Um dia desses, eu separo um tempinho e ponho em dia todos os choros que não tenho tido tempo de chorar. Carlos Drummond de Andrade

Mais um voto de amor platônico à articulista. Como gosto dela. Não tem pedantismo, uma Amélia intelectual no bom e heróico sentido, ao contrário de noventa e nove vírgula nove por aqui. Tente chorar também com Velas de Mucuripe, ou, saindo do Fagner, Galos, Noites e Quintais do Belchior. Não sei porque, comigo funciona.

Arrebatada de emoção!

Tati, vc nos acorda, agita e diz: ei!!!! somos humanos.

Viver, amar, sofrer. Amar, viver, sofrer. Sofrer, viver amar.

Sentindo falta dos textos da Tati. Ela chegou e chegou arrasando como sempre. Cultivando canteiros, regando vida nua e crua. Tati sempre!

"Disse um poeta um dia que a vida é a arte dos encontros, embora haja tantos desencontros pela vida. Eu me encontrei em teus desencontros e te encontrei em meus desencontros. Mas nada é por acaso nada é sem razão e no tempo certo, na hora certa fomos libertados das cadeias da solidão. Hoje somos livres, libertos pelo amor que nos um une desde o sempre até o FIM." Vinicius de Moraes

Dor de cotovelo ouvindo Canteiros com uma orquestra maravilhosa e Manassés+Fagner é outro departamento. Senti a sua dor, de leve, porque ela é sua, e já vou ver como posso assistir um show do Fagner.

" viver é uma questão de rasgar-se e remendar-se", Guimarães Rosa

Que texto profundo! Vou ouvir canteiros rsrs.

O espanhol é um dos idiomas mais românticos e belos que existem. Próprio para extravasar tristezas. Um navegante assim se expressou: (Johan Manuel Henriques Brgs) "Me hace recordar al gran amor de mi vida, aunque hoy no estamos juntos y se desapareció de mi vida, la sigo extrañando como nunca, esa Estrella que nunca más regresó." E outra: (pily Diaz) "este hombre fue como los mejores vinos, entre más añejo más sabroso." Até o prosaico "hotdog" soa romântico: "perro caliente".

Também odeio os elásticos das meias, junto com os elásticos dos shorts (embora sou magro). E organizo minha tristeza para evitar que vire desesperação. A pureza e a inocência das crianças colabora muito para aventar a tristeza. O unicórnio é símbolo fâlico, segundo Freud. Saudade de um marido e de um pai ? Quebrado como o casamento ? Não sei e não confio muito no inventor da psicoanálise, mas que o há, o há. Rsss.

Amar desesperadamente é carro sem freio, pule fora ou de um jeito de frear o carro

Quantas flores nesses canteiros! Belo texto.

Lindos, o texto de Tati e Canteiros. Nossas tristezas se juntam e transbordam, uma enchen-Tietê: carros desolados, chorando.

A versão original, fácil de achar on-line, é muito melhor.

Taaaati….

As vezes ando sobre folhas secas, desfolhadas, pra disfarçar a solidão.

A dor rasga o peito que explode em palavras e emoções dando vida ao Mito da Criação, que sempre nasce quando algo morre em nós.

Então, Tati. Esse problema aí, estabilizador de humor nem marido nenhum vão resolver. Só Deus.

E o kiko?

Ame. Só isso. O resto fica pra depois. Só ame.

Nem todo angu é de caroço. Limpar a alma assusta?

Doença

Tati, sua coluna de hoje me deixou triste e aos poucos , com o desenrolar da leitura , fiquei feliz de ver que todos, sem exceção, tem suas inseguranças, seus medos e encontram saídas, uns demoram mais, outros menos, mas encontram e pra finalizar, Canteiros do Fagner, que ouço desde 1982( + ou -) e é uma das minhas músicas preferidas. Valeu muito viajar no tempo!

A música é de Fagner sim, mas o poema que ele musicou é de Cecília Meireles. Leia Cecília Meireles, Tati. Beijo.

"Alcánzame la copa de tu pena Que yo quiero mirar su fondo oscuro No la bebas de golpe, te lo pido Saboréala despacio, y sin apuro..."

Puxa! Tirou meu fôlego. Muita dor, muita cor, amor e paixão desvairada em saudade.

lindo

Aqui vejo uma escritora madura, agora pronta para deslanchar. Gostei.