Ruy Castro > O rascunho da bossa nova Voltar
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Como seria o rascunho da nova música brasileira? Na arte a criatividade pode imaginar qualquer coisa. Você pode imaginar uma nova maneira de tocar violão; como um escritor de ficção cientÃfica imaginar que está viajando à velocidade maior do que a da luz. Mas a criatividade na arte pode caminhar junta com a ciência, podemos inventar novos instrumentos musicais brasileiros, ou intruduzÃ-los, como Caetano Veloso introduziu a guitarra elétrica na música popular brasileira.
João Gilberto era essencialmente um chato. Com um fiapo de voz, , quer dizer, sem ela, recluso, criou um tipo metido a excêntrico: não dava entrevistas, não se deixava fotografar, etc. etc. aà os bocós da imprensa, impressionados com a "novidade", elegeram-no gênio. Pronto!
Quanta heresia!
Muito criativo, Alcides. Próximo!
Enquanto o Brasil tiver o colunista, esse papo de que o paÃs não tem memória não cola. Vida longa, Ruy!
Se ele tocava violão deve ter percebido o ritmo como algo novo. A comparação com o camponês de Waterloo não é muito apropriada. Seria apropriada para mim que não perceberia nada de diferente.
Começar o dia lendo Ruy Castro é tudo de bom.
Hahahahah, cabra sabido, esse Seu PacÃfico. Inda bem que tinha a boa Ãndole gravada em seu nome, hein, Ruy? Uma esperteza desse naipe, se fôra Matreiro, imagina o que não faria? Hahah!
A bossa nova marcou a musicalidade brasileira, ouvida até nos EUA com The Girl from Ipanema cantada por cantores americanos. Qual será a nova sonoridade brasileira? Com nova modulação, entoação, batida, timbre, tom, afinação. Essa nova revelação trará a encarnação de quem somos e o que nos distingue como nação? Do Brasil mestiço cheio de ginga, genética e culturalmente fusionado, como a música de fusão? Tupi or not tupi that is the question. Será que o ChatGTP poderá responder a essa questão?
João Gilberto! Era meninota, morava em Cornélio Procópio, tinha um guarda-roupa, que a famÃlia levou na mudança de Brazópolis e depois veio para São Paulo, e hoje restou apenas o espelho. Ao ouvir João Gilberto,fazia as batidas de suas músicas nas portas do guarda-roupa. No sábado que João Gilberto foi para a eternidade, tocou na rádio Cultura de São Paulo. Penso que foi a última homenagem a ele,então vivo.
E temos o Roberto Guimarães, outro gênio, aqui em BH. E pelo Sambacana, entre outros grandes, também a Joyce Moreno deu muitas palas.
Nomes que devem ser lembrados e que devem ser resgatados. E não nos esqueçamos de Walter Santos e sua voz de veludo. Não foi esse bonfinense quem criou a Bossa Nova e a mostrou em Juazeiro a João Gilberto?
O nome faz justiça ao artista - Pacifico.
Excelente texto. Elegante e informativo. Parabéns! Essa é a praia do Ruy. Mas ele nem sempre fica nessa praia. Quer surfar em outras, nem sempre com ondas favoráveis. Fique no seu quadrado, digo, na sua praia. AÃ, você é o rei.
Ruy Castro é um homem livre, Sr Passeggi: ele sabe as praias que frequenta e quer frequentar. Dizer a alguém "fique no seu quadrado" não é lá coisa de gente muito bem educada. Erga quadrados para sua própria vida e viva de acordo com eles.
Bovino detectado...?
No livro do Ruy tem uma passagem no Hotel Financial, em BH, Quando o João Gilberto deu para um violonista cego, um violão especial, que não era dele. Era do PacÃfico, que ficou calado. Belos tempos.
Que delÃcia de texto. Vou imprimi-lo e colar na última página do livro em questão, pois poucos terão esta chance, uma vez que este texto só será publicado aqui. É o Linconl 31 do livro! Mas você poderia duplicar seus leitores se fizesse tal qual Élio Gáspari: escrever também n'O Globo.
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