Priscilla, minha cara, fico feliz em saber que o colégio mexeu a Únda no passado, com as ações que você descreveu. Parece ser muito mais do que o Bandeirantes, outra escola de zente phina que teve uma ocorrência do gênero uns dois anos atrás, e cujo diretor botou um pano quente feroz, defendendo o direito de seus aluninhos de serem servage. Se nossas zelites não dão conta de educar suas pessoinhas pra não serem racistas, só a escola o fará. Longa vida à diretoria do Vera Cruz e às suas políticas

A escola não faz milagres. A educação, tanto a boa quanto a má, vem da família. Veja-se, além do exemplo das duas adolescentes referidas na coluna, o da criança repreendida pela mãe por pedir desculpas a uma anciã, contado por Mirian Goldemberg esta semana.

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De nada adianta um currículo trabalhado em relação étnico raciais se apenas 10% dos alunos são negros. Precisaria ser muito, muito mais, pelo menos 50%. Os alunos estudam, mas continuam vendo negros em posições subalternas eme desvantagem social. Ou acham que fora da escola esses 10% são convidados para festinhas? Socializam nos mesmos ambientes? O buraco é bem mais embaixo.

Racismo não começa na adolescência e muito menos na escola. As crianças são o que vivem. Se apessoa não foi educada para respeitar o outro independente da posição social, monetária, imagina da cor. Se os pais são racistas, os filhos serão racistas também! As pessoa não entendem que uma cor é somente uma cor, o importante é o caráter. "Todos somos da mesma raça: Raça Humana!

Ao contrário do que alguns apregoam aqui e em outros lugares onde se discute este caso, não podemos esquecer que são crianças, que podem e devem ser conscientizadas e terem oportunidade de mudar e reparar o erro. A vítima e a família sofreram e sofrem e é lamentável e inaceitável. Igualmente e a condenação punitiva de adultos que cometeram e cometem erros talvez piores que os das crianças que condenam com tanta dureza.

Aconselharia duas semanas no colégio aqui do lado da minha casa. Pras três ou quatro. Inclusive pras filhas da atriz tb.

O que deu errado é óbvio, escrito até na Constituição: Educação é DEVER da FAMÍLIA e da ESCOLA. Estou chocada como que um tema como esse é tratado atualmente, inclusive, por todos os teóricos: como uma demanda EXCLUSIVAMENTE da escola. Ora, o papel da escola, conforme diz a coluna, está dignamente feito. E o da família? A lei é clara quanto a racismo. Se as alunas não respondem criminalmente, as famílias devem responder. Se não na prisão, que seja por uma indenização. E, sim, devem ser expulsas.

O que deu errado foram os pais. Esses adolescentes aprendem em casa a serem racistas ou no mínimo os pais se omitem. O conhecimento das leis desde cedo também ajudaria. Por isso tem que dar o nome certo para as coisas, esses adolescentes não praticaram bullying, são menores infratores, praticaram ato descrito como crime na legislação e devem ser punidos da mesma forma que se espera que se puna um adolescente negro de periferia que pratica ato infracional.

As alunas Racistas deveriam ser expulsas. Isso é justiça real e teria um impacto maior para as escolas e as adolescentes entenderem a gravidade do caso. Adolescentes são expulsos de escolas de elite por muito menos que isso..

A escola certamente não aprofundou o assunto e não deixou claro o suficiente que atitudes racistas teriam consequências mais pesadas. Se não o fez por desleixo, não levou a sério o que se propôs a fazer. Não adianta alardear inclusão e não se assegurar que vai coibir com atitudes drásticas quem agir errado. Ficou na conversa e dois pais ainda vão manter filhas que foram racistas para "errarem" de novo. Mantê-las significa querer dizer: façam o que quiserem, aqui é tudo fachada mesmo.