[...] triste o País que direciona seus melhores recursos para prioritariamente policiar, judicializar e arrecadar da vida social. Acredito que bons quadros do MGI entendam que isso traz ineficiência para a prestação de serviços públicos. Nós, servidores públicos, temos que fazer nossa parte, pressionando por uma reestruturação das carreiras, isso invariavelmente passa pela diminuição de privilégios de algumas carreiras, também fora do Executivo (Congresso e Judiciário), e valorização de outras.

[...] bons quadros migram de carreiras menos valorizadas para ter uma melhoria salarial em área que não é sua especialidade e vocação. Por este motivo as reivindicações dos servidores menos prestigiados do Executivo são legítimas. Todo apoio aos trabalhadores da educação, saúde, meio ambiente, dos povos indígenas, da reforma agrária, e demais categorias que são fundamentais para o desenvolvimento do País e recebem de 30 a 60% o salário de um PRF, por exemplo [...]

Dentro do Executivo há extrema desigualdade salarial e de condições de trabalho entre carreiras com atribuições e complexidades similares. Não tem havido reajuste baseado em critérios técnicos e busca de isonomia. Os reajustes historicamente são comandados por carreiras com poder de lobby: arrecadação (RFB), finanças (Banco Central), judiciais (AGU) e policiais (PRF e PF). Os Governos permitiram, assim, que se constituíssem escalões que invertem o sentido do serviço público [...]

O atual governo está pagando pelo fato de outros anteriores deixarem os servidores públicos sem reajustes. Essa sanha de atacar o funcionário público não leva a nada. Eles não têm culpa dos erros de governos irresponsáveis. Também boa parte não tem condições boas de trabalho por falta de materiais e muitos obsoletos. Também falta gente e treinamentos em vários setores para atenderem a população de forma melhor.