Ruy Castro > Discos só para ver Voltar
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Eu mesmo comprei outro dia em Sampa o LP Acabou Chorare, dos Novos Baianos, mas não tenho o toca discos; mas estou procurando um pra comprar!!!
Viva o streaming! é o que venho dizendo desde que se tornou possÃvel independer de suporte fÃsico na ponta de cá para algo tão etéreo para ser consumido. Ainda nos anos 1990 passei adiante minhas coleções de rock em LPs por conta dos CDs que levei anos para confiar, mas não tive um segundo de hesitação para trocar tudo pelos milhões de músicas e podcasts de um espotifái da vida.
Viva o CD! Sem aqueles ruÃdos chatos de fundo, com mais espaço, com apenas um lado gravado e com um tamanho mais confortável para ser manuseado.
Olá Rui, adoro seus artigos e livros.. De fato tem essa onda que você relata, mas, como comprador de Lps pelas músicas e autores, e também apreciar os aparelhos, percebo que nunca se vendeu tanto toca-discos como hoje, desde os mais baratos até os mais caros, muto caros, capsulas à parte, que às vezes custam mais do o TD. Claro que o mercado não perde oportunidades, tudo pra vender. Mas essa é outra história. Pessoalmente, entre uma versão simples e outra cheia de bobagens, prefiro a primeir
Meu último toca-disco foi um AIWA. Dei para um amigo, juntamente com os discos que eu tinha. Hoje ouço através dos serviços de streaming, mas com um detalhe, ouço os álbuns de ponta a ponta, na Ãntegra. E descobri muita , muita coisa legal que eu não conhecia, inclusive de artistas que eu tinha em vinil, cassete, CD e pen-drive.
Isso não é uma questão só dos discos. Há pessoas que compram cartuchos de jogos antigos mas só usam o emulador, compram bonecos pra ficarem dentro de um armário e ai de quem tirar da caixa. Vivemos uma pandemia de acumuladores.
Tenho um toca disco!E muitos discos de vinil. De vez em quando, ouço a preciosidade da Bessie Smith, também tenho um Caruso dos anos vinte, Billie Holliday, e um Beatles que achei jogado na rua ItaboraÃ, Vila Gumercindo. Peguei, lavei e ouvi, é o único,de rock tenho Genesis. O que me dói na alma: tinha um caso com uma pessoa no Rio. E vi um vinil de Dolores Duran. Pedi e ganhei. Naquele final de semana brigamos e terminamos. E minha Dolores Duran não veio comigo.
Jove e Avelino: fui muito triste mesmo. Quando me lembrei da Dolores Duran estava caminhando na Rodoviária do Tietê para pegar o metrô. Que triste.
Eu entro de gaiato nesse entremeio com história de Dolores, mordido pelo final infeliz da história e invejando médio a sabença do vizinho daà de baixo.
É comovente esta história da Dolores: você já a contou aqui outra época e sempre fico enternecido com o final infeliz.
Há anos que estão lançando discos novos também em formato de LP (não no Brasil), embora sejam de pouquÃssimos artistas.. Os que vi ainda não tinham nada além do que teria um disco normal, e relançamentos importantes (caixa com todos os LPs dos Beatles, por exemplo) são cópias fieis dos originais (agora com 180g, que não devem empenar tão fácil). Os toca-discos modernos bons são coisas para os ta "didgêis", pois giram o disco até ao contrário, mas pelo menos o som deles tem boa qualidade.
É isso mesmo, agora os gadgets de uma banda, um artista, tornaram-se itens colecionáveis. É uma espécie de mercado de arte da música, com itens mais acessÃveis.
Bom mesmo era escolher alguns LPs para levar à casa de um amigo e passar horas lá, ouvindo boa música, lendo os encartes, proseando com o amigo sobre o que se ouvia, sobre a ficha técnica dos discos e também praticando a tal da conversa fiada...
Eita, Ruy, sinto-me obrigado a confessar: a preguiça me dominou, e não ôvo mais meus vinis... Nem sequer converto meus LPs em faixas digitais, justamente porque não tenho mais agulhas suficientemente em ordem pra valer a pena o esforço. Como o mundo, fiquei DumBão. Triste reconhecimento...
Aderi ao Spotify, é amplo demais, prático demais, fácil demais, à mão demais, por Zeus.
Saudades das antigas radiolas de madeira, querido Ruy Castro. PoderÃamos eleger sua coluna como o lugar das memórias.
Eu discordo! A questão é que toca discos de qualidade e agulhas são itens absurdamente caros hoje em dia no Brasil, o que mais uma vez demonstra como o acesso ao entretenimento é elitizado. E para piorar, importar esses itens está cada vez mais difÃcil devido a quantidade de imposto que se paga. Me desculpe, Ruy Castro, mas para fazer esse tipo de comentário, procure sair de sua bolha e enxergar como anda a economia em nosso paÃs.
Caro Rui, talvez não tenhamos uma grande venda de toca-discos porque muita gente que como eu ainda possue um toca-discos funcionando para ouvir os discos antigos . Para quem ainda tem um toca-discos, basta comprar um pré-amplificador PHONO para linha (plug RCA) e ligar num amplificador atual. Alguns Amps e mixer atuais possuem bluetooth, então vc pode ouvir seus discos de vinil num fone sem fio bluetooth de tecnologia atual. Ligando assim as duas tecnologias, O pré-amplificador é bem barato.
Sou um dos audiófilos que você menciona, fanático e conhecedor de marcas e especificações, comparava e discutia méritos e deméritos das diversas tecnologias de áudio e babava cobiçando os equipamentos que estavam além do meu alcance. Não há mais espaço para debatermos a última cápsula da Shure, o deck de rolo da Akai ou se o toca-discos belt drive da Thorens é ou não melhor que os direct drive da Technics. O passado é passado e os LPs não voltarão à berlinda. Vida que segue!
Anos 80: auge da cultura brasileira, o paÃs atual. sua cultura, decadência, o paÃs não conseguiu repor talentos, idiotização toma conta
A tecnologia mais moderna surgiu em L9 na Suméria.
Gosto não se discute, é claro. Mas acho que o vinil pertence ao passando assim como a fita K7 e o disco de 78 rotações. Trata-se de uma mÃdia que parou no tempo, além de ser muito sensÃvel a arranhões, chiados, etc. Já a mÃdia digital, além de vc escutar só música, está em pleno desenvolvimento.
Luiz Candido Borges, pra mim o retorno dos LPs explica-se pelo saudosismo equivocado das pessoas e na prontidão da indústria, que sacou o filão. Mas eu acho que as pessoas não sentem saudade propriamente dos LPS, daà o que chamo de equÃvoco, mas do que eram elas quando os LPs eram suporte fÃsico para as músicas que ouviam. Os LPs representam aquele tempo, os perfumes, as paixões, os amores, os bailes, os embalos. Som melhor que o de hoje? Ah, tenham paciência.
Então explique a volta dos LPs. Falo dos sérios, não da jogada de marketing da Ms. Swift. Talvez eles contemplem algo mais do que dedilhar no Spotfy.
Vou lá no Casarão do Vinil para ver se eles já tem alguma cópia, ou fazer uma reserva.
Comprar vitrola pra quê? Bastam-me as quatro que tenho, uma inclusive tem rádio, toca-fitas, cd. Não tem entrada para usb mas este não me faz falta; falta faz uma gaveta para guardar nela crônicas eletrônicas do Ruy mas a Folha ainda não chegou neste ponto de serviço.
Sou da era do LP. Aliás, na minha infância, acompanhei a transição dos "discos 78 RPM" para os "LPs", graças ao meu pai, um contabilista q adorava música e toda forma de arte. Me lembro de qdo surgiram os primeiros LPs estereofonicos. Hoje chamam LP (Long Play) de vinil. LP, atualmente, é só marketing, a tecnologia está ultrapassada. O registro digital é muitÃssimo melhor.
A qualidade sonora de um LP é muito melhor, mas o seu custo sepultou-o. E a pirataria digital ajudou.
ai ai ui ui
Ter um toca discos de vinil é pra poucos , uma cápsula agulha de qualidade chega a preços estratosféricos , porém é o nirvana na qualidade sonora , eu né contento com meu RP II esotech com cápsula e agulha moving coil da Denon , detalhe meu toca discos tem mais de quarenta anos , taà o resultado da pouca venda ,vinil bem cuidado é o melhor som
De vez em quando, num encontro de famÃlia, uso meu player e minha coleção de vinis. A turma adora. Até ganhei vinis 0 km.
Vinil gravado a partir do digital, é só um DVD piorado!
É só consumo e exposição em mÃdias sociais. O importante deveria ser a música.
Castro, tudo é performance e à s vezes catarse. Pouco importa se naquele show em q a pessoa se acotovelou, deu carrinho sem bola, empurrou por trás, enfiou o dedo no olho ou no foreves do outro, p/ ficar há 3 km de distância do palco, e nem na ponta dos pés ou no ombro de outro destemido você conseguiu ver/ouvir algo. Dizer q estava lá é o q importa. O q os(as) incautos(as) não sabem é q mesmo com a prova do suplÃcio (selfie), ninguém se importa. Quem se importa com música? O q Importa é a capa.
Estou ouvindo no youtube. Não sou Roberto mas as vezes chego perto de Nando Reis. Em casa.
Independente de preferências por artistas, estilos, ritmos ou mÃdias disponÃveis, é salutar constatarmos - tomando por empréstimo a emblemática frase de Rick (Humphrey Bogart) a Ilsa (Ingrid Bergman) quando se despedem em Casablanca - que ¨sempre teremos a música¨. Pois como asseverava Nietzsche ¨a vida sem a música é um erro¨ e sem ela a vida torna-se ¨uma tarefa cansativa, um exÃlio¨.
Gilberto, sempre que falam sobre o filme Casablanca, citam o "Rick" mas não a Ilsa. Obrigada por incluir essa outra personagem do famoso filme.
de fato, ouvir musica requer tempo, tempo até para virar o disco.
Ruy, não troco minha coleção de 1000 CDs por uma de 500 discos de vinil que podem riscar, chiar, sujar, quebrar e estragar com muito mais facilidade. Qualidade do som? Bah, bobagem. Prefiro escutar CDs sem nenhum chiado. E tenho cerca de 200 discos de vinil, os quais escuto, vez em quando. Inclusive algumas raridades, como um exemplar original de Abbey Road, inglesa, de 1969. Não está à venda.
Poxa Roberto! Pô, já estava até pensando em lhe oferecer uns 100 mil dólares no "Abbey Road"... ra ra ra ra ra. Brincadeirinha. Mas vou lhe dar uma ideia. Monta um barzinho para você, onde as pessoas poderiam viver a experiência de ouvir o vinil ou cd a escolher. Aqui em BH tem um que é muito legal. Chama-se "Aquarelas". Um abraço.
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