Maravilhoso, o artigo, como de costume!

Os brasileiros precisamos aprender com os tugas.

Me parece que, tirando o problema colonial, a ditadura portuguesa deixou um país mais bem organizado economicamente que a brasileira. Com a entrada posterior na união europeia, e a adoção do Euro, foi só correr para o abraço.

Extrema direita e esquerda estão causando o declínio de valores universais quando querem ditar o que podemos fazer, pensar ou falar.

De quem viveu a privação da liberdade - Vítor Frankl, o autor de Em Busca de Sentido - vem a citação: “A liberdade, no entanto, não é a última palavra. Não é mais que parte da história e metade da verdade. Liberdade é apenas o aspecto negativo do fenômeno integral cujo aspecto positivo é responsabilidade. Na verdade, a liberdade está em perigo de degenerar, transformando-se em mera arbitrariedade, a menos que seja vivida em termos de responsabilidade.”

Não gosto de militares, de seu lema autoritário de ordem e progresso, da imposição realizada através das armas. Não gosto de multidões que gozam com infortúnios, torturas e tragédias alheias. Dos que tentam fazer justiça com as próprias mãos, apelar para o absolutismo incontestável do pensamento religioso, que impossibilita os debates. Da turba enfurecida pelo ódio e ressentimento, que abole o pensamento, a racionalidade, a reflexão, o questionamento e a dúvida.

Liberdade para efetuar escolhas e arcar com as consequências. Saber que a minha liberdade termina onde começa a do outro. Não tenho a liberdade fazer ou dizer algo que seja prejudicial aos outros, como propagar mentiras, negar a eficácia das vacinas, distorcer a realidade, incentivar violências, agressões, invasões, depredações etc.

Não percebo nada de música. Mas gosto muito de Chico Buarque. Tive a sorte de o ouvir ao vivo aqui em Lisboa. Mas só há pouco percebi que houve duas versões de "Tanto Mar". E pelo que percebi, a versão não censurada terá sido ouvida primeiro pelas pessoas que viviam em Portugal, e só depois pelas que viviam no Brasil. Não terá sido um resultado do 25 de Abril muito trágico, e para nós aqui a Liberdade tem mais valor do que consigo perceber... ainda assim, continuamos pobres e corruptos

O que vou dizer é capaz de parecer bastante estranho... Quando era adolescente, tinha pena de não ter vivdo o 25 de Abril e os meses que se seguiram. Tinha pena de não ter nascido trinta anos mais cedo. Aborrecia-me com a época em que vivia... Entretanto, tive motivos para não me aborrecer, mas foram sobretudo maus, como as crises económicas, a pandemia, e à distância as guerras. Mas uma das coisas que mais me fizeram gostar destes tempos foi poder vê-los através da escrita de pessoas como o RAP