Libertaram os escravos, foram viver por conta própria. Agora são escravos sem casa, nômades. A relação do faturamento do turismo versus a remuneração dos escravos é o que tem de ser discutido. Não podem matar a galinha dos ovos de ouro.

Isso é o mercado regulando o mercado. A tal mão invisível. Simples assim. Zero preocupação com responsabilidade social.

Ha dez anos estive em Veneza e o dono do comércio onde entrei disse isso, e morava em outra localidade, pois ali os imóveis eram inacessiveis por seu custo. Com diferença na escala apenas, o mesmo ocorre no Rio de Janeiro. O excesso de demanda movimenta o mercado imobiliário nas favelas, também inflacionado.

Não precisamos cobiçar Ibiza. Nós temos a nossa e chama-se Fernando de Noronha. Os trabalhadores...ah os trabalhadores...

O capitalsimo deu certo, eles disseram...

Que ironia! Um dos lugares mais visitados do mundo, enquanto vendem sonhos para poucos, essas pessoas trabalham e mesmo assim vivem de forma miserável. Não teria outra alternativa, como buscar outro país onde o custo de vida seja acessível?

Essa situação mostra o nível de precarização do trabalho mais rudimentar ao redor mundo. Como deve haver uma grande oferta de pessoas que vão para Ibiza em busca de algum sustento executando tarefas de limpeza, jardinagem, etc a remuneração é baixa, muito aquém do que seria necessário para se manter com dignidade.