Vera Iaconelli > Esposas tradicionais e os feminismos Voltar
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São dois pesos e duas medidas. Tanto da Folha quanto dos leitores dito progressistas. Quando convém, a liberdade de expressão é ampla e irrestrita. Até para atacar a fé dos evangélicos, muito embora protegida pelo manto constitucional e constitua crime a intolerância religiosa. (continua)
(continuação) A regra de uso dos comentários é que só devem ser removidos quando incorrerem em crime. Definitivamente, meu comentário não foi homofóbico. Estou de consciência tranquila. Calar a voz dos que se lhe opõem é um instrumento de ditaduras e regimes autoritários, totalitários e de exceção. Era de se esperar.
Certamente escancara um mar de incoerência no discurso das antifeministas. As mulheres submissas que querem impor regras as outras. Como foi o discurso vergonhoso que aquela deputada do MA fez. As mesmas que querem submissão de outras mulheres quando nem mesmo elas são submissas. Assumem cargos de comando, mas querem que suas concorrentes sejam escravas. Puro suco da hipocrisia.
O feminismo também está libertando os homens do papel de provedor, permitindo que eles desfrutem de tempo e recursos para investir em si mesmos e seus hobbies. Os homens estão mais conscientes de como é limitada e ingrata a vida de um tÃpico pai de famÃlia.
“Entendo o feminismo……” estou longe de me alinhar com antifeministas que em resumo são defensoras do conservadorismo machista. Quanto ao feminismo me pergunto sobre alguns recortes e seus significados como no caso de J.K. Rowling e sua transfobia. Existem sombras a serem preenchidas com luz.
Toda a teoria psicanalÃtica de Freud foi pavimentada em mitos gregos. Inclusive, o famigerado Complexo de Édipo é todo calcado na peça Édipo Rei, de Sófocles. Psicanalistas ateus no Café Filosófico (Maria Helena Guerra e Carlos Byington) tentam explicar o ingresso do mal no mundo mediante o mito de Prometeu e Pandora, inclusive reconhecem a misoginia ali embutida. E por que os mitos gregos são mais legÃtimos que a BÃblia?
Os velhos argumentos "ad hominem". Já os esperava. Faço minhas as palavras de João Pereira Coutinho, colunista da FSP: "Escreve Taleb: 'Nunca se ganha uma discussão até começarem a atacar a nossa pessoa'. Comentário: Quando os meus crÃticos usam argumentos racionais, eu deprimo e medito onde falhei. Quando me insultam, sorrio com prazer e saboreio a vitória." Qualificativos depreciativos existem à saciedade. É bem mais fácil do que argumentar.
Quanta asneira!
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Entre gerar criaturas com seu pensamento e o extermÃnio da humanidade eu certamente prefiro contribuir com o segundo.
Retificando você: homossexuais podem gerar filhos; qualquer mulher aborta, progressista ou conservadora; conservadores também consomem drogas; conservadores advogam a monogamia mas traem sua mulher todos os dias e muitas a vezes a contaminam com as doenças venéreas de suas amantes. Muitos conservadores não deixarão prole. Portanto, tudo o que você descreveu também é visto em pessoas conservadoras que fazem tudo o que dizem abominar em pessoas progressistas mas de forma escondida.
Deixa de hipocrisia. A promiscuidade é prática bem conhecida de heterossexuais no armário, as saunas gays são frequentadas por muitos homens casados, os clientes das profissionais do sexo, principalmente, das mulheres travestis são homens casados. Nosso o amor é livre! Sim! Livres dessa opressão chamada heteronormatividade compulsória. O que há em nós que o incomoda?
Adorei a parte do "a maioria dos progressistas fuma maconha e consome outras drogas e advoga o amor livre". Conte-nos onde este estudo foi publicado, por favor, e quem o conduziu. Fiquei muito curioso. Ou diga se são aquelas vozes na sua cabeça.
Homossexuais não geram filhos? Mas cuidam de filhos gerados por heterossexuais melhor do que os pais biológicos! Uma tia minha não pode engravidar por problemas no útero. Ela adotou um menino e o criou, ela não é mãe dele? Denunciei seu comentário. Que desprezÃvel são suas falas.
Porque essa Deputada e a Dona Micheque não fazem o que pregam? Nem sei se essa deputada ainda casada. Se não for, é melhor arrumar um varão e formar a tradicional famÃlia cristã que ela prega. A Micheque, que sabemos, detesta o maridinho, jamais vai fritar um ovo para ele. Mas querem impor essas bobagens nas cabeças ocas de quem tem estômago para aguentar tanto absurdo.
Tema para reflexão: a senda para a vida de esposa tradicional e mãe de famÃlia terá sobre as mulheres uma atração semelhante à s drogas? Mesmo sabendo ou desconfiando fortemente dos efeitos colaterais negativos, muitas não conseguem resistir à tentação. E como geram mais filhos e filhas que as demais, esse tipo de caráter "feminino" acaba favorecido pela seleção natural.
Nossa, dessa vez você se superou.
Os conservadores hipócritas que tem uma vida devassa paralela deveriam ler mais Nelson Rodrigues. Todo moralista um dia será flagrado usando cinta liga e com a boca lambuzada de baton.
Anete, nenhum polÃtico presta. Parar no tempo? Já ouviu falar do Efeito Lindy? Tá no livro "Antifrágil" (Nassim Taleb). Lei de Lindy= Cerca de Chesterton. Resumo: não destrua o que você não entende! A história é o melhor juiz. Pra quem não é afeito a leituras mais densas, vai o prosaico conselho do futebol: "Em time que está ganhando não se mexe." Sem espaço pra mostrar as vantagens/desvantagens do conservadorismo vs. progressismo.
Tudo começa e termina nos preceitos bÃblicos. Há quanto tempo esses preceitos existem? Não dá para ficarmos aprisionados na idade média. Direito feminino para desejar, escolher e decidir. A vida deixou de ser - deveres a serem cumpridos, obrigações - famÃlia, casa, cozinha, maridinho e filhos.
Vera é a melhor colunista desse jornal
Acho que voltamos àquela questão básica: que cada um possa escolher a maneira como deseja viver, sem desejos autoritários de querer impor seu modo de vida aos outros. Isso aqui é civilidade. Por isso eu rio da moda "tradwife" quando ela anuncia esse modo de vida como alguma espécie de tábua de salvação da civilização ocidental. Também rio das feministas que, não satisfeitas em viverem a própria vida, saem apontando o dedo para a vida dos outros, dizendo: "isso aqui é fascismo, eu declaro!"
Acho q o desejo de impor valores e posicionamentos a outrem não é exclusivo dos conservadores, mas parece ser um fenômeno muito próprio deste inÃcio de século. Digo à s minhas filhas que os direitos individuais são fundamentais e devem se sobrepor aos coletivos, isso causa estranheza a elas. Há uma ênfase na justa luta contra a desigualdade que transforma o “coletivo” num fetiche. Então, dogma ético-ideológico se aproxima do dogma ético-religioso, adicionando ao ambiente polarizado.
Faltam-lhes "espÃrito livre".
Excelente reflexão! As mulheres que hoje gritam tradicionalismo estariam amanhã caladas, se seu desejo se realizasse!
Perfeito! Concordo plenamente.
O reacionarismos se encontra, como nunca, presente no congresso. Na falta de projetos e ideais, apegam-se às pautas de costumes. Muitas dessas pregadoras do retrocesso, da submissão, da beatificação das mulheres, o fazem em cima de palanques. Não possuem a generosidade de reconhecer o valor, a coragem e o desprendimento das que batalharam para conquistarmos o direito de ser alfabetizadas, de votar, desejar, estudar, profissionalizar, divorciar e efetuar escolhas.
O fubá antifeminista é carregado de agrotóxico, enquanto o angu da Vera é bem orgânico.
Não encontro palavras adequadas para expressar minha perplexidade frente à defesa irracional de valores da Idade Média para a vida em pleno terceiro milênio. A defesa incondicional da famÃlia tradicional não reconhece a realidade das mães arrimo de famÃlia que criam filhos de homens omissos e irresponsáveis. Com rarÃssimas exceções, a mulher se recusa a abandonar a casa e os filhos à própria sorte. A dignÃssima deputada envergonha o próprio mandato porque nega a realidade dos seu eleitores.
Ótima!
Boa noite D Dirce. No futebol a gente costuma dizer, pegou na veia. Foi o que a Sra fez agora.
Uma das "mães" do feminismo contemporâneo, Simone de Beauvoir, pregava o fim da famÃlia tradicional e "abolição" da diferença de gênero: "ninguém nasce homem nem mulher, torna-se uma coisa ou outra através de uma construção social". Não vejo, nas pessoas que pregam essas ideias estapafúrdias, a mesma tolerância que a articulista diz que tem com opiniões discordantes. Vejo-as, sim, doutrinando pessoas, inclusive crianças, numa sexualização precoce e nociva para suas formações.
Eu fico pensando, você discorda do que? Uma pessoa nascida no sexo masculino que se identifica com o gênero feminino e faz a transição, qual o problema? Onde isso te afeta e quem é você pra dizer o que outra pessoa pode ou não ser?!
Esposas, maridos, casamentos, sexo, polÃtica e ideias tradicionais são, erroneamente, considerados naturais - problema. Quanto a essas tradições, mais especificamente, à s esposas, que, em geral, são adeptas e praticantes do machismo, fico em dúvida se realmente é uma escolha. Considerando a construção da subjetividade, é escolha ou orientação?
É impressionante como tais figuras como essa deputada e a ex-primeira dama não ficam nem vermelhas ao levantar bandeiras antifeministas estando elas em posições de evidência e não subalternas aos maridos. Impressiona tb ver mulheres (e homens) apoiando essas manifestações sem se perguntar de que forma estariam elas discursando, se a luta feminista do passado não tivesse lhes garantido esse direito! São burrinhxs ou são hipócritas mesmo?!
Aos poucos, teremos que caminhar para um casamento especificamente voltado para a criação dos filhos e constituição de um patrimônio comum. Esse casamento deverá ser tão racional quanto possÃvel e indissolúvel. Paixão será coisa para a happy hour (dos dois, bem entendido). Casar agora, ter filhos, se separar e dividir os bens é um arranjo insustentável. Casamento é um arranjo civil, não afetivo. É um contrato. Exige confiança, não amor. [Submetido ao comitê de censura da FSP]
O feminismo proÃbe e ridiculariza as mulheres que escolhem, de livre e espontânea vontade, se dedicar à casa e aos filhos. Ou não?
Troca esse pneu, Michelin. Descoloniza já. Se as butch lerem teu comentário, não são tão pacÃficas assim, as placas tectônicas da hierarquia dos movimentos sociais que dizem.
Elas se dedicam à casa e aos filhos e quem se dedica a elas? Elas não são uma extensão do marido e dos filhos e sim, são pessoas com vida própria que precisam de uma carreira própria!
Me ajuda, Julio. Sou discÃpulo do presidengue Mu la e não aprendi a interpretar texto. Mas aprendi a ser machista e misógino com ele.
Você poderia fazer um favor a si próprio: releia o artigo, de preferência com alguém alfabetizado ao lado, para lhe dar uma força na interpretação do texto.
Gustavo, não é o feminismo que discrimina mulheres, é o machismo. Você não estaria confundindo?
Ok, Márcia, mas as mulheres que escolhem ser "do lar" são ou não são discriminadas?
A Vera explicou muito bem o que significa Feminismo, vale ler novamente. O feminismo não proÃbe nada à s mulheres, pelo contrário, requer justamente que elas tenham liberdade de decidir como querem viver. De preferência conscientes de que qualquer escolha que seja tem consequências.
Tem razão, a harmonia está no equilÃbrio e ninguém é obrigado a seguir a "moda" para dirigir seus sentimentos.
A colunista se lembrou a tal deputada. Como já devia ter mandado seu artigo para a Folha, não foi possÃvel mencionar a esposa de um certo imbrochavel, que ontem (provavelmente depois de ter lavado a cueca do amado e sacado um cheque do Queiroz), num comÃcio para alucinados, conclamou as mulheres para "serem femininas e não feministas".
O Formiga aà embaixo bem que poderia voltar aos bancos escolares. A primeira coisa seria aprender a usar dicionários, em seguida interpretação de textos.
O assunto não é polÃtico. Entende?
Por que tanto ódio nesse coraçãozinho?
Quando uma figura polÃtica vem a público manifestar um posicionamento tão questionável porque não questionar? Melhor, porque não forçar o debate público? Será que a imprensa está tão fragilizada e acuada que precisa evitar citar o nome do algoz para não promovê-lo? Não são os leitores da colunista que precisam deste debate e sim os eleitores desta figura.
é que citar os nomes impulsionam eles nas redes sociais... é melhor evitar. Os eleitores da figura não leem a Vera. Aliás, de vez em quando aterrissam uns por aqui, mas é só para xingar, eles não tem nenhuma intenção de debate em esfera nenhuma. O contraditório não é a especialidade deles.
Impecável. É um problemão essas correlações do seu próprio desejo ao que o outro tem feito do dele. Você poderia nos elucidar em algum momento sobre isso, Vera?
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