Das perdas econômicas. Das perdas do meio ambiente. Das perdas financeiras nem um pio.

Concordo com as premissas do raciocínio do articulista, mas a solução que propõe choca frontalmente com a moderação que aparenta dar. Logo, trata-se de uma armadinha muito cuidadosamente engendrada: dinheiro não, mas terras na Europa. Ahã! Concordo que a reparação deva ser cultural (na minha visão, educacional), mas o jornalista se diz adepto da contracolonização, uma ideologia desorientada e convulsionária. Está explicado.

Nós não vamos pagar nada, é tudo free.

Se a dinâmica do colonialismo não foi unilateral e, como afirma o artigo, importa refletir sobre o papel dos países colonizados nessa dinâmica, considero crucial direcionar o foco às parcelas da sociedade brasileira que se beneficiaram, e ainda hoje se beneficiam, da estrutura colonial. O termo parcelas me pareceu faltar à proposta do autor.

Sinceramente, esse tema é recorrente e complexo. Colocarmos os colonizados como vítimas, merecedores de reparos históricos, é uma falácia! Aquelas sociedades que superaram essa discussão, estão hoje, no primeiro mundo. Ficar lamentando o passado, é comportamento daqueles que não são capazes de fazer o seu futuro. Aliás, a diferença cultural e social entre os países é real, fruto da consciência social consolidada a séculos.

A colonização precede o capitalismo, este, se desdobra na expansão imperialista, determinante para entendermos as assimetrias que marcam o mundo contemporâneo. Na fase "madura" dos regimes do capital o saldo está mais para xenofobia, com a marginalização e desemprego no centro do sistema, sobra muito pouco para ações solidárias!

Colonização é uma palavra muito branda, que não descreve a exploração e a violência impostas pelos europeus. Os mesmos europeus que hoje fecham as fronteiras dos seus países para africanos e latino-americanos. Povos sem memória e sem consciência. O pior é ver quem desconhece a história acreditar que os países europeus são superiores a nós, brasileiros latino-americanos.