É curioso que a teoria da mais valia de Marx seja mais adequada ao escravismo que ao capitalismo. Como dizia o Bernstein, um senhor de escravos não teria problema algum em concordar que vive do trabalho deles. Já um empresário moderno pode dizer que nenhum de seus empregados trabalha tanto como ele.

Aos amantes da "liberdade", de que vale ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mt 16:26) O poeta John Milton traduziu esse desejo na expressão luciferiana que consta do seu extenso poema (mais de 500 págs) "O Paraíso Perdido": "É melhor reinar no inferno do que servir a Deus no Paraíso". Como diz Kant diz: "Você só é livre quando faz o que não quer." A lição Paulina corrobora a afirmação kantiana: "1 Coríntios 6:12 - Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm."

Opa, e como, meu caro, o Olavão que o diga. Aliás, digamo-lo nós, as vítimas dos efeitos Olavísticos: se inquirido, ele talvez dissesse que foi pouco. Daqui uns 1OOmil anos, quando os Zetês recolonizarem a Terra pra exploração mineral, ficarão intrigados do esqueletinho enterrado com uns livrinhos, tudo do mesmo autor, ao lado de um objeto comprido, de madeira e aço. Além do que já fez, forjará uma compreensão feique do passado:capaz de dizerem-no um sacerdote, com aquele aspersório Smith&Wesson

do escravizado o seu livre arbítrio. Seu ataque a um arsenal do exército, na hoje West Virgínia, custou-lhe a vida, mas fator desencadeante da secessão do sul.

E o que dizer do papel de abolicionistas radicais, com9 John Brown? Calvinista, da Nova Inglaterra, via a escravidão como o maior dos pecados, pois retirava do

Religião é escravismo.