lÃngua é levada pela ignorância.
Pode ser que pegue a nova regência de cobrar. Mas apresentar, nos dias que correm, os mancheteiros descuidados da fsp que produzem manchetes ao deus dará, como autoridade (mesmo que no uso do vernáculo apenas - desprezemos o conteúdo), é um passo ousado.
Como é gostoso ler os artigos do Sérgio Rodrigues! Não é fácil correr na mesma raia do Professor Pasquale (outro talento).
[Comentário aprovado pela Censura]
Em resumo, qualquer coisa escrita (nem vou dizer falado...) está valendo! É contra a mais elementar norma gramatical? Não tem problema, a lÃngua é algo em mudança contÃnua. Tudo fica para a consagração no futuro. Olha, eu entendo que pessoas falem de diversas formas, mas se é para aceitar qualquer coisa escrita a partir de argumentos deste tipo, seria melhor abolir o ensino da lÃngua portuguesa e passar para o final daquela música do Tim Maia: "Ei, pessoal, agora vale tudo mesmo!"
Obrigado pelas correções, Oliveira, terei mais cuidado em meus futuros escritos. Se fosse o autor do artigo a me responder, ele elogiaria minhas novas e criativas formas de escrita, que provavelmente seriam consagradas num futuro não muito distante...
Em “[Â…] argumentos deste tipo”, você deveria ter escrito “desse tipo”, porque a forma deste só se deve utilizar para catafóricos ou para recuperar termo imediatamente anterior, em confronto com outro, mais remoto, para o qual se utilizará aquele. Em [Â…] e passar para o final daquela música [Â…]”, você se equivoca ao substituir fim por final. Mas, como se defendeu no texto a que você se deu o trabalho de comentar, a lÃngua é — sim! — viva. EÂ… tudo bem com seu texto, muito bem escrito, por sinal.
Bom dia, Luiz. Quer prova de que seus argumentos não se sustentam? Em vez de “Não tem problema”, segundo seu juÃzo, deveria ter escrito “Não há problema”, pois os puristas do idioma repudiam ter no lugar de haver em frases que tais. Em “[Â…] eu entendo que pessoas falem de diversas formas [Â…], deveria ter evitado a palavra formas, que os puristas do idioma reservam apenas para formas geométricas. ContinuaÂ…
A lÃngua muda .O que ontem era tido como incorreto, hoje passou a ser a norma, inclusive na lÃngua escrita, que é sempre, por natureza, mais conservadora. Esperemos.
O mesmo ocorre com o verbo “constrinir”.
???
Excelente artigo...
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